CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

VIDANEWS - Incêndio em escola mata ao menos 26 crianças no Níger.

 

Ficaram feridos outros 13 alunos, dos quais pelo menos 4 estão em estado grave; o caso aconteceu na cidade de Maradi.

Pelo menos 26 crianças com idade entre 5 e 6 anos morreram em um incêndio numa escola em Maradi, no sul do Níger, nesta segunda-feira (8), disse à AFP o governador da região, Chaibou Aboubacar.“No momento são 26 mortos e 13 feridos, quatro deles em estado grave”, disse o governador, acrescentando que são alunos do primeiro ano do ensino fundamental, “com idade entre 5 e 6 anos”. "Não sabemos a origem do incêndio. Uma investigação está sendo realizada para determiná-la", acrescentou, anunciando um "período de luto de três dias na região de Maradi" a partir de terça-feira (9).O incêndio começou nas salas de aula, em cabanas de palha e madeira. Em abril, 20 alunos morreram queimados em um incêndio numa sala de aula semelhante, em um bairro de classe trabalhadora de Niamey. No Níger, um dos países mais pobres do mundo, para remediar a falta de salas de aula, as autoridades estão construindo milhares de barracões de palha e madeira para que neles as crianças tenham as aulas, às vezes sentadas no chão.Incêndios nessas salas de aula precárias e altamente inflamáveis são relativamente comuns, mas raramente causam vítimas.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

VIDANEWS - Vítimas processam Travis Scott e Drake após festival com oito mortes.

 

As denúncias enviadas à Justiça dos Estados Unidos afirmam que os rappers foram negligentes e incitaram o tumulto durante o evento.

Vítimas do tumulto que causou oito mortes durante um festival de música no Texas, Estados Unidos, entraram com uma denuncia contra os rappers Travis Scott e Drake, a quem acusam de negligência e "incitamento" ao caos.O advogado Ben Crump anunciou na noite de domingo (7) que representa várias "vítimas" e que apresentou uma denuncia em nome de Noah Gutiérrez, de 21 anos. Este último, de acordo com um comunicado do advogado, "descreveu cenas de caos e desespero, durante as quais ele e outros participantes do concerto que estavam na área VIP tentaram levantar do chão as pessoas que clamavam por ajuda".O escritório de advocacia do Texas, Thomas J. Henry Law, também anunciou em um tweet no domingo que representava "várias vítimas da tragédia do festival Astroworld".Um deles é Kristian Paredes, de 23 anos, que afirma ter ficado "gravemente ferido" durante o show de 5 de novembro, segundo o Daily Mail, que teve acesso ao texto da denúncia. Ele reivindica mais de um milhão de dólares, segundo a mesma fonte. Paredes também entrou com uma ação contra os organizadores do show, a Live Nation e a o local que recebeu o festival.Na denúncia, Paredes afirma que houve mortes e feridos por "negligência e imprudência" dos réus, seus agentes e seus funcionários. “Várias pessoas imploraram aos agentes de segurança da Live Nation por ajuda, mas eles ignoraram”, diz o texto, citado pela imprensa. A queixa, apresentada no tribunal de Houston, afirma que Travis Scott já "incitou o caos" em shows anteriores. Ele também acusa o rapper Drake de contribuir para os eventos por ter continuado cantando apesar da multidão "estar se tornando incontrolável".De acordo com o prefeito de Houston, Sylvester Turner, as autoridades estão examinando as gravações e conversando com testemunhas, organizadores de shows e pessoas hospitalizadas.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

VIDANEWS - Ex-secretário dos EUA acredita que país deve se armar contra a China.

 

Heino Klinck, que atuou durante o governo Trump, acha que norte-americanos devem adotar estratégia semelhante à Guerra Fria.

