Região enfrenta ao mesmo tempo casos
de cólera, ebola e da doença de Marburgo, segundo a OMS.
As
mortes por Covid-19 na África
Ocidental subiram 193% em um mês, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Na última semana, foram registrados na região mais de mil óbitos, um número
recorde desde o início da pandemia. A OMS destaca que alguns países da África
Ocidental também estão enfrentando surtos de cólera, ebola e da doença de
Marburgo. Uma situação que prejudica ainda mais a capacidade
dos centros de saúde em atender a população. Nesta quinta-feira (19), a
diretora da OMS para a África, Matshidiso Moeti, declarou que “combater surtos
múltiplos é um desafio complexo”. Costa do Marfim, Guiné e Nigéria estão
entre as nações que registram subida de casos de Covid-19. No geral, a África
teve 244 mil novos casos da doença na última semana. Até o momento, a
África Ocidental recebeu 29 milhões de doses da vacina contra
o coronavírus, e apenas 38% foram aplicadas. O leste e o sul da África
receberam a mesma quantidade, mas já conseguiram administrar 76% das
doses. A OMS garante que as entregas de vacina para a África aumentaram em
agosto: por meio do mecanismo Covax, o continente recebeu este mês 10 milhões
de doses, nove vezes mais do que a quantidade recebida na primeira quinzena de
julho.Mas a desigualdade na distribuição de vacinas continua preocupando a
agência, segundo a diretora-geral assistente para Medicamentos e Vacinação da
OMS, Mariângela Simão.“Nós temos 74 países que têm menos do que 10% de
cobertura e ao tempo em que você tem países com 60%, 70% de cobertura completa.
A gente tem que levar isso em consideração de uma forma bastante importante. A
grande predominância de países com muito baixa cobertura são países no
continente africano, infelizmente. Ameaças
A Organização Mundial da Saúde chama a atenção para a decisão de alguns países
de outros continentes em oferecer uma terceira dose da vacina. Para a agência,
esse reforço “ameaça a promessa de um amanhã melhor para a África”. Já Moeti
disse que “os países ricos que acumulam vacinas estão zombando” da importância
da igualdade no acesso aos imunizantes. ( Fonte A Referencia Noticias
Internacional)