CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

domingo, 25 de abril de 2021

VIDA NEWS- TÉCNICA E BOAS SERINGAS GARANTEM UMA VACINA MAIS EFICAS

 

Em SP, algumas cidades aplicam mais doses do que recebem.

Autoridades e enfermeiros de municípios paulistas afirmam que técnica e boas seringas garantem no mínimo uma aplicação a mais.

Na contramão das reclamações recentes de profissionais de saúde de municípios do país, que afirmaram ser difícil atingir as 10 doses nos frascos da vacina contra a covid-19 da CoronaVac, algumas cidades de São Paulo obtêm 11 e chegaram a 12 em recipientes similares. O aproveitamento superior ao das doses registradas no rótulo ocorre também com o imunizante da AstraZeneca, desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford e fabricado no Brasil pela Fiocruz. Em Flora Rica, Natália Lacerda Redivo Vilar, secretaria de Saúde do município, afirma que é comum as doses a mais. "Tem frasco que vem com 12, da AstraZeneca chegamos a tirar 13", conta ela, lembrando que isso ocorreu no início da campanha de vacinação. Atualmente, a Fiocruz distribui apenas frascos com 5 doses. Os que tinham 10 eram os primeiros lotes da vacina da AstraZeneca, importados da Índia. Em relação à CoronaVac, criada a partir de uma parceria da farmacêutica chinesa Sinovav e do laboratório brasileiro Butantan, os primeiros vidrinhos eram de dose única — hoje contêm 10. Nos dois casos, os fabricantes deixam um "chorinho", um líquido a mais de sobra como margem de erro para eventuais perdas ou imprecisões nas aplicações.É esse "chorinho" que ajuda a explicar por que até terça-feira (20) 82 municípios paulistas apresentavam mais de 100% de aproveitamento no ranking público do site Vacina Já do Governo do Estado de São Paulo. Em outras palavras, injetaram mais do que receberam. Dados desatualizados O ranking, também conhecido como Vacinômetro, não é totalmente confiável porque há uma falha na atualização. Na sexta-feira (23), a maior parte dos municípios contava com o dado de chegada de doses publicado no dia 16, enquanto o de vacinas aplicadas variava entre 21 e 22: seis dias de defasagem que distorceram as informações. A reportagem do R7 conversou com 12 cidades que apareciam acima dos 100% no ranking e, em 11 delas, secretários de Saúde ou enfermeiros locais confirmaram que é praxe tirar um número de doses acima do que os laboratórios registram nos rótulos. A secretária de Saúde de Flora Rica acredita que o sucesso na campanha se deve a alguns fatores importantes, que favorecem a precisão em cada imunização. "Usamos aqui uma seringa menor, da marca BD, de 3 milímetros. As mais gordinhas, com mais capacidade, dificultam a exatidão na retirada." Outra coisa, acrescenta, é a capacidade técnica dos responsáveis pelo manuseio das ampolas. "Temos dois profissionais de saúde que fazem a vacinação na cidade, ambos com mais de 10 anos de experiência em imunização", diz Natália Lacerda. Até terça-feira (20), Flora Rica, um pequeno município com cerca de 1.600 habitantes, havia recebido 678 doses e retirado 739. São 61 a mais desde o início das aplicações ou 109% de aproveitamento. Os números foram confirmados pela titular da pasta municipal de Saúde. Em Santa Cruz da Conceição, líder do ranking, é comum os frascos da CoronaVac darem 11 doses. O município chegou a ficar sem vacina quando a faixa etária era de 68 anos, mas pediu ajuda para o vizinho, Leme, e não precisou interromper a campanha. Hoje