O ex-secretário de Defesa para o Leste da Ásia do governo de Donald Trump, Heino Klinck, afirmou nesta quinta-feira (28) em entrevista à Fox News que os Estados Unidos devem se armar contra os novos misséis hipersónicos chineses.“Acredito que os Estados Unidos precisam fazer os investimentos apropriados em defesa a fim de fortalecer a dissuasão”, destacou Klinck, comentando sobre a estratégia norte-americana usada na época da Guerra Fria contra a extinta União Soviética. A afirmmação de Klinck foi dada horas após o porta-voz chinês Wang Webin declarar que os Estados Unidos criaram um “inimigo imaginário” ao conotar a China como uma rival. Wang Webin ainda alegou que os exercícios militares com mísseis hipersônicos são atividades de rotina das Forças Armadas do país. Na última quarta-feira (27), o general Mark Milley confirmou que o Pentágono havia identificado o lançamento de um míssil chinês de alta velocidade capaz de invadir os Estados Unidos a partir da órbita da Terra“[Os mísseis hipersónicos] não são comuns. É uma tecnologia emergente. Não há exército que tenha testado armas hipersónicas em qualquer lugar do mundo”, explicou Klinck sobre. As relações entre China e Estados Unidos se deterioraram nos últimos meses com o apoio norte-americano a Taiwan e as continuas demonstrações de força bélica feitas pelos chineses.( Fonte R 7 noticias Internacionl)

VIDANEWS - China construiu navios de guerra semelhantes a modelos dos EUA.

 

Imagens de satélites divulgadas pelo Instituto Naval norte-americano mostram veículos usados para testar armas em deserto chinês.

Aparentemente, a China construiu modelos em escala real de navios de guerra dos EUA, incluindo um porta-aviões, que seriam alvos potenciais para praticar ataques contra algumas das armas americanas mais potentes posicionadas no Pacífico - mostram imagens de satélite recebidas pela AFP.Centrados em enormes porta-aviões, os comandos navais de batalha estão entre as armas mais poderosas do arsenal americano. Um deles se encontra estacionado no Pacífico, onde observa áreas-chave como Taiwan e o Mar do Sul da China. A China vem desenvolvendo mísseis antinavio há anos, incluindo alguns capazes de destruir porta-aviões.Em imagens de satélite capturadas no mês passado e enviadas à AFP no domingo (7), enormes modelos de navios americanos podem ser vistos no deserto de Taklamakan, na região chinesa de Xinjiang. Há pelo menos um deles em forma de porta-aviões, e um, de destróier. Um dos alvos foi visto montado em trilhos usados para transportá-lo. Entre as estruturas em escala natural, havia algumas planas, assim como outras mais sofisticadas, parecendo ser instrumentos de navegação, de acordo com o Instituto Naval dos Estados Unidos (USNI, na sigla em inglês). "A análise das imagens de satélite históricas mostra que o modelo do porta-aviões foi construído, inicialmente, entre março e abril de 2019", afirma o relatório do instituto."Passou por várias reconstruções e foi quase completamente desmontado em dezembro de 2019. Mas o local voltou a ser usado no final de setembro deste ano, e a estrutura estava praticamente concluída no início de outubro", completou.O USNI diz que, segundo a empresa de Inteligência AllSource Analysis, a área já foi usada para testes de mísseis balísticos no passado. Ao ser questionado sobre as imagens, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse na segunda-feira "não estar a par da situação".Pequim está avançando em um grande projeto de modernização de seu arsenal, de acordo com um relatório do Pentágono divulgado na semana passada, com muitas de suas armas projetadas para ajudar a neutralizar os principais navios americanos em caso de um conflito regional.O Exército chinês mobilizou alguns de seus mísseis em exercícios, o que, segundo depoimento dado há meses no Congresso pelo almirante da Marinha americana Philip Davidson, é "uma mensagem inequívoca para o público regional e global".Os Estados Unidos fazem, regularmente, operações no Mar do Sul da China e ao redor de Taiwan, o que irrita Pequim.A China reivindica a soberania de quase toda essa área marítima e considera Taiwan como uma parte de seu território a ser retomada, um dia, se necessário à força.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

VIDANEWS -Israel derruba drone do Hamas sobre zona marítima de Gaza.

 

Dispositivo foi interceptado por sistema antimísseis israelense e não foi informado se ele portava armas de fogo.

