Representantes da categoria discutiram o assunto na Câmara.
Representantes de
sindicatos se reuniram na Câmara para pedir mudanças na Previdência que
aumentem a renda dos aposentados. A mobilização foi organizada pela
Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas e Idosos (Cobap) com
apoio da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Aposentados e Pensionistas. Além
da Cobap, participaram representantes de vários sindicatos de aposentados, como
o sindicato nacional da categoria ligado à CUT (Sintapi). O representante na
audiência, Guilherme Santos, afirma que as pessoas mais jovens, e toda a classe
trabalhadora, precisam se engajar na defesa do sistema previdenciário. “O que a
gente quer é participar sempre dos debates para que a gente não fique de fora
numa possível nova reforma previdenciária e também resgatar aquilo que nós
perdemos na última reforma de 2019”, disse. O representante do Sindicato dos
Aposentados do Brasil, José Avelino Pereira, ressalta a importância da união
dos sindicatos na reunião. Ele defende o estabelecimento de uma data-base única
para os aposentados. “É importante essa unidade para que possamos começar a
convencer os deputados da importância [do tema]. Inclusive, se tiver a reforma,
que possamos colocar um ponto de equilíbrio no reajuste das aposentadorias
porque hoje a base das aposentadorias no Brasil está em cima do salário mínimo,
e aí não se compra remédio”, reclamou. É o que defende o senador Paulo Paim
(PT-RS) no Projeto
de Lei 4434/08, que tramita na Câmara. Para ele, a contribuição pra manter
a Previdência deve ser feita sobre o faturamento da empresa, e não sobre a
folha de pagamentos. Segundo o coordenador da Frente Parlamentar Mista em
Defesa dos Aposentados e Pensionistas, deputado Cleber Verde (MDB-MA), a
proposta recupera as perdas dos aposentados ao longo dos anos ao modificar o
índice de correção previdenciária. Essa proposição defende a adoção de índice
próprio em vez de usar o salário mínimo como indexador. “Ao longo dos anos
passados, houve um acumulo de prejuízos a aposentados, que não têm tido a
correção da aposentadoria e pensão baseada no processo inflacionário. Ou seja:
o pão, o açúcar, a manteiga, o óleo, a cesta básica aumentam os valores, o
remédio tem inflação acima das expectativas da correção das aposentadorias e,
com isso, quem ganha um salário mínimo vai ter cada vez mais diminuído o poder
de compra”, apontou. Reportagem – Luiz Cláudio Canuto Edição – Ana Chalub
Fonte: Agência Câmara de Notícias