Depois de sucessivos adiamentos, o Governo estipulou uma nova data para o que convencionou-se chamar de “o fim dos lixões” no Brasil. Agora, o prazo é dois de agosto deste ano. E, todo mundo sabe que não vai ser possível o cumprimento dessa norma nos pequenos, médios e grandes municípios. E, a explicação é a mesma: a maioria das cidades não têm recursos, tecnologia, expertise e, muito menos, políticas inteligentes para livrarem suas populações desse mal que, ao invés de regredir, tem aumentado assustadoramente.
Mesmo em comunidades com sistemas adequados
de recolhimento e destinação de resíduos, como Anápolis, que possui aterro
sanitário e coleta regular, o problema persiste. Montanhas de lixo são comuns
nas áreas urbanas e semiurbanas, desafiando normas e incomodando a população
diariamente. O governo busca garantir que todos os municípios usem aterros
apenas para rejeitos, mas as metas para 2024, assim como anteriores, não serão
cumpridas, refletindo a dificuldade em lidar com o problema. O grande entrave, todavia,
é de simples detecção. Trata-se da imensa produção de lixo, pois esse processo
tem como consequência a liberação de gases que promovem o efeito estufa e a
poluição das águas, uma das consequências do aumento populacional nas cidades,
da intensificação do modelo consumista, do uso de produtos descartáveis, além
do modismo, pois existe uma espécie de necessidade de se comprarem objetos e
artigos mais modernos. Geramos, domesticamente, cada vez mais, resíduos de
alimentos; papéis; plásticos; vidros; papelão, produtos deteriorados e uma
interminável lista de outros produtos, muitos deles desnecessários e
inconvenientes. Nas empresas, são descartados cinzas; lodos; metais;
cerâmicas; madeira; borracha, resíduos alcalinos e outros. Dos hospitais
e estabelecimentos afins, surgem embalagens; seringas; agulhas; curativos;
gaze; ataduras e peças atômicas. E, a mais recente novidade, o lixo
tecnológico, como computadores e acessórios; baterias, celulares e aparelhos
eletrônicos em geral. E, por desinformação, ou negligência, grande parte da
população descarta tudo isso de forma inadequada num prejuízo incalculável para
o meio ambiente. A falta de projetos consistentes na busca de soluções para o
problema do lixo tem como consequência a existência de ‘lixões’ a céu aberto na
maioria das cidades brasileiras. O destino adequado para o lixo urbano seria
aterros sanitários, construídos em áreas adequadas, com profissionais
qualificados e estrutura para o tratamento dos gases e do chorume. Outra
alternativa seria a incineração dos resíduos. No momento, é um sonho difícil de
realizar. Com conscientização da população, a política dos três Rs (Reduzir,
Reutilizar, Reciclar) pode ser uma esperança para o futuro. ( Fonte Jornal
Contexto Noticias )
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