Profissionais de saúde do DF vão fazer 30% da jornada em emergências
Com medida, governo busca desafogar emergências de centros de saúde.
Segundo a Secretaria de Saúde, faltam 370 médicos em UPAs e UTIs.
O governo do Distrito Federal determinou que os profissionais de saúde deverão passar 30% da jornada de trabalho em emergências para suprir a falta de servidores nessas áreas. A partir de novembro, médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem de postos de saúde devem reforçar as escalas nos hospitais da rede pública. Apenas os profissionais da Saúde da Família não devem passar pelo remanejamento.
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Os profissionais que trabalham em jornada de 40 horas semanais terão que cumprir 12 horas nos pronto-socorros, de preferência das regiões administrativas onde eles já trabalham. Quem cumpre 20 horas semanais passará a cumprir 6 horas nos hospitais. Segundo a Secretaria de Saúde, faltam 370 médicos no atendimento nas UPAs e nas UTIs dos hospitais públicos. O número pode ser maior, uma vez que o governo ainda realiza um levantamento preciso.
Nesta quarta-feira, 67 leitos de UTI estão fechados por falta de profissionais para atender os pacientes. Na UPA de Ceilândia, nesta terça-feira, havia somente um médico e apenas eram atendidos pacientes que chegassem de ambulância ou com risco de morte.
O aposentado Elias Costa de Almenida passou a terça-feira no Hospital Regional de Taguatinga à espera de atendimento. “Eu cheguei à 10h40 e fui atendido no final da tarde porque meu filho entrou e brigou. Estou esperando pela internação, mas a informação que tenho é de que não tem aparelho para fazer minha cirurgia. Tem gente esperando há 62 dias, eu vou ficar aí dentro para pegar uma infecção.”
Em agosto, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal suspendeu o atendimento de emergênciaa crianças no Hospital Regional do Gama por falta de pediatras. Durante a suspensão, o atendimento foi "absorvido" pelo Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Sul, a 33 km de distância. A Secretaria de Saúde também orienta que os pais levem as crianças aos centros de saúde de Santa Maria e do Gama onde, segundo a pasta, há "alta cobertura do Saúde da Família".
Entre 150 e 200 crianças são atendidas na emergência pediátrica do Gama diariamente. Dados da secretaria indicam que 75% desses casos não são graves e, por isso, poderiam ser levados à atenção primária – UPAs ou postos de saúde.(fonte G1)