está vacinando pessoas com idade entre 65 e 66 anos.A secretária de Saúde de Santa Cruz da Conceição, Regiane Cristina Ferreira Maria, diz que bons enfermeiros e técnicos conseguem tirar no mínimo 10 doses por frasco da CoronaVac. "Menos, temos orgulho de dizer que nunca aconteceu." Lá também se usa a seringa de 3 ml. Na terça, havia dado entrada no município de 4.500 moradores, segundo o Vacinômetro, 1.303 doses e foram aplicadas 1.513 (16,12% a mais). Na sexta-feira (23), o primeiro dado seguia em 1.303 e o segundo foi a 1.678 (28,78% acima). Catanduva, até o início da semana, não aparecia com mais de 100% de aproveitamento, mas por causa da defasagem na atualização dos dados superou a marca na quinta-feira (22).Natália Lourenço Costa, diretora do departamento de Vigilância em Saúde da cidade, observa que há casos, sim, de frascos com mais de 10 doses, mas também aparecem alguns com nove. "No fim das contas, vínhamos ficando perto de empatar perdas e ganhos, dava uma a mais aqui que compensava uma a menos de outro posto", afirma.  "Na segunda-feira, estávamos, se não me engano, com 93% [de aproveitamento], agora aparecemos com 104% porque não computaram o lote que recebemos depois do dia 16", esclarece. Em cidades menores é mais fácil Em todas as cidades consultadas, histórias parecidas. Após as dez doses protocolares, aplicadores notam que há líquido suficiente para pelo menos mais uma. Aproveitando a facilidade de quase sempre se tratarem de municípios pequenos, chamam um morador da fila que mora há algumas quadras e ele é contemplado antes do que esperava.  Em Ribeirão dos Índios, a enfermeira Maria Gil explica que os lotes da AstraZeneca atuais, com frascos de cinco, permitem tirar até 6 doses. Da CoronaVac, o comum é tirar 11. Com aproximadamente 2.200 moradores, a cidade tem se mantido acima dos 110% de aproveitamento.  "Como é um município pequeno, não perdemos dose e conseguimos agir rápido para chamar os moradores da fila de vacinação", afirma a enfermeira. O prefeito de Pedrinhas Paulista, Freddie Nicolau (PTB), afirma que viu os enfermeiros tirarem da sobra da vacina o suficiente para uma nova dose. "O próprio governo estadual havia avisado que isso seria possível se todas as doses do frasco fossem bem tiradas." A cidade de pouco mais de 3 mil pessoas também tem aplicado, em média, 10% a mais do que recebe. Em Vargem Grande do Sul, um pouco maior, com mais de 43 mil habitantes, o aproveitamento é certamente acima de 100%, segundo Rosângela de Mello Barion, chefe de gabinete da prefeitura. "No começo da campanha, a Coronavac dava até 12 doses, principalmente no período em que ela tinha 6,2 ml no frasco [atualmente são 5,7 ml]. Usamos aqui uma seringa de 1 ml, muito mais eficaz, e nossos profissionais todos têm experiência, por isso a precisão é mais fácil", argumenta. Vargem Grande do Sul imunizou na última semana pessoas com 62 anos. Três creches que não estavam sendo utilizadas viraram pontos de vacinação. Há algum risco ou erro no alto aproveitamento? A coordenadora da Câmara Técnica de Atenção à Saúde do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem), Viviane Camargo, explica que as vacinas em frascos multidoses vêm sempre com um pouco a mais já se prevendo pequenas perdas na preparação. "Nós notamos, desde que iniciamos a administração das vacinas contra a covid-19, que se fôssemos retirando o líquido com cuidado, se alcançássemos os 0,5 ml necessário para a