O Exército israelense informou nesta segunda-feira (8) ter derrubado um drone do Hamas que sobrevoava a área marítima da Faixa de Gaza, um enclave palestino liderado por este movimento islâmico armado, que se encontra sob estrito bloqueio aéreo, marítimo e terrestre de Israel.O drone, "que se aproximou da zona marítima de Gaza, foi interceptado pelo escudo antimísseis", declarou o Exército em um breve comunicado, sem esclarecer se o drone portava armas. Israel já derrubou drones em suas fronteiras com o Líbano e a Síria, mas, muito raramente, salvo em tempos de guerra, aeronaves não tripuladas do Hamas na Faixa de Gaza. Durante a última guerra em Gaza, em maio passado, o Exército israelense abateu três drones. Como esses dispositivos são pequenos e voam baixo, são difíceis de interceptar, de acordo com os militares.No mesmo conflito, Israel conduziu 6.000 horas de voo operacional de drones sobre o enclave palestino, disse um funcionário de alta patente da Força Aérea israelense, que pediu para não ser identificado.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

VIDANEWS - Fogo atinge lanchonete e assusta comerciantes no centro de SP.

Segundo o Corpo de Bombeiros, incêndio na coifa do estabelecimento teve origem em fritadeira que permaneceu ligada.

Um incêndio atingiu uma lanchonete na rua Florêncio de Abreu, na Sé, região central de São Paulo, por volta de 5h10 desta segunda-feira (8). Seis equipes do Corpo de Bombeiros foram disponibilizadas para atender à ocorrência. De acordo com a corporação, o nome do estabelecimento é Madragoa. Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo, que não deixou vítimas, começou na chapa do comércio. Após controlarem as chamas, as equipes deram início à ventilação do local para livrar o ambiente da fumaça. A equipe da Record TV esteve no local e mostrou a movimentação dos bombeiros, que tentavam acessar o local por uma porta lateral. O gerente do local disse que o incêndio pode ter sido gerado por falha humana porque, segundo ele, a manutenção da rede elétrica é feita regularmente. A dona de uma loja de artigos para manicure localizada no andar superior ao da lanchonete chegou abalada ao local. Avisada por amigas de que um incêndio atingia o prédio, ela foi até lá, mas sua loja não havia sido atingida. O tenente dos Bombeiros Eliel Brambila também falou com a equipe da Record TV e explicou que o fogo atingia a coifa do estabelecimento e teve origem em uma fritadeira que permaneceu ligada. Ele explicou ainda o trabalho de combate dos bombeiros, que se estenderia por mais tempo para deixar o local em total segurança.( Fonte R 7 Noticias Brasil)


VIDANEWS - Homem e adolescente são detidos após matarem empresário em SP.

 

Vítima conversava com cunhado quando foi abordada pelos suspeitos. Ele reagiu ao assalto, foi baleado e não resistiu.

Um homem de 19 anos foi preso e um adolescente de 16 foi apreendido em flagrante após matarem um empresário de 57 anos por volta das 12h30 deste domingo (7) na rua Do Lago, no Ipiranga, zona sul de São Paulo.De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima estava no local conversando com o cunhado quando os suspeitos se aproximaram, anunciaram o assalto e tentaram roubar o carro do empresário. Imagens de um circuito de segurança mostram a ação. Após ser abordado, o empresário chega a discutir com um dos suspeitos. Em determinado momento, ele tenta tirar a arma da mão do assaltante, que atira nele e foge em seguida. O empresário foi levado pelo Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) ao Pronto-Socorro do Hospital Dom Alvarenga, porém não resistiu aos ferimentos e morreu.Após patrulhamento na região, equipes da Rocam (Rondas com Apoio de Motocicletas) do 46° Batalhão visualizaram os suspeitos em um supermercado Extra, onde foram detidos. O revólver calibre 32 utilizado no crime também foi apreendido. Registrado no 26° DP (Sacomã), o caso teve a investigação encaminhada ao 95° DP (Heliópolis).( Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDANEWS - Réus presos por morte de Vitória Gabrielly vão a júri sem público.

 

Sem poder assistir ao júri presencialmente, Beto Vaz se manifesta em redes sociais: 'Filha, nós estamos juntos, ligados em alma e fé'.

