CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

sexta-feira, 30 de abril de 2021

VIDA NEWS- SENADO FEDERAL MINISTROS PREFEITOS E GOVERNADORES VÃO SER CONVOCADOS

 

CPI pode convocar ministros, prefeitos e governadores na próxima semana.

A CPI da Pandemia pode votar a partir da próxima semana a convocação de cinco ministros de Estado, quatro governadores, quatro prefeitos, 13 secretários estaduais e municipais de saúde e um integrante do Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 209 requerimentos que ainda aguardam deliberação do colegiado, 134 são pedidos de convocação. Outros 73 são de convite e apenas dois de informações. Os parlamentares sugerem a convocação dos ministros Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa e ex-Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil e ex-Secretaria de Governo), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). O ministro Wagner Rosário, da Controladoria Geral da União (CGU), é chamado a depor em um pedido de convite. Há ainda requerimentos para a convocação do ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores). A CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos governadores João Doria (São Paulo), Wilson Lima (Amazonas), Rui Costa (Bahia) e Hélder Barbalho (Pará). Wellington Dias (Piauí) é convidado como representante do Fórum de Governadores. O prefeito de Manaus (AM), David Almeida, é alvo de três requerimentos. Além dele, há pedidos para a convocação dos gestores de Chapecó (SC), João Rodrigues; Ilha Bela (RJ), Toninho Colucci; e São Lourenço (MG), Walter Lessa. Outro requerimento pede a convocação do ex-prefeito de Fortaleza (CE), Roberto Cláudio. A CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos secretários estaduais de Saúde de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte. Além deles, podem ser convocadas a depor as gestoras municipais de Saúde de Manaus e de Porto Seguro (BA). Há ainda requerimentos para a convocação de ex-secretários do Amazonas, do Distrito Federal e de Fortaleza. “Gabinete do ódio” De todos os requerimentos que aguardam apreciação, apenas quatro têm data confirmada de votação. Eles se referem à convocação de Fabio Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República. Em entrevista à revista Veja, Wajngarten afirmou que houve “incompetência” e “ineficiência” de gestores do Ministério da Saúde para negociar a compra de vacinas. Os quatro pedidos devem ser votados na próxima terça-feira (4). Os senadores podem apreciar ainda a convocação do chamado “gabinete do ódio”: um grupo de servidores que atua nas redes sociais da Presidência da República e é suspeito de promover uma campanha de desinformação durante a pandemia. Podem ser chamados a depor os assessores Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Gomes e Mateus Matos Diniz, além do secretário de Comunicação da Presidência, Flávio Rocha. Os parlamentares apresentaram ainda requerimentos para a convocação do ex-comandante do Exército, general Edson Pujol. Durante a gestão dele, o Laboratório do Exército intensificou a produção de cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada contra a covid-19. Quem também aparece entre os requerimentos de convocação é o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em março do ano passado, ele decidiu que governadores e prefeitos podem adotar medidas para o enfrentamento do coronavírus — assim como o presidente da República. Os senadores sugerem ainda a convocação do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino. Também podem ser chamados a depor o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier, e o ex-secretário do Tesouro Nacional e atual secretário especial de Fazenda, Bruno Funchal. Convites e informações Dos 73 requerimentos de convite, 16 se referem à realização de audiências públicas. Eles sugerem a participação de representantes de universidades, entidades médicas, organismos multilaterais de saúde, governos estaduais, prefeituras, hospitais públicos e privados, santas casas, especialistas em relações internacionais, órgãos de controle e institutos de pesquisa. Um requerimento também sugere a presença de infectologistas para “prestar informações sobre as evidências cientificas que comprovam a eficácia do tratamento precoce contra a covid-19”. Os senadores apresentam ainda requerimentos para ouvir representantes de laboratórios que desenvolvem ou já produzem vacinas contra o coronavírus. São eles: Instituto Butantan, Sinovac, Fundação Oswaldo Cruz, AstraZeneca, União Química, Instituto Gamaleya, Instituto do Soro da Índia e Janssen. Os dois requerimentos de informação pendentes de votação solicitam dados à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e ao Ministério da Saúde. O primeiro se refere a propagandas, campanhas ou inserções midiáticas realizadas pelo governo federal em temas relacionados à pandemia. O segundo pede informações sobre a compra de exames para a detecção da covid-19.  (Fonte: Agência Senado)

 

VIDA NEWS- SENADO FEDERAL MUITOS DESAFIOS PARA CLASSE TRABALHADORA NESTE 1º DE MAIO

 

Especialistas apontam muitos desafios para a classe trabalhadora neste 1º de Maio.

