Construção com 136 apartamentos apresentava rachadura em colunas em 2018, quando engenheiro sugeriu restauração .
As autoridades norte-americanas
ainda investigam as causas do prédio que desabou,
na última quinta-feira (24), em Miami, nos EUA,
mas um relatório produzido por um engenheiro contratado pelo condomínio revela
a existência de danos estruturais já no ano de 2018. As informações foram
publicadas pelo jornal New York Times neste sábado (26). O profissional, Frank
Morabito, identificou diversas rachaduras em colunas, vigas e paredes no
estacionamento localizado sob os 13 andares de apartamentos e indicou aos
administradores do edifício a necessidade de reparos urgentes, mas não teria
apontado o risco de desabamento.
Até o momento, estão
confirmadas quatro mortes na tragédia, mas ainda há 159 pessoas desaparecidas. As
autoridades americanas mantêm esperança em encontrar sobreviventes após três
dias de buscas nos escombros do prédio localizado em Surfside, na
Flórida. "Continuamos esperançosos. Continuamos a busca por sobreviventes
nos escombros. É nossa prioridade e nossas equipes não pararam os
trabalhos", disse a prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine
Cava, em coletiva de imprensa. O laudo técnico de Frank Morabito apontava para
a necessidade de se substituir a impermeabilização do prédio e alertava que,
se isso não ocorresse logo, "a deterioração do concreto se expandiria
exponencialmente". " O problema é que a impermeabilização foi
colocada em uma laje de concreto plana, não inclinada de forma a permitir o
escoamento da água", afirmou Morabito. Ele apontou ainda ter encontrado
muitas fissuras nas colunas, vigas e paredes de concreto de toda a construção,
e incluiu no documento fotos de rachaduras nas colunas da garagem e de parte do
concreto desmoronando no local. Segundo o advogado da administração do prédio,
Kenneth S. Direktor, os reparos na estrutura foram programados para começar
neste ano com base em um extenso planejamento. O prédio, localizado de frente
para o mar, foi construído na década de 80 e estava em processo para obter uma
certificação exigida para edifícios com 40 anos ou mais. O New York Times ouviu
especialistas da área de construção civil, que se mostraram assustados com a
queda do prédio. O engenheiro John Pistorino, responsável por projetar o
programa local de reinspeção de construções após 40 anos, disse não entender o
que poderia ter ocorrido e não quis especular. mas afirmou que "isso está
fora do normal". ( Fonte R 7 Noticias Internacional)