imunização, sobrava pelo menos mais uma dose", conta Viviane. Foi por isso que o Butantan, em março, pediu para diminuir a quantidade de 6,2 ml para 5,7 ml no frasco, explica. "Com 0,5, seriam precisos 5 ml apenas para dez doses. Logo, mesmo hoje, se não houver desperdício, chegamos a pelo menos mais uma dose no caso da CoronaVac. Antes, com 6,2, muita gente chegou a comentar que tirava duas a mais." A coordenadora do Cofen conta que essas doses que sobravam criaram um problema no país, quando criou-se em alguns municípios a "xepa da vacina", permitindo que pessoas fora dos grupos prioritários furassem a fila.  Viviane Camargo explica que a perda é esperada e depende da habilidade do profissional na aspiração ao medir os 0,5 ml, assim como também é normal a 11ª aplicação, desde que ela só ocorra com sobras do mesmo recipiente. "Jamais pode-se aproveitar dois frascos. Não é uma possibilidade. As vacinas possuem lotes diferentes e essa prática é incogitável."  Ana Paula Burian, diretora da SBIm-ES (Sociedade Brasileira de Imunizações, regional Espirito Santo), acrescenta que profissionais que não conseguem retirar as doses prometidas no frasco precisam retratar o problema. "Sempre que há qualquer quantidade menor, abre-se uma apuração e esse lote é investigado", diz. Ela pede que a população entenda que a aspiração das doses precisa ser um trabalho meticuloso e às vezes lento. "Por isso é preciso tolerância e paciência quando se aguarda a vez na hora da vacinação. Só com cuidado se reduzem as perdas." O que dizem Butantan e Fiocruz O Instituto Butantan explica que as ampolas vêm com 0,7 ml a mais para evitar que pequenas falhas comprometam as dez doses. "É importante que os profissionais de saúde estejam capacitados para aspiração correta de cada frasco-ampola, além de usar seringas e agulhas adequadas, para não haver desperdício." De acordo com o Butantan, "todas as notificações recebidas pelo instituto até o momento relatando suposto rendimento menor das ampolas foram devidamente investigadas, e identificou-se, em todos os casos, prática incorreta na extração das doses nos serviços de vacinação". "Portanto, não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes pelo Butantan", reforça a nota. O Butantan orienta os aplicadores a usarem as doses extras se forem possíveis. Mas "é essencial que tais profissionais sigam as orientações e práticas adequadas, no intuito de evitar perdas durante a aspiração da vacina". Explica ainda que seringas de volumes superiores (3 ml, 5ml, por exemplo), podem gerar dificuldades técnicas para visualizar o volume aspirado, "uma vez que podem não ter as graduações necessárias". "Outro fator decisivo é a posição correta do frasco e da seringa no momento da aspiração." A Fiocruz, por sua vez, informa que a vacina contra a covid-19 produzida por Bio-Manguinhos e disponibilizada ao PNI (Programa Nacional de Imunização) segue rígido processo de qualidade. "Após o envasamento e lacre do frasco, o lote é submetido a 100% de inspeção visual automática que, entre outros parâmetros, avalia o volume de cada frasco." A vacina da Fiocruz/Bio-Manguinhos vem em frascos com 5 doses para administração de 0,5ml em cada pessoa. "Aos 2,5 ml necessários para a administração das 5 doses é adicionado 0,8 ml a título de segurança, perfazendo um total de 3,3 ml por frasco”, esclarece a Fiocruz.(Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDA NEWS-SÃO VICENTE E GRANADINAS ERUPÇÃO DE VULCÃO