O segundo júri do julgamento do assassinato de Vitória Gabrielly é realizado no Fórum de São Roque (SP) na manhã desta segunda-feira (8). Os réus Bruno Oliveira e Mayara Abrantes, seus advogados, quatro testemunhas de acusação e dez de defesa, além do juiz, promotor, assistente de acusação e sete jurados, participam da audiência. De acordo com o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), o júri terá medidas de isolamento devido à pandemia e não será permitida a presença de público. O crime ocorreu em junho de 2018 na cidade de Araçariguama, no interior de São Paulo. O pai de Vitória Gabrielly, que não pode assistir ao júri presencialmente, se manifestou por meio das redes sociais: "Filha, nós estamos juntos, ligados em alma e fé. Carrego você no meu coração, minha pequena. Lá nós podemos entrar. Não podemos estar enfrentando isso tudo agora, juntos, mas te trago comigo minuto a minuto até a sentença."O casoVitória Gabrielly, de 12 anos, desapareceu após sair para andar de patins perto do ginásio de esportes, no dia 8 de junho de 2018. O caso mobilizou e comoveu a população de Araçariguama, no interior de São Paulo.A polícia e os moradores se mobilizaram em buscas pela garota. O corpo foi encontrado oito dias depois, em um matagal, às margens de uma estrada rural. Ela havia sido amarrada antes de ser morta. A Justiça entendeu que Vitória havia sido morta por engano, em um assassinato encomendado para acertar contas do tráfico de drogas. Em 22 de agosto de 2019, a Justiça de São Roque, no interior de São Paulo, marcou o julgamento de Júlio César Ergesse. No dia 21 de outubro, ele foi à júri popular.Após 11 horas de julgamento, os jurados acataram a tese da acusação de que o pedreiro teve papel decisivo no assassinato da garota. Ele foi condenado a 34 anos de prisão. Mayara Abrantes e Bruno Oliveira também estão presos pelo crime e ainda não foram julgados.Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDANEWS - Na pandemia, Justiça de SP prende 52 mil e endossa audiências virtuais.

 

Projeto em Guarulhos fez 2.716 audiências por videoconferência. Especialistas criticam modalidade por ‘esconder’ casos de tortura.