Em homenagem ao Dia do Trabalhador (1º de maio), a Agência Senado publica nesta sexta-feira (30) entrevistas com especialistas no mundo do trabalho brasileiro. Eles avaliam a situação atual da classe trabalhadora num cenário de grandes dificuldades agravadas pela pandemia. Queda na renda, desemprego em massa, informalidade e a chamada "uberização" são alguns dos temas.Um dos entrevistados é o senador Paulo Paim (PT-RS) que, antes de ser político, foi metalúrgico, entre 1965 e 1985, em diversas empresas espalhadas por cidades gaúchas, como Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas e Gravataí. Com trajetória sólida no movimento sindical gaúcho a partir de 1979, foi também um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em 1983. Na trajetória política, iniciada em 1986 na Assembleia Constituinte, e jamais interrompida, Paim acumula reeleições sucessivas. Em sua pauta, há sempre assuntos ligados ao mundo trabalhista. Outro entrevistado é o sociólogo Fausto Augusto Júnior, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). E o último é o economista Marcio Pochmann, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2007 a 2012, Pochmann é autor de diversos livros sobre o mundo do trabalho. Entre eles, Brasil sem industrialização (2016) e Capitalismo, classe trabalhadora e luta política (2018), em parceria com o cientista político Reginaldo Moraes. Paim: "Reforma trabalhista prometeu 10 milhões de empregos, e o desemprego aumentou"  Agência Senado – Senador Paim, o senhor trabalhou durante muitos anos como metalúrgico em seu Estado, e teve também uma trajetória no movimento sindical, tendo sido um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Hoje, com o cenário de massivo desemprego e precarização das relações de trabalho (fenômenos como a chamada “uberização”), como o senhor vê as condições atuais da classe trabalhadora, em relação à sua época como trabalhador e sindicalista? Paulo Paim – A situação dos trabalhadores está muito difícil. A política adotada pelos últimos governos deteriorou rapidamente as condições de trabalho. Saímos de uma situação de quase pleno emprego até 2015, para uma grave crise econômica e social. O desemprego bate recordes e atinge hoje 15 milhões de pessoas. Outros 6 milhões estão desalentados, já desistiram de procurar emprego. A informalidade é recorde. Seguramente, com a pandemia, temos mais de 100 milhões de pessoas vivendo na pobreza e extrema pobreza. A reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) abriu os portões para a barbárie, a precarização do trabalho. Liberou a terceirização irrestrita e facilitou a chamada “uberização”, que é o trabalho com todas as características da relação empregatícia, mas sem o reconhecimento de tal vínculo. Portanto, sem nenhum direito assegurado. O trabalho intermitente é um crime. O trabalhador fica em casa esperando ser chamado pelo empregador, que só paga pelas horas efetivamente trabalhadas. O empregado não tem sequer garantia de renda mínima ou jornada. Se não receber ao menos um salário mínimo, ainda tem que complementar a contribuição previdenciária, sob pena de não contar tempo para a aposentadoria. Para enfraquecer a representação sindical, que é a mola mestra de mobilização da classe trabalhadora, a reforma trabalhista acabou com a contribuição sindical e assistencial. Cito agora literalmente uma declaração recente do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden: “Os sindicatos colocaram poder nas mãos dos trabalhadores. Eles nivelam o jogo. Eles te dão uma voz mais forte. Por sua saúde, segurança, salários melhores, proteções contra a discriminação racial e assédio sexual”. No meu tempo de sindicalista, tínhamos sindicatos fortes, com poder de mobilização e negociação. Temo que a reforma trabalhista acabe por corroer esta relevante estrutura. AS -  Que avaliação o senhor faz das reformas na legislação trabalhista realizadas nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro? PP – Estas reformas só retiraram direitos. Diziam que era necessário “flexibilizar direitos” para gerar 10 milhões de empregos. Mentiram na cara de pau. Basta ver a explosão do desemprego nos últimos anos e a brusca redução dos salários. São muitos, mas vou citar só alguns exemplos de direitos que foram solapados: prevalência do negociado sobre o legislado; redução do horário de almoço para 30 minutos; ampliação do uso do banco de horas; divisão das férias em até três períodos; fim da remuneração da jornada in itinere e o trabalho intermitente. De forma grave, enfraqueceram também a estrutura de fiscalização e prevenção das medidas de proteção dos trabalhadores. A situação ficou ainda pior com a reforma