Defesa do diretório estadual do partido informou que vai recorrer.
A Justiça Eleitoral, por meio do Juízo da 127ª Zona, decidiu, na
noite desta segunda-feira, 19, que o PP deve continuar na coligação “Goiânia
que Queremos”, do candidato à Prefeitura de Goiânia pelo PSD, Vanderlan
Cardoso, mantendo com ele, também, o tempo de TV para propaganda eleitoral. Na
sentença proferida, o juiz Fernando Moreira Gonçalves argumenta que diante da
tentativa de destituição do Diretório Municipal, “por enquanto frustrada pela
concessão da Segurança”, resta mantida “a vontade expressada pelo Diretório
Municipal na primeira ata encaminhada à Justiça Eleitoral” que definia Paulo
Daher, do PP, como candidato a vice de Vanderlan Cardoso, e a legenda em sua
coligação. “Assim, vejo como irregular a participação do PP na Coligação ‘União
Por Goiânia’ [de Sandro Mabel], devendo tal sigla ‘Partido Progressista – PP’
ser mantido na Coligação formada com o Partido Social Democrático – PSD.” Na
prática, a sentença representa uma derrota para o presidente estadual do PP,
Alexandre Baldy, que acusa Paulo Daher de, enquanto presidente da comissão
provisória de Goiânia, ter fraudado a ata para fazer a legenda caminhar com
Vanderlan. Isso porque, havia um acordo prévio entre a cúpula estadual do PP e
a base governista para que a sigla apoiasse Sandro Mabel. Na sentença proferida
hoje, porém, o magistrado afirma que apesar de Mabel ter comparecido à
convenção do PP, “não houve prova de deliberação à favor do apoio à coligação”
dele. À reportagem, a defesa do diretório estadual do PP informou que vai recorrer.
Expulsão? Conforme
noticiado pelo Jornal Opção,
em primeira mão, nesta segunda-feira, 19, membros da comissão de ética do PP
devem se reunir nesta terça-feira, 20, para decidir se expulsam
da legenda, ou não, o ex-vereador e candidato a vice-prefeito
de Goiânia, Paulo Daher. A reunião foi marcada para às 17h e há um clima para
que os membros do diretório deliberem pelo afastamento de Daher. Caso a
situação se concretize, o candidato pode perder a condição de elegibilidade
para este pleito. Leia também: Com discursos
desencontrados, PP em Goiânia expõe crise interna em convenções de Mabel e
Vanderlan nesta segunda-feiraO último dia para Daher apresentar a
defesa é justamente hoje, segunda-feira. Agora, o PP vai decidir se acata, ou
não, os argumentos dele para a permanência na sigla. Ao Jornal Opção, Paulo Daher
disse ter entregado a defesa para o partido e negou que tenha passado por cima
do partido e dos candidatos a vereador de Goiânia. “Tem até o vídeo. Ficou
aprovado na convenção, por aclamação, que a ata ficaria aberta. Não houve
aprovação para seguir com Sandro Mabel”, disse. O candidato a vice destacou a manifestação do
Ministério Público, baseada na liminar que o manteve na direção
municipal do partido, da continuidade do PP na coligação de Vanderlan. “Fui
rechaçado do partido de forma arbitrária”. Daher disse ainda que, caso seja
expulso da sigla, o PP “simplesmente ficará sem vice na Prefeitura”, mas que
ele seguirá candidato. “Não muda nada. Serei candidato sem partido”. No
entanto, advogados eleitorais ouvidos para reportagem discordam. “Sendo
suspenso ou expulso do partido, ele perde a condição de elegibilidade e assim
não pode ser candidato. Óbvio que é a Justiça quem dará a palavra final”,
explicou um especialista em Direito Eleitoral. Logo, mesmo com o PP garantido
na coligação de Vanderlan, existe a possibilidade de o pessedista não conseguir
manter Daher como seu vice. Vale destacar que,
caso Paulo Daher seja expulso e fique sem condições de prosseguir com a
candidatura, Vanderlan Cardoso tem prazo até setembro para definir um novo nome
para sua vice. (Fonte Jornal Opção Notícias GO)