Governo anuncia comitê com os 3 poderes para combater pandemia.
Medida ocorre
após série de críticas em relação à má gestão do governo na crise sanitária,
que já matou quase 300 mil brasileiros.
O presidente Jair Bolsonaro
anunciou na manhã desta quarta-feira (24) a criação de um comitê de
enfrentamento à covid-19 com a participação de representantes dos
três poderes. A medida ocorre após uma série de críticas em relação à má
administração do governo federal da crise sanitária que já matou quase 300 mil
brasileiros. O grupo, que contará com a participação de governos
estaduais e municipais, ministérios e outros órgãos da administração federal,
deverá se reunir semanalmente para definir políticas nacionais uniformes para
lidar com a pandemia. Participaram do encontro, no Palácio da Alvorada,
os presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, do Senado, Rodrigo
Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), além do
vice-presidente da República, Hamilton Mourão - veja a lista dos participantes
abaixo. "Reunião bastante proveitosa. Mais do que harmonia, imperou a
solidariedade e intenção de minimizarmos os efeitos da pandemia. Vida em
primeiro lugar", afirmou Bolsonaro em entrevista coletiva após o encontro.
"Será criada uma coordenação junto aos governadores. A intenção é dedicar
cada vez mais vacinação Brasil." Apesar da mudança de tom no discurso, o
presidente insistiu no tratamento precoce, que não tem, até o momento, qualquer
evidência científica de eficácia. "Discutimos também a possibilidade de
tratamento precoce, que fica a cargo do novo ministro da Saúde. Uma nova cepa
ou novo vírus apareceu. Precisamos dar atendimento adequado às pessoas. Não
temos ainda o remédio. [...] Estamos no caminho para o Brasil sair dessa
situação complicada", disse. O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,
afirmou na sequência que a reunião foi "de alto nível", com harmonia
entre os três poderes. "Nosso objetivo é o fortalecimento do SUS nos três
niveis (União, Estados e municípios) para prover à população, com agilidade,
uma campanha de vacinação capaz de reduzir circulacao do vírus", disse.
"Vamos fortalecer a assistência nos três niveis [do SUS] com criação de
protocolos assistenciais. O sistema de saúde do Brasil dará a resposta que a
populacao brasileira quer. Toda a nação se une agora para que cumpramos nosso
dever." O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) ressaltou que a
reunião foi "a expressão pura daquilo que a sociedade brasileria espera
dos homens públicos". "A doença de agora é diferente daquela de 2020
e nos impõe o dever cívico e de responsabilidade. Essa união significa um pacto
nacional liderado por quem a sociedade espera que lidere, que é o presidente
Jair Bolsonaro", disse Pacheco. Para o presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL), a reunião serviu para "desarmar os espíritos e
falarmos uma linguagem só". "Comunicação adequada com todos os dados
para que a população tenha toda assistência, acompanhamento pari passu para
termos rumo coordenado sob a supervisão do presidente da República. Termos
único discurso, única direcao nacional", afirmou. O presidente do
STF, Luiz Fux, destacou que o poder judiciário não pode, por força de lei,
participar diretamente do comitê, mas diante da emergência nacional e
necessidades de soluções rápidas, vai buscar estratégias para evitar a
judicialização de ações. "Exemplo e esperança, esse é binômio",
disse. Participaram da reunião Luiz
Fux, Presidente do Supremo Tribunal Federal Rodrigo Pacheco, Presidente do
Senado Federal; Arthur Lira, Presidente da Câmara dos Deputados; Hamilton
Mourão, Vice-Presidente da República; Roberto Campos Neto, Presidente do Banco
Central; Augusto Aras, Procurador-Geral da República; Romeu Zema Neto,
Governador do estado de Minas Gerais; Ronaldo Caiado, Governador do estado de
Goiás; José Renan Vasconcelos Calheiros Filho, Governador do estado de Alagoas;
Wilson Miranda Lima, Governador do estado do Amazonas; Carlos Massa Ratinho
Júnior, Governador do estado do Paraná; Coronel Marcos Rocha, Governador do
estado de Rondônia; André Luiz de Almeida, Ministro de Estado da Justiça e
Segurança Pública; Fernando Azevedo, Ministro de Estado da Defesa; Ernesto
Araújo, Ministro de Estado das Relações Exteriores; Paulo Guedes, Ministro de
Estado da Economia Tarcísio Gomes de Freitas, Ministro de Estado da
Infraestrutura;Tereza Cristina, Ministra de Estado da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento Milton Ribeiro, Ministro de Estado da Educação João Roma,
Ministro de Estado da Cidadania Marcelo Queiroga, Ministro de Estado da Saúde; Bento
Albuquerque, Ministro de Estado de Minas e Energia; Fábio Faria, Ministro de
Estado das Comunicações; Marcos Pontes, Ministro de Estado da Ciência,
Tecnologia e Inovações; Ricardo Salles, Ministro de Estado do Meio Ambiente; Gilson
Machado, Ministro de Estado do Turismo; Wagner Rosário, Ministro de Estado da
Controladoria-Geral da União; Damares Alves, Ministra de Estado da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos; Onyx Lorenzoni, Ministro-Chefe da
Secretaria-Geral da Presidência da República; Luiz Eduardo Ramos,
Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República; Sérgio
José Pereira, Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República,
substituto; Augusto Heleno, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República;José Levi Mello do Amaral Júnior,
Advogado-Geral da União;Ministro Bruno Dantas, Vice-Presidente do Tribunal de
Contas da União.( Fonte R 7 Noticias Internacional)