Thiago* foi preso no dia 7 de maio, mês em que a pandemia do coronavírus ainda registrava um elevado número de casos, mortes e internações. Às 19h30 daquele dia, durante a abordagem policial em uma cidade do litoral de São Paulo, o homem de 22 anos teve a costela e os dentes quebrados por agentes da Polícia Militar. Cinco horas depois, ele ainda prestava depoimento na delegacia. Somente às 8h do dia seguinte, Thiago chegou a um Centro de Detenção Provisória de um município vizinho. “O presídio não queria me aceitar devido ao meu estado físico”, lembra. “Se eu tivesse conversado com o juiz na audiência de custódia, talvez não tivesse sido mandado para aquele lugar”, afirma. O caso de Thiago é um dos 52.264 de pessoas presas em flagrante que não passaram por audiência de custódia com juízes em São Paulo em razão das exigências sanitárias e protocolos de distanciamento impostos pela Covid-19. De acordo com dados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), entre os meses de janeiro e setembro deste ano, foram realizadas 82.755 análises de flagrante. Em 52.264 casos, a Justiça decretou a manutenção da prisão e em 30.179, a soltura das pessoas. Além disso, foram concedidas 98 prisões domiciliares. No mesmo período do ano de 2019, a Justiça de São Paulo realizou 52.251 audiências de custódia. Em 34.254 casos decretou prisões preventivas, em outros 17.953 concedeu solturas e registrou 1.518 relatos de tortura e maus-tratos. Os números mostram que a manutenção da prisão foi a decisão em 63,1% dos casos de análises de flagrante até setembro deste ano. Em 2019, ano anterior à pandemia de coronavírus, a Justiça manteve 65,5% das prisões — o que mostra uma pequena reducão. O problema é que, nos 52.264 casos de prisão, as pessoas privadas de liberdade tiveram acesso restrito à Justiça, dificuldade para se comunicar com defensores e, em muitas ocorrências, maus-tratos e tortura não foram relatados. Durante a suspensão das audiências de custódia, o TJ-SP informou que esses relatos não foram registrados isoladamente. “As audiências de custódia têm dois objetivos, um deles é pensar juridicamente se a prisão precisa ser mantida, se é o caso de uma pessoa ser mandada para o sistema prisional”, diz Isabel Figueiredo, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). “O segundo é verificar a integridade física da pessoa presa, se houve tortura, maus-tratos e violações.” O período em que ocorreram as análises de flagrante, segundo a pesquisadora, impossibilitou a visibilidade sobre casos de violência policial. “A tortura não se caracteriza somente como algo físico. Muitas marcas não aparecem no laudo do IML. Nesse período, tudo se perdeu um pouco”, diz. Para o presidente do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa) e advogado criminal, Hugo Leonardo, o aumento da violência está relacionado à falta de fiscalização por parte dos órgãos de controle. “Quando há uma ausência de controle das autoridades competentes para coibir as irregularidades, os casos de maus-tratos e torturas crescem”, afirma. Em razão das fraturas e ferimentos, Thiago foi internado em uma unidade da Santa Casa por 15 dias. Quando se recuperou, teve de ficar seis meses no Centro de Detenção Provisória até ser informado sobre o resultado da sentença. “A arma que a polícia apreendeu não era minha. Nenhuma arma foi apreendida comigo. Mas foram me levando, me jogando até que fui internado”, lembra. A primeira audiência de Thiago ocorreu somente em agosto, três meses após ter entrado no presídio. “Fui para a sala e fiquei em frente a um computador. É complicado fazer na sala da prisão: eu estava falando com uma pessoa sobre um ato que não cometi, tudo isso deixa a gente muito abalado. Você até pode falar com a sua defesa, mas já está preso", diz. Hugo Leonardo, do IDDD, afirma que as pessoas são presas e levadas às delegacias antes de o Estado comprovar a existência de requisitos necessários para prendê-las. “Segundo o ordenamento jurídico, a liberdade é a regra, a prisão provisória é excepcional”, diz ele. “A pessoa é inserida no sistema prisional antes mesmo de ser apresentada à Justiça." Segundo Mateus Moro, membro do Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública de São Paulo, não houve uma significativa redução dos casos de manutenção de prisão. “Independentemente das estatísticas, em vez de se prevenir a tortura em um período de exceção, as pessoas tiveram seus direitos mais violados, ou seja, vivemos num momento de exceção permanente”, afirma o defensor. “Não são problemas orçamentários, são de gestão. Trata-se de pessoas brancas e ricas decidindo sobre a vida de pessoas negras e pobres.” Retorno, vídeo e dúvidas O período de pandemia, em que ocorreu a análise dos flagrantes por videoconferência, foi considerado por especialistas um retrocesso. “Teve um caráter excepcional, mas é preciso que haja transparência em relação ao fluxo de pessoas presas, saber se a defensoria acompanhou, quem garantiu a integridade física dessa parcela da população”, avalia Isabel. Para ela, o período mostrou ainda um risco que paira sobre as audiências. “Percebe-se uma tentativa de descaracterizar as audiências, tornando-as mais burocráticas do que eficientes.” A liberdade é a regra, mas as pessoas são inseridas