 

ONU: São Vicente e Granadinas buscam doações após erupção de vulcão.  22/04/2021 

Vulcão La Soufrière afetou pelo menos 110 mil residentes do país caribenho; 15 mil deslocados precisam de ajuda urgente.

As Nações Unidas lançam nesta terça-feira (20) um apelo financeiro para São Vicente e Granadinas após várias erupções do vulcão La Soufrière. O secretário-geral expressou profunda solidariedade ao povo e ao governo do país caribenho.   António Guterres lembrou que a crise ocorre num momento difícil em meio a uma pandemia, e meses antes do início da temporada de furacões no Caribe.  Mais de 110 mil residentes da ilha caribenha foram afetados pelo acidente a densa camada de cinzas. As restrições de água e a destruição de meios de subsistência preocupam. Autoridades locais dizem que a pior explosão da história do país isolou um terço do território. Estima-se que 15 mil desabrigados precisem de auxílio imediato face às ameaças de novas erupções. Guterres reiterou o total apoio das Nações Unidas aos esforços. A organização já liberou US$ 1 milhão do Fundo Central de Resposta a Emergências e está pronta para enviar mais ajuda.  O vulcão continua em erupção e a atividade sísmica poderá aumentar a lava. O receio é que novas erupções causem cinzas de magnitude semelhante ou maior. Recuperação  Aldeias abandonadas estão cobertas por cinzas pesadas e as estradas pavimentadas se transformaram em trilhas, descreveu o coordenador residente da ONU para Barbados e Caribe Oriental, Didier Trebucq.  No fim de semana, ele acompanhou o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, em uma avaliação da chamada zona vermelha sobre a fase de resposta e recuperação.  Na visita a famílias em busca de abrigo estiveram representantes do Unicef (Fundo da ONU para a Infância), do Programa Mundial de Alimentos e Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). ( Fonte A Referencia Noticias Internacional)   

VIDA NEWS- MATANÇA ARMÊNA PELOS TURCOS EM 1915

 

Biden classifica como genocídio matança armênia pelos turcos em 1915.