da Previdência, que aumentou a idade e o tempo mínimo de contribuição para os benefícios. Reduziu o valor da aposentadoria e da pensão por morte. A aposentadoria especial por periculosidade não acabou por pouco. Conseguimos aprovar um destaque no plenário do Senado, e estamos lutando para regulamentá-la. As reformas não contribuíram em nada para minimizar os efeitos negativos da robotização na produção e a chegada de novas tecnologias. O fim da política de valorização do salário mínimo também achata a renda dos trabalhadores. O trabalho intermitente e a chamada “uberização” são quase trabalho escravo. O trabalho por aplicativo, nos moldes atuais, é o melhor negócio para os detentores das plataformas. O trabalhador assume todos os riscos. Usa seu carro, paga o combustível, seguro e manutenção. Não controla o preço dos serviços e no final paga até 35% para a plataforma. É um absurdo! AS – Por falar nisso, os trabalhadores dos setores de aplicativos têm se organizado e realizado diversas manifestações, especialmente em São Paulo. Reivindicam a ampliação de direitos e melhores condições, no que tange à remuneração mensal. O que o senhor avalia que o Parlamento pode fazer por esses trabalhadores? PP – O Parlamento precisa enfrentar este debate. Tem de regulamentar retomando os princípios protetivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Decreto-lei 5.452, de 1943. É preciso restabelecer a tela de proteção social do trabalho conforme a Constituição. É inaceitável que o trabalhador assuma os riscos da atividade empresarial. A plataforma que determina o preço e a forma de prestação do serviço, e se aproveita do trabalho, não assume qualquer responsabilidade. É nenhuma responsabilidade mesmo! Seja pela segurança e saúde do trabalhador, seja pelos custos inerentes à atividade! Até na pandemia, os riscos ficam todos a cargo dos trabalhadores de aplicativos. E ainda tiveram assombroso aumento de custos, com o preço galopante da gasolina e as necessárias medidas de proteção. Comecei esse debate na Comissão de Direitos Humanos (CDH), culminando na apresentação do Estatuto do Trabalho (SUG 12/2018). Queremos reequilibrar a relação entre capital e trabalho, pois esta fórmula de trabalhos sem direitos está levando a classe trabalhadora à bancarrota.Fausto Augusto: "Desemprego e queda na renda são os legados da pandemia" AS – Que impacto a pandemia teve, em termos gerais, para a classe trabalhadora? Fausto Augusto Júnior – O principal impacto é no desemprego. A taxa de desemprego já ultrapassa 14%, o que significa mais de 14 milhões de desempregados. Além disso, há um contingente muito grande também de pessoas que saíram do mercado de trabalho. A falta de perspectivas de achar uma ocupação fez com que estas pessoas parassem de procurar emprego. Esses já são mais de 10 milhões. A grande maioria dos desempregados e desalentados durante a pandemia eram vinculados à informalidade e alguns setores específicos do trabalho formal. Especialmente nos setores de comércio e serviços. Há também o fenômeno da queda na renda, porque alguém na família ficou desempregado ou literalmente sofreu rebaixamento no salário ou ganho mensal. Outra questão grave é a inflação da cesta básica e nos alimentos, que afeta mais o poder de compra dos trabalhadores. O cenário pós-pandemia será de alto desemprego, queda na renda e inflação num patamar mais alto. AS - Como o Dieese avalia as reformas que têm sido feitas desde 2016 na legislação trabalhista? FAJ – Essas reformas prometeram geração de emprego e inclusão dos informais, o que ainda não ocorreu. O que vemos é a desestruturação do mercado de trabalho, ampliação do mercado informal e desorganização do mercado formal. Hoje, os formais estão numa situação mais complexa, com mais formas de contratação que atingem a estabilidade financeira. Os empregos que começam a aparecer agora são empregos com menos direitos. Avançou no Brasil o conceito de que o trabalhador deve ter menos direitos e piores condições de trabalho. Além da reforma trabalhista, teve a da Previdência, que dificultou a aposentadoria para uma parcela efetiva da classe trabalhadora. Há também um processo de revisão das normas de segurança do trabalho, ampliando a insegurança. A nosso ver, foram reformas neoliberais que buscaram enfraquecer o poder de barganha dos trabalhadores e reduzir o custo do trabalho. AS – Como o Dieese avalia o fenômeno da “uberização” das relações de trabalho? O que o Parlamento, a seu ver, pode fazer em termos de legislação nestes casos específicos de relações trabalhistas? FAJ – A “uberização” é mais uma faceta da informalidade, que devemos avançar para a formalidade. Mas há níveis diferentes quando