Desembargador perde aposentadoria e terá de pagar multa milionária. Ele foi acusado de favorecer Cachoeira
O ex-desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 18ª região, Júlio César Cardoso de Brito foi condenado, no dia último dia 4, a perda de aposentadoria e ao pagamento de uma multa de R$ 15 milhões pela acusação de receber vantagens indevidas para beneficiar o o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, no âmbito da Operação Monte Carlo. Segundo relata o Ministério Público Federal de Goiás (MPF), Júlio César teria obtido vantagens patrimoniais indevidas por meio do exercício do cargo de juiz do TRT. A procuradoria descreve que o magistrado removia entraves jurídico-processuais que contrariavam os interesses da organização. Além do ex-desembargador, Carlinhos Cachoeira também foi condenado no processo ao pagamento de multa no valor de R$ 30 milhões. Além dele, seu irmão, Marco Antônio de Almeida Ramos, e um de seus principais auxiliares, Gleyb Ferreira da Cruz, também terão de restituir os cofres públicos em R$ 18 milhões e R$ 8 milhões, respectivamente.Presentinhos Na denúncia, o Ministério Público Federal (PRF) narra que o ex-desembargador recebia “vantagens patrimoniais indevidas”. Dentre os “mimos”, foram relacionados ingressos para camarotes em shows, bebidas caras, pagamentos de viagens e pagamento de dívidas na aquisição de um carro de luxo. Júlio César, narra o magistrado, realizou ações com “objetivos ilegais” e com dolo de agir contra o que prega a Constituição. Ele já havia sido aposentado compulsoriamente como pena administrativa para as ações irregulares. A sentença destaca que Marco Antônio agia não de modo impositivo, mas “sob feição familiar, com estrito laço consanguíneo” à Cachoeira. Já a Gleyb, cabia o papel de transmitir as ordens dadas pelos irmãos ao magistrado.( Fonte Jornal Contexto Ana Rita Noronha)