Uma mulher
foi resgatada com vida depois de ter passado três dias presa dentro de um
automóvel, devido às inundações que provocaram pelo menos 211 mortos no leste
de Espanha.
O anúncio foi feito na noite de sábado pela Proteção Civil da
região autônoma da Comunidade Valenciana, na Espanha, que informou que as
enchentes imobilizaram um veículo próximo à entrada de uma passagem subterrânea
no município de Benetússer. A declaração foi dada pelo presidente da
Proteção Civil da Comunidade Valenciana, Martín Pérez, diante de quase 400
voluntários reunidos no pavilhão Moncada, conforme afirmou a prefeita de
Benetússer, Amparo Orts.
O jornal Las Provincias noticiou que a mulher foi imediatamente levada a um
hospital após o resgate. Pelo menos 211 pessoas morreram nas enchentes na
Espanha, disse no sábado o primeiro-ministro Pedro Sánchez. O número oficial de
vítimas divulgado até então era de 205 mortes, sendo 203 delas na Comunidade
Valenciana. Segundo Sánchez, equipes das forças armadas e da segurança do
Estado já encontraram 211 corpos nos locais em que atuaram, incluindo milhares
de garagens, residências e estradas inundadas. O primeiro-ministro, em
declaração na sede do governo em Madri, mencionou que ainda há dezenas de
pessoas procurando familiares e amigos desaparecidos, sem especificar o número.
As operações de busca e recuperação de possíveis corpos continuarão nos
próximos dias, informou ele, anunciando o envio de mais cinco militares e cinco
mil membros das forças de segurança espanholas para apoiar a resposta a essa
“situação trágica”, com “problemas e carências severas”, onde a resposta das
administrações tem sido insuficiente em Valência. Desde
sexta-feira, a equipe da Associação Portuguesa de Busca e Salvamento está no
local, relatando um “cenário devastador, bem pior do que esperavam”. O
comandante Pedro Batista relatou por telefone que a equipe, composta por dez
agentes, três cães de busca e salvamento e três veículos equipados com
materiais de atendimento pré-hospitalar e para abertura de acessos, foi para
Valência a pedido dos bombeiros valencianos da Unidade de Resgate em
Emergências e Catástrofes e da Embaixada da Espanha. Ele explicou que é
“bastante difícil” avançar no local devido à grande quantidade de lama. “Muitas
vezes, colocamos os pés e ficamos com lama até o pescoço. Ficamos completamente
atolados, sem conseguir andar. Em várias situações, precisamos de ajuda até
para sair do local, o que dificulta ainda mais o nosso avanço”, relatou. Leia Também: Elon
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Mundo ao Minuto Noticias)