falamos de “uberização”. O autotrabalho mediado por um aplicativo, em que o sujeito define preços, jornada e condições é uma coisa. Outra coisa são grandes multinacionais, com base em aplicativos, esconder relações constituídas de emprego, que uma empresa “normal” determina na carteira assinada. O que essas grandes companhias baseadas em aplicativos estão fazendo é fraudar a legislação trabalhista. Essas grandes empresas que definem preços, punições, jornada e etc. devem ser enquadradas, pois são empresas como qualquer outra. Esta discussão já ocorre em outros países, e a formalização avança. Já no caso de trabalhadores individuais que definem preços e jornada usando os aplicativos, avalio que o Parlamento deve discutir com muita profundidade com a sociedade, antes de definir uma legislação. Ouvindo sindicatos, associações e representações coletivas.            AS – Como se dá a relação entre a classe trabalhadora hoje e os sindicatos após reformas, como a que levou ao fim do chamado Imposto Sindical e outras? FAJ – A reforma trabalhista foi também sindical, com o objetivo de enfraquecer as representações coletivas dos trabalhadores. A questão não é só o fim do Imposto Sindical, é não ter criado nenhuma transição para outro modelo. A reforma trabalhista também quebra o monopólio da negociação, o que é grave quando lembramos que as negociações coletivas são mais efetivas, protegem mais o trabalhador. Por não haver nenhuma garantia contra demissões, não existe a possibilidade de negociação individual. Mas avaliamos que o movimento sindical sobrevive. Havia temores quanto à isso, por causa do fim do Imposto Sindical. Mas ele continua relevante. Em 2020 foram mais de 11 mil negociações coletivas ligadas a reajustes salariais e mais de 36 mil negociações em diversos temas. 90% dos sindicatos do setor privado negociaram, ainda é um setor pujante. O processo de reorganização sindical vai continuar ocorrendo, como mostra nossa História. O que preocupa é o movimento do atual governo de buscar enfraquecer as organizações coletivas, especialmente os sindicatos. E é prioritário que continuem a batalhar no Parlamento, pois os direitos constitucionais não devem ser só pra quem tem carteira assinada, mas para todos os trabalhadores. Pochmann: "Esta é uma das crises mais graves já enfrentada pela classe trabalhadora"  AS – Que avaliação o senhor faz das reformas na legislação trabalhista realizadas desde 2016? Marcio Pochmann – Diferentemente das mudanças na legislação social e trabalhista que o Brasil conviveu desde a década de 1930, quando o sistema corporativo das relações de trabalho foi implementado, tivemos em 2017 não uma reforma para melhorar ou ampliar direitos, como havia sido o sentido das mudanças anteriores. O que se verificou em 2017, de certa forma, é o fim do sistema de relações de trabalho corporativo. Isso porque a reforma de 2017 tratou de três elementos que são fundamentais no sistema corporativo de relações. Primeiro: foi justamente o ataque ao monopólio da representação sindical, na medida em que a legislação estabelece a possibilidade de acordos entre patrões e empregados não mais serem mediados pelos sindicatos, mas sim contratos individuais. A segunda mudança está relacionada ao papel da Justiça do Trabalho, do Direito do Trabalho, conforme havia sido instalado a partir da década de 1930. O que se percebe, justamente, é que tivemos uma queda profunda na presença da Justiça do Trabalho intermediando conflitos trabalhistas. O abandono de parte dos trabalhadores em buscar enfrentar a injustiça ocorrida no local de trabalho através do processo trabalhista denota não uma melhoria nas condições de trabalho, mas justamente o contrário. Que é o distanciamento da Justiça do Trabalho de enfrentar situações de injustiça existentes nos locais de trabalho. E o terceiro elemento importante é justamente o sufoco das instituições sindicais, através do fim da obrigatoriedade da contribuição sindical. Com isso, os sindicatos perderam praticamente 99% do que arrecadavam, quando comparada sua receita a antes da reforma trabalhista. Nesse sentido, pode haver dificuldade da atuação sindical em relação às negociações coletivas, em relação ao movimento de greves. Neste sentido, então, o que tivemos de 2017 pra cá é uma tentativa de abandono do sistema corporativo de relações de trabalho, e uma transição para um sistema associado ao Direito Comercial, que era o que predominava no Brasil antes de 1930. AS – Como o senhor percebe o fenômeno da chamada “uberização” das relações de trabalho?MP – Um dos aspectos importantes da transição das economias urbano-industriais para a economia de serviços, economias pós-industriais, está