Império Otomano foi responsável por cerca de 1,5 milhão de mortes durante perseguição, que durou até 1923.

O presidente norte-americano Joe Biden reconheceu neste sábado (24) que houve genocídio na Armênia em 1915, perpetrado pelos turcos. A data marca o dia da memória dos massacres em série, que ceifaram a vida de 1,5 milhão de armênios no contexto da dissolução do Império Otomano e da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). A informação de que Biden classificaria as atrocidades cometidas à época como genocídio, ou seja, como uma política deliberada de extermínio da população armênia, foi antecipada nesta quarta (21) pelo jornal “The New York Times“. A declaração foi uma promessa de campanha do democrata durante a corrida presidencial de 2020 e resgata o uso do termo pela primeira vez em 40 anos – o último a usá-lo foi Ronald Reagan, em 1981. O reconhecimento vem na esteira de uma carta bipartidária, assinada por senadores de matizes ideológicos antagônicos que vão de Bernie Sanders, democrata do estado de Vermont, a Marco Rubio, republicano da Flórida. “Escrevemos hoje para pedir a você que reconheça oficialmente a verdade do Genocídio Armênio”, diz a correspondência, de 19 de março. Entre os 29 países que reconhecem a política de perseguição dos otomanos estão Argentina, Brasil, Alemanha, Itália, Rússia, Síria, Suíça e Uruguai. Identidade e diáspora A admissão do genocídio é um dos pilares da política externa da Armênia contemporânea, observa o historiador Heitor Loureiro, pesquisador associado do Gepom (Grupo de Pesquisa e Estudos sobre o Oriente Médio). “As relações entre [a Armênia e Turquia] ficaram suspensas por décadas, enquanto a Armênia foi parte da União Soviética. Em 1991, os dois países restabeleceram relações, congeladas de novo em 1993, quando a Turquia fechou suas fronteiras com a Armênia em solidariedade ao Azerbaijão na Guerra de Nagorno-Karabakh”, explica Loureiro, que estudou o genocídio em seu doutorado pela Unesp (Universidade Estadual Paulista). O chanceler armênio, Ara Aivazian, saudou a possibilidade de reconhecimento como “uma baliza moral para muitos países”. “Não é uma questão de Armênia e Turquia, mas uma obrigação de se reconhecer e condenar genocídios passados, presentes e futuros”, afirmou. Para seu contraparte turco, Mevlut Cavusoglu, “se os EUA querem danificar as relações [com a Turquia], a decisão é deles”. Os EUA abrigam uma bem articulada comunidade armênia na Califórnia, cujos nomes mais proeminentes defendem o reconhecimento oficial do genocídio. Entre as celebridades norte-americanas que já falaram publicamente sobre o assunto estão a empresária Kim Kardashian, a cantora Cher – cujo nome de batismo é Cherilyn Sarkisian – e o músico Serj Tankian, vocalista da banda System of a Down. “Na diáspora, o genocídio ganhou um espaço muito importante como traço fundador de uma ‘identidade armênia‘ e de algo que conecta armênios em todo o mundo em torno de um ‘ser armênio’, que passa pela rememoração do genocídio e pela luta por reconhecimento”, afirma o pesquisador. O genocídio A partir de 1915, o Império Otomano impôs uma política de violência e deportação forçada de armênios étnicos que viviam na porção leste da Anatólia, península que abriga a atual Turquia. Ali, a população era composta em sua maioria por muçulmanos curdos e cristãos armênios, ambos de identidade pouco identificada com os turcos. No início da I Guerra, eram 2,5 milhões de armênios otomanos, concentrados em cidades de maioria da mesma etnia. Também havia grupos além das fronteiras imperiais, já em território controlado pela Rússia. A partir do século 19, o grupo passa a ser visto pelo governo como um possível foco de separatismo e instabilidade dentro do império. Entre 1894 e 1896, ocorrem os primeiros massacres. Naquele contexto, o grupo denominado “Jovens Turcos” dominava a política otomana que marcou os últimos anos de decadência do império – dissolvido após o fim da I Guerra, em 1923. Em 24 de abril de 1915, o governo ordena a prisão de 250 intelectuais e políticos armênios em Istambul, ocasião que marca o início do genocídio. Até 1923, os armênios foram considerados ameaça à segurança nacional e deportados para as regiões mais afastadas e desérticas do Império, na atual Síria. Os poucos que sobreviviam à jornada eram abrigados em campos de concentração. Estimativas conservadoras põem na faixa de 600 mil a um milhão de armênios mortos apenas em decorrência das políticas de expulsão. As terras e propriedades armênias foram ocupadas por turcos e outros refugiados muçulmanos, e quem permaneceu foi forçado a se converter ao Islã. À época, jornais ocidentais reportavam o que ocorria nas franjas do Império Otomano. O norte-americano “The New York Times” já manchetava em julho de 1915 “massacre no atacado” e, em novembro de 1916, uma declaração do coronel do Exército otomano Halil Bey sobre um plano turco para “exterminar a raça armênia”. O diário nova-iorquino já classificava então os massacres dos armênios como “organizados pelo governo” e “sistemáticos”. Essa também foi a constatação de Henry Morgenthau Sr, embaixador dos EUA no Império Otomano: “uma campanha de extermínio da raça”, afirmou. O resultado foi que, em 1922, restavam apenas 387 mil armênios dentro das fronteiras imperiais, segundo levantamento do Centro de Estudos de Genocídio e Holocausto da Universidade de Minnesota (EUA). “As causas para o genocídio são variadas, mas passam por entender a ascensão do nacionalismo turco e a eliminação dos elementos não turcos do Império e o reassentamento de populações muçulmanas em áreas antes habitadas por armênios”, observa Loureiro. “A presença de armênios em Impérios vizinhos, o russo e o persa, serviu como desculpa para o governo otomano legitimar os morticínios, tendo como pretexto a presença de armênios em batalhões russos que lutavam contra o Império Otomano no Cáucaso.” O genocídio jamais foi reconhecido pela Turquia, que admite amplas violações durante o período, mas afirma que não houve uma política sistemática de Estado. Apenas em 2014 o governo de Ancara ofereceu condolências formais ao povo armênio.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

