Não teria sido por acaso
que a equipe de transição do Governo Lula chamou os representantes do
agronegócio goiano para conversar.
O primeiro encontro aconteceu esta semana,
em Brasília e os interlocutores do futuro governo queriam saber a real situação
do processo produtivo, principalmente de alimentos, em Goiás. Por certo, eles
sabem que o Estado conta com o terceiro maior rebanho de corte do País, com
21milhões de cabeças, atrás, apenas, de Mato Grosso, com 28 milhões e Minas Gerais, com 23 milhões.
Não é pouca coisa. Damesma forma, é sabido que Goiás está entre os cinco
maiores produtores de carne de frango do Brasil, atrás do Paraná com 26,7% do
total nacional, São Paulo, com 13,6%, Rio Grande do Sul, com 11,1%, Santa
Catarina, com 9,2% e Minas Gerais, com 8,1%. Assim, a bovinocultura e a
avicultura de corte têm sido, principalmente depois da hecatombe da covid-19, o
principal motivo de a nossa economia não sucumbir, como muitas outras já o
fizeram. Estamos, sim, com uma produção de excelente qualidade e em
quantidade suficiente para trazermos, para dentro do País, muitas divisas com a
venda de commodities, carne e grãos, principalmente, para a garantia de comida
na mesa de bilhões de pessoa ao redor do mundo. O Brasil joga, de agora em
diante, um importante papel na produção de alimentos e Goiás, com a agricultura
e com a pecuária terá atuação preponderante para que isto, de fato, aconteça.
Para se ter uma ideia, basta citar que o volume exportado de carne de frango
entre janeiro e outubro deste ano é o maior já registrado. De acordo com dados
do Ministério da Economia, já foram embarcadas cerca de 3,92 milhões de
toneladas nos dez primeiros meses de 2022, volume 4,6% maior do que o
registrado no mesmo período do ano passado, quando as exportações atingiram
3,75 milhões de toneladas aproximadamente. Este aumento ocorre mesmo com uma
redução na demanda chinesa pelo produto brasileiro. As exportações de
carne bovina entre janeiro e outubro deste ano, também, estão em patamares
superiores ao registrado nos dez primeiros meses de 2021. Os embarques no
período em 2022 chegam próximo a 2 milhões de toneladas, frente a 1,59 milhão
de toneladas no ano anterior. Desta maneira, Goiás tem tudo para se
destacar como um grande centro gerador de alimentos, não só para o Brasil, mas,
para o mundo inteiro. O Estado conta com um solo altamente fértil e qualificado
para diferentes tipos de agricultura e pastagens. Goiás não sofre com
vendavais, não registra tempestades avassaladoras geadas, sol escaldante e
outra intempéries que poderiam atrapalhar o processo produtivo. Temos água de
boa qualidade, expertise no setor de produção e outras vantagens em relação aos
demais estados. O de que o produtor goiano precisa é de políticas sólidas de
incentivos, menos intromissões de setor oficial e, boas condições logísticas
para produzir, transportar e vender o que produz. O resto pode deixar com os
agropecuaristas.( Fonte Jornal Contexto Noticias Goiás)