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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

NOTICIAS GERAL-SAÚDE BRASILIA

Profissionais de saúde do DF vão fazer 30% da jornada em emergências

Com medida, governo busca desafogar emergências de centros de saúde.
Segundo a Secretaria de Saúde, faltam 370 médicos em UPAs e UTIs.

O governo do Distrito Federal determinou que os profissionais de saúde deverão passar 30% da jornada de trabalho em emergências para suprir a falta de servidores nessas áreas. A partir de novembro, médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem de postos de saúde devem reforçar as escalas nos hospitais da rede pública. Apenas os profissionais da Saúde da Família não devem passar pelo remanejamento.
Os profissionais que trabalham em jornada de 40 horas semanais terão que cumprir 12 horas nos pronto-socorros, de preferência das regiões administrativas onde eles já trabalham. Quem cumpre 20 horas semanais passará a cumprir 6 horas nos hospitais. Segundo a Secretaria de Saúde, faltam 370 médicos no atendimento nas UPAs e nas UTIs dos hospitais públicos. O número pode ser maior, uma vez que o governo ainda realiza um levantamento preciso.
Nesta quarta-feira, 67 leitos de UTI estão fechados por falta de profissionais para atender os pacientes. Na UPA de Ceilândia, nesta terça-feira, havia somente um médico e apenas eram atendidos pacientes que chegassem de ambulância ou com risco de morte.
O aposentado Elias Costa de Almenida passou a terça-feira no Hospital Regional de Taguatinga à espera de atendimento. “Eu cheguei à 10h40 e fui atendido no final da tarde porque meu filho entrou e brigou. Estou esperando pela internação, mas a informação que tenho é de que não tem aparelho para fazer minha cirurgia. Tem gente esperando há 62 dias, eu vou ficar aí dentro para pegar uma infecção.”
Em agosto, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal suspendeu o atendimento de emergênciaa crianças no Hospital Regional do Gama por falta de pediatras. Durante a suspensão, o atendimento foi "absorvido" pelo Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), na Asa Sul, a 33 km de distância. A Secretaria de Saúde também orienta que os pais levem as crianças aos centros de saúde de Santa Maria e do Gama onde, segundo a pasta, há "alta cobertura do Saúde da Família".
Entre 150 e 200 crianças são atendidas na emergência pediátrica do Gama diariamente. Dados da secretaria indicam que 75% desses casos não são graves e, por isso, poderiam ser levados à atenção primária – UPAs ou postos de saúde.(fonte G1)

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