 

 

VIDA NEWS- ELEIÇÕES E AS RELAÇÕES COM O QUÊNIA E A ETIÒPIA

 

ARTIGO: As eleições na Somália e as relações com o Quênia e a Etiópia.

Pesquisador elabora a situação histórica do irredentismo na Somália e implicações nos países vizinhos desde os anos 1960.

A Somália está, mais uma vez, em meio à uma crise política. Os líderes da oposição dizem não reconhecer mais a autoridade do presidente Mohamed Abdullahi Mohamed, popularmente conhecido como “Farmaajo”, após seu mandato ter expirado em 8 de fevereiro de 2021 sem um acordo político sobre as eleições que irão substituí-lo. O mais recente impasse político da Somália, e a forma como ela eventualmente será resolvida, terá consequências significativas não apenas para o país, mas também para seus vizinhos, Quênia e Etiópia, que estão fortemente envolvidos na política somali desde a independência do país, em 1960. Durante décadas, eles seguiram uma política alinhada à Somália para combater o irredentismo pan-somali. Irredentismo pan-somali, ou Soomaalinimo, refere-se à visão somali de estabelecer uma “Grande Somália” unificada, composta pela Somalilândia britânica e italiana (atualmente ambas parte da Somália), Somalilândia francesa (hoje Djibuti), a região de Ogaden na Etiópia, e o Distrito da Fronteira Norte (NFD), no Quênia. Nos primeiros anos de independência, a Somália travou guerras contra seus vizinhos para expandir sua soberania sobre todas estas terras, levando a Etiópia e o Quênia a assinar um acordo bilateral para defender seus territórios. No entanto, a intervenção militar do Quênia na Somália, em 2011, suspendeu a aliança de décadas entre Adis Abeba e Nairobi contra Mogadíscio. A decisão das duas nações vizinhas de apoiar lados opostos na região autônoma da Somália e a eleição presidencial de Jubbaland, em 2019, aumentou ainda mais as tensões. Atualmente, enquanto a Somália trabalha para realizar novas eleições e acabar com sua crise política, a Etiópia e o Quênia também procuram maneiras de expandir sua influência sobre a liderança política somali. Para entender a importância para o Quênia e a Etiópia da disputa de liderança contínua da Somália, é necessário examinar a longa história de rivalidade e conflito entre os Estados da região. A Guerra Shifta (1963-1967) No início dos anos 60, depois que as autoridades coloniais britânicas concederam a administração da NFD ao Quênia, as comunidades somalis que viviam na região iniciaram uma revolta armada com o apoio de Mogadíscio para se separar do Quênia e se juntar à Somália. Em dezembro de 1963, semanas após declarar a independência da Grã-Bretanha, o governo queniano respondeu ao conflito em andamento declarando estado de emergência na região. O primeiro-ministro do Quênia na época, Jomo Kenyatta, deixou claro em seu anúncio de emergência que o Quênia vê a NFD como parte de seu território e que qualquer conflito na região será considerado doméstico. Nos meses seguintes, quando se evidenciou que Mogadíscio não estava disposto a desistir de sua reivindicação irredentista sobre a NFD, o governo queniano aliou-se ao outro país que sofria com a pretensão expansionista da Somália: a Etiópia. Em 1964, Kenyatta, na posição de primeiro presidente do Quênia, assinou um acordo de defesa mútua com o Imperador Haile Selassie da Etiópia para conter a agressão somali. As duas nações renovaram este pacto em 1979 e em 1989. A Guerra de Ogaden (1977-1978) No Quênia, Mogadíscio apoiou grupos armados locais para promover suas ambições irredentistas. Contudo, na Etiópia, o que ocorreu foi uma guerra em larga escala. Em 1977, o Exército Nacional da Somália invadiu a Etiópia numa tentativa de anexar a região de Ogaden, habitada por comunidades somalis. A invasão poderia ter atingido seu objetivo, se não tivesse ocorrido no contexto da Guerra Fria. Na época, tanto a União Soviética (URSS) quanto os Estados Unidos expandiam suas respectivas esferas de influência por todo o Chifre da África, o que significou a observância à Etiópia e à Somália.Apesar de apoiar a Somália antes da guerra, quando o conflito eclodiu, a URSS encorajou a Somália e a Etiópia a encontrar uma solução negociada para a disputa — um movimento que frustrou o então presidente da Somália, Siad Barre. Em resposta, em novembro de 1977, ele renunciou ao Tratado de Amizade entre a Somália e a URSS de 1974. Ele também ordenou que todos os conselheiros soviéticos deixassem o país dentro de sete dias, acabou com o uso soviético de instalações navais estratégicas no Oceano Índico e quebrou relações diplomáticas com o principal aliado da URSS, Cuba.Com isso, a URSS e seus aliados começaram a transferir pessoal e armas para a Etiópia, efetivamente virando o equilíbrio da guerra em favor da Etiópia. Barre esperava que sua iniciativa de romper os laços com