no sistema prisional antes mesmo de ser apresentadas à Justiça Hugo Leonardo, presidente do IDDD A partir do momento em que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) determinou a suspensão das audiências em razão da pandemia, em abril de 2020, as pessoas presas em flagrante passaram a permanecer em delegacias ou em comarcas até que fosse realizada a análise da prisão. “O expediente tem de ser realizado em 24 horas, não houve alteração nesse fluxo”, afirma Felipe Esmanhoto Mateo, assessor da Corregedoria-Geral da Justiça. “Foi uma solução excepcional que teve de ser adotada, mas não tínhamos a pretensão de torná-la uma solução definitiva. É nossa obrigação voltar às audiências.” Desde o dia 4 de outubro, as audiências de custódia voltaram a ocorrer de forma presencial. No entanto, a videoconferência, que passou a funcionar em algumas cidades, ganha força e enfrenta críticas de advogados. Em Guarulhos, um projeto-piloto funciona desde fevereiro. Até setembro, foram registradas 2.716 audiências, com 1.504 prisões e 1.200 solturas. “Nesse contexto, a audiência virtual tem sido eficaz e efetiva em sua finalidade. Me parece que atinge a finalidade de verificar eventuais maus-tratos e não há qualquer prejuízo em ser adotada de maneira definitiva”, afirmou Mateo. Segundo o assessor, alguns requisitos são exigidos para assegurar a privacidade da pessoa presa no momento da audiência. “Nenhum policial pode estar na sala. Se a pessoa tiver advogado, ele pode entrar para evitar qualquer tentativa de intimidação. Além disso, existe uma câmera frontal, uma câmera ambiente e outra externa que monitora a entrada da sala.” A videoconferência é uma solução em comarcas de cidades muito distantes, onde o transporte dos presos para os CDPs tem um alto custo Felipe Mateo, da Corregedoria-Geral de Justiça de SP Em relação aos relatos de maus-tratos, o assessor afirma que é preciso ter a presença do defensor ou advogado para que o registro seja feito. “A videoconferência é uma solução em comarcas de cidades muito distantes, onde o transporte dos presos para os CDPs tem um alto custo”, diz ele. Entretanto, Fábio Pereira Campos Mizael, membro da Amparar (Associação de Amigos e Familiares de Presos), afirma que para diminuir os custos é preciso reduzir o número de prisões. “O custo não está na audiência de custódia, tampouco no transporte. Casos de tortura não se veem pela tela, certas coisas só aparecem no corpo da pessoa. Uma audiência virtual não consegue identificar essas marcas.” Para Hugo Leonardo, advogado do IDDD, as videoconferências esvaziam o sentido das audiências. “Perde-se o tratamento adequado, quem operacionaliza são os agentes policiais ou do sistema penitenciário. A pessoa presa participa de um ato judicial dentro do próprio calabouço.” Ele afirma ainda que a modalidade acentua uma falta de compreensão sobre os processos, ainda que mediados por defensores. “Isso porque o defensor tem dificuldade para ter contato com a pessoa para reunir informações ou mesmo comprovar local de residência e reunir documentos.” Recurso pouco aproveitado Um dos propósitos das audiências de custódia, segundo Mizael, da Amparar, é conscientizar juízes sobre as arbitrariedades da polícia. “Esse período de pandemia foi extremamente difícil de lidar, há uma perversidade da Justiça em relação às pessoas que poderiam cumprir prisão domiciliar”, afirma. “Nesse período, é preciso lembrar que as condições das prisões se agravaram muito. Em alguns presídios, a água era ligada duas vezes por dia e tinha de ser armazenada em um tambor." O membro da Amparar diz ainda que, durante o isolamento social, muitos familiares de presos buscaram a associação para pedir ajuda para acompanhar processos digitais e audiências virtuais. “Nem todo mundo tem acesso à internet ou um telefone de última geração em um país tão desigual. Muita gente não conseguiu acessar os links de atendimento da defensoria”, diz. O custo não está na audiência de custódia, tampouco no transporte. Casos de tortura não se veem pela tela, certas coisas só aparecem no corpo. Uma audiência virtual não consegue identificar essas marcas Fábio Mizael, da Amparar Isabel, do FBSP, concorda que as videoconferências implicam perdas. “Perde-se o contato pessoal com o juiz, o momento em que a pessoa pode ser vista. Além disso, há o fator da neutralidade do espaço físico em que o preso está.” A pesquisadora ressalta que as audiências são mecanismos recentes e que ainda precisam ser mais bem aproveitados pela Justiça. “Vários estados só conseguem realizá-las nas capitais.”Para além do retorno presencial, é preciso discutir, segundo ela, quantos policiais chegam a ser investigados, processados e punidos após os relatos de tortura. “A produção da informação precisa avançar: quantas denúncias de tortura foram apuradas, se eram reais ou não. Não se tem o fim desse caminho. Parece que a história acaba na audiência em si porque as investigações não caminham.” * Nome fictício para preservar a identidade do entrevistado ( Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDANEWS - DISCURSO DO DEPUTADO FEDERAL HILDO DO CANDANGO

    Senhor Presidente, senhores e senhoras presentes, não posso mais me calar diante do absurdo que está acontecendo com a nossa gente! Na s...