Dois alpinistas, um americano e um suíço, morrem no Everest.
Alpinista europeu morreu após chegar ao cume da montanha, e
americano foi vítima da cegueira da neve e de exaustão.
Dois alpinistas, um americano e
um suíço, morreram no Monte Everest, as primeiras vítimas da temporada de 2021
- anunciaram nesta quinta-feira (13) os organizadores da expedição no Nepal. Os
dois faleceram na quarta-feira (12), informou à AFP Mingma Sherpa, da agência
Seven Summit Treks. O alpinista suíço Abdul Waraich, 40 anos, "sofreu uma
exaustão" depois de alcançar o cume (8.848,86 metros), relatou Chhang Dawa
Sherpa, da mesma empresa. "Enviamos dois sherpas adicionais com oxigênio e
alimentos, mas infelizmente não conseguiram salvá-lo", declarou. O
alpinista americano Puwei Liu, de 55 anos, conseguiu chegar ao escalão Hillary,
mas foi vítima da cegueira da neve e de exaustão. Ele recebeu ajuda para
continuar a descida, segundo os organizadores. O americano alcançou
o campo 4, onde faleceu pouco depois de maneira súbita. O tempo ruim impede no
momento a recuperação dos corpos dos alpinistas para sua repatriação, informou
Thaneshwor Guragain, da Seven Summit Treks. Durante as últimas temporadas, o
Everest registrou um número crescente de alpinistas que tentaram alcançar o
topo, uma situação que provocou uma superlotação que seria a culpada por várias
mortes. Onze pessoas morreram ao tentar alcançar o cume do Everest em 2019.
Quatro óbitos foram atribuídos ao excesso de pessoas que tentavam a escalada. Em
apenas um dia, 354 pessoas formaram uma fila para alcançar o topo da maior
montanha do mundo, do lado sul, situado no Nepal, e do lado norte, no Tibete. O
ministério nepalês do Turismo decretou novas regras para limitar o número de
alpinistas que tentam alcançar o "teto do mundo". A pandemia acabou
com a temporada passada. Este ano, no entanto, apesar dos riscos de contrair
covid-19 durante a expedição, o Nepal flexibilizou as regras de quarentena com
o objetivo de atrair mais alpinistas, apesar dos riscos de contrair covid-19
durante a expedição, em uma área com dificuldade de assistência médica. O Nepal
entregou 408 autorizações de escalada, contra 381 em 2019. No momento, o
acampamento base tem mais de mil pessoas, entre alpinistas e suas equipes de
apoio. Os hotéis da região voltaram a abrir as portas. As condições
meteorológicas mais benevolentes coincidiram, no entanto, com uma onda de
covid-19 no Nepal, país que confirmou mais de 422.000 casos e mais de 4.250
mortes desde o início da pandemia. Nas últimas semanas mais de 30 alpinistas
foram retirados do acampamento base, situado a 5.364 metros de altura, com
sintomas de coronavírus, mas apenas três apresentaram resultado positivo em
testes de diagnóstico. Como a respiração já é difícil nesta altura, um foco da
doença entre os alpinistas pode ser catastrófico. A China, primeiro país
afetado pela pandemia no fim de 2019, anunciou que pretende estabelecer uma
"linha de demarcação" no topo do Everest para evitar o contato entre
alpinistas das faces norte e sul da montanha, em uma tentativa de reduzir os
riscos de contaminação por coronavírus.A China conseguiu controlar a propagação
do vírus desde o início de 2020 e teme que as infecções retornem a seu território
a partir do exterior. Como o país está com as fronteiras praticamente fechadas
desde março de 2020, vigia com lupa as atividades no Everest, que compartilha
com o Nepal. Autoridades tibetanas afirmaram que adotarão as "precauções
mais estritas possíveis" para evitar um foco de contágios procedente dos
alpinistas que chegam pelo lado sul nepalês, mas não explicaram como
conseguiriam separar o topo da montanha. A China proíbe a presença de
alpinistas estrangeiros no Everest desde o ano passado devido à pandemia.(
Fonte R 7 Noticias Internacional)