a URSS resultasse em maior apoio por parte dos EUA. Isto, entretanto, não aconteceu, e Barre ordenou a retirada de suas forças de volta para a Somália em março de 1978. A derrota de Ogaden causou grande instabilidade política na Somália e semeou o colapso do governo de Barre, e efetivamente do Estado somali, em 1991. Conferências de paz na Somália O Quênia e a Etiópia têm sido centrais para os esforços de construção de paz na Somália. Ambos os países sediaram inúmeras conferências sobre a Somália durante os anos 1990 e 2000 e intervieram militarmente no país. Na época, Adis Abeba e Nairóbi trabalharam juntos para instigar a formação de um novo governo somali que não representasse uma ameaça aos seus interesses políticos e de segurança regionais. Em 2004, os esforços do Quênia, da Etiópia e de outras potências regionais para trazer paz e estabilidade à Somália resultaram na formação do Governo Federal de Transição (TFG) e na eleição de Abdullahi Yusuf como o novo presidente da Somália. Este foi um resultado satisfatório tanto para o Quênia quanto para a Etiópia. Yusuf, que fugiu para a Etiópia após participar de uma tentativa fracassada de golpe contra Barre em 1979, tinha sido um aliado de confiança de Adis Abeba durante décadas. Ele, que foi visto pela maioria da população somali como um representante etíope, no entanto, não conseguiu unir a nação. Como o conflito interno continuava no país, Yusuf anunciou sua demissão em 2008. A saída de Yusuf da cena política somali, e a consequente perda de controle do TFG sobre a maior parte do país, abriram caminho para a ascensão do Sindicato dos Tribunais Islâmicos (Islamic Court Union — ICU), uma organização jurídica e política islâmica estabelecida para acabar com a ilegalidade e o conflito doméstico na Somália. A ICU conseguiu, em certa medida, estabilizar o país após décadas de guerra, especialmente na Somália Centro-Sul. Muitos somalis acolheram o governo da ICU porque estavam cansados dos conflitos intermináveis e dos esforços internacionais mal sucedidos para trazer a paz ao país, mas não apresentavam comprometimento ideológico com o islamismo. Entretanto, a ascensão da ICU perturbou a Etiópia e, em dezembro de 2006, ela enviou suas tropas para a Somália para expulsá-la do poder. Mesmo que as forças etíopes tenham conseguido derrotar a ICU, houve um aumento da instabilidade na Somália e no seu entorno. O grupo armado al-Shabab aumentou rapidamente sua influência na região, e a Somália entrou em outro período de conflito. Jubbaland Em outubro de 2011, após uma série de ataques transfronteiriços de combatentes do al-Shabab, baseados na Somália, contra estrangeiros e trabalhadores humanitários no Quênia, Nairobi enviou suas tropas para a região semi-autônoma do sul da Somália, no Jubbaland. A incursão gerou incômodo não apenas em Mogadíscio, mas também na Etiópia. Adis Abeba desconfiou da presença do Quênia em Jubbaland, pois a intervenção militar poderia dar maior poder às comunidades somalis em Ogaden — os mesmos que, há muito tempo, vem travando uma guerra separatista contra Adis Abeba, através da Frente de Libertação Nacional de Ogaden (ONLF). Além disso, o Quênia formou uma aliança com o xeique Ahmed Mohamed, também conhecido como Madobe — um comandante da insurgência somali em Ogaden. Madobe lutou contra o governo em Mogadíscio como aliado do al-Shabab durante anos e se envolveu com combatentes da ONLF. Em 2012, a insurgência de Madobe, apoiada pelas tropas quenianas, conseguiu expulsar o al-Shabab da capital do Jubbaland, Kismayo, que também é uma cidade portuária estratégica. Nos dois anos seguintes, Madobe presidiu a reconciliação dos grupos em Jubbaland e em 2015, com o apoio do Quênia, foi eleito presidente da região semi-autônoma. O crescente poder de Madobe em Jubbaland, e a aliança com o Quênia, vulnerabilizou a posição etíope. Como resultado, ele passou a apoiar o governo de Mogadíscio, revertendo sua política de décadas de suporte aos governos regionais contra o centro para controlar seus poderes. Isto também marcou o fim da aliança Quênia-Etiópia contra a ameaça irredentista pan-somali.As tensões entre o Quênia e a Etiópia vieram à tona mais uma vez em agosto de 2019, durante as eleições presidenciais de Jubbaland. O Quênia mais uma vez apoiou Madobe, enquanto a Etiópia se aliou ao presidente da Somália, Farmaajo, que pressionava pela expulsão de Madobe. Madobe ganhou as eleições, mas Mogadíscio se recusou a aceitar o resultado.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

 

 

CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão aprova projeto que prevê desconto em pedágio para carros com mais de três passageiros.

  Proposta segue em análise na Câmara dos Deputados. A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4...