Ação
integrada entre forças de segurança em todos os estados tem o objetivo de
combater crimes eleitorais até o primeiro turno.
O Ministério da Justiça ativou
nesta segunda-feira (26) o CICCN (Centro Integrado de Comando e Controle
Nacional) no Distrito Federal para coibir crimes e desvios eleitorais até o dia
da votação do primeiro turno, que ocorre neste domingo (2) em todo o país. A
instituição vai reunir e monitorar as ocorrências durante o pleito. O
coordenador-geral do CICCN, Julian Rocha, explica que a medida pretende
reforçar a segurança em áreas de interesse operacional no dia das eleições.
Entre eles, Rocha enumera os cartórios eleitorais, os locais de votação, os
locais de apuração, as vias públicas, as estações de metrô e as paradas de
ônibus. Leia também: Mais de 6 mil
agentes vão atuar na segurança das eleições no DF"Estamos
proporcionando segurança para que as pessoas possam exercer seu direito ao
sufrágio", afirmou Rocha. A ação mira ocorrências de boca de urna,
transporte ilegal de eleitores, compras de votos, manifestações e protestos,
bloqueios de vias públicas, brigas, ameaças, atentados, alagamentos e quedas de
energia, por exemplo.A ação integra a Operação Eleições 2022, que será
acompanhada por outros órgãos, como o próprio TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), o Ministério da Defesa e as polícias Civil, Militar, Federal e
Rodoviária, além do Corpo de Bombeiros, da Abin (Agência Brasileira de
Inteligência) e das secretarias de Segurança e Defesa Civil. A Secretaria de
Segurança Pública do Distrito Federal informou que o plano de segurança para o
período eleitoral está em elaboração e envolve tratativas com outros órgãos,
entre eles a Câmara dos Deputados, o Senado, o STF (Supremo Tribunal Federal),
o TSE e o TRT (Tribunal Regional Eleitoral).A PRF (Polícia Rodoviária Federal),
por sua vez, disse que vai monitorar estradas e rodovias com câmeras,
rádios e telefones. Além disso, as denúncias recebidas pelo 191 serão atendidas
diretamente por um policial, e não pelo interlocutor digital. A intenção é
agilizar a resolução das demandas. A Abin, por sua vez, vai apoiar "a
produção de conhecimentos sobre eventuais ameaças ao processo eleitoral".
Profissionais da agência ficarão lotados no CICCN e nas superintendências nos
estados. O órgão estará voltado para o combate a interferências externas,
ataques cibernéticos, terrorismo e ações contrárias à democracia.No dia das
eleições, o Ministério da Justiça vai divulgar balanços periódicos da
fiscalização. Nas eleições municipais de 2020, 2,7 mil pessoas foram presas e
35 menores, apreendidos. Ao todo, houve 94,3 mil apreensões: 93,7 mil de
material de campanha irregular; 394 de veículos; e 111 de armas. A desinformação também
foi motivo de 8,9 mil ocorrências: 92% delas se referiam a disparos de
mensagens em massa.Já os crimes eleitorais somaram 4,6 mil, de boca de urna a
compra de votos. Outros 172 foram relativos a crimes contra a vida, como
ameaças, homicídios e lesões corporais.( Fonte R 7 Noticias Brasil))