relacionada à alteração no sistema de relações de trabalho presente através das tecnologias de informação e comunicação. Isso tem permitido a presença do trabalho através do uso destes sistemas de informação, que possibilita o trabalho ser realizado não apenas num local específico, mas em qualquer lugar, diante da existência da internet e dos sistemas de relacionamento. Este trabalho no âmbito dos serviços, que não é tangível, é imaterial, vem sendo mediado por relações capital-trabalho sem grande mediação regulatória. Sem a presença do Estado. Há neste sentido alguma reação, ainda que pontual em determinados países, na tentativa de regular as relações capital-trabalho que resultam nesta “uberização”. A “uberização” é um fenômeno que veio pra ficar e, por conta disso, é fundamental o redesenho das relações de trabalho a partir de uma regulação que permita o funcionamento deste sistema, mas que não signifique a precarização e empobrecimento dos trabalhadores. AS – Como o senhor vê as relações entre a classe trabalhadora hoje e os sindicatos, após reformas como o fim do Imposto Sindical e outras? MP – A estrutura sindical tradicional se mantém, mas a meu ver se distancia da realidade do mundo do trabalho. Na medida em que temos, devido à terceirização da atividade econômica, uma concentração na atividade de serviços, há uma enorme dificuldade nesta representação sindical, de fato, ser legítima em relação às mudanças nas condições de trabalho. E esta estrutura tradicional também está fortemente afetada pelo fato de não haver financiamento suficiente para as atividades sindicais. O que temos visto é uma tentativa de manter a estrutura através da venda de patrimônios, uma espécie de “prolongamento” da existência desta estrutura. Mas que terá dificuldades a se manter a médio e longo prazo, se não houver uma reorganização da representação. É preciso repensar a organização do trabalho não mais em categorias específicas, mas considerando os complexos produtivos. Isso permitirá ter menos sindicatos, mas mais consolidados neste mundo do trabalho reconfigurado como temos hoje. AS – Que avaliação o senhor faz do Dia do Trabalhador (1º de maio) em sua dimensão simbólica e de lutas? MP – Com o quadro atual de amplo desemprego no Brasil, subutilização do trabalho e destruição de direitos, o 1º de Maio é uma janela para a reflexão de identificação da situação atual, buscando convergir forças visando a uma agenda capaz de superar as dificuldades. Essa não é a crise mais grave que a classe trabalhadora já passou, mas está entre as crises mais graves da história do capitalismo brasileiro. Este entendimento abre perspectivas para a superação, pela maioria daqueles que representam o trabalho no Brasil. Medidas do governo Com o objetivo declarado de tentar enfrentar a forte crise no mercado de trabalho, o governo editou na quarta-feira (28) duas medidas provisórias: MP 1.045/2021 e a MP 1.046/2021. A MP 1.045/2021 reedita o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que vigorou em 2020. O BEm visa garantir a continuidade das atividades empresariais, com permissão na redução de salários e suspensão dos contratos de trabalho. O BEm é pago pela União nas hipóteses de suspensão ou redução da jornada de trabalho, independentemente do cumprimento do período aquisitivo, do tempo de vínculo empregatício ou do número de salários recebidos. O benefício, a ser pago mensalmente, tem como referência a parcela do seguro-desemprego a que o empregado teria direito. A MP prevê a possibilidade de redução da jornada de trabalho e do salário dos empregados, e a suspensão temporária dos contratos de trabalho, juntamente com o pagamento do benefício, por até 120 dias. Alguns requisitos devem ser observados: preservação do salário-hora de trabalho; pactuação de acordo individual escrito entre empregador e empregado; e a redução da jornada de trabalho e salário nos percentuais de 25%, 50% ou 70%. Também é prevista a possibilidade de suspensão temporária do contrato de trabalho pelo prazo máximo de 120 dias. É reconhecida a garantia provisória no emprego durante o período acordado e após o restabelecimento da jornada ou encerramento da suspensão, por igual período. Medidas trabalhistas A MP 1.046/2021 também reedita medidas trabalhistas adotadas durante 2020, a serem disponibilizadas por empregadores.  As providências poderão ser adotadas pelos patrões num prazo de 120 dias contados da publicação da MP. Entre as medidas estão a antecipação de férias individuais, a concessão de férias coletivas, o aproveitamento e a  antecipação de feriados, banco de horas, e a suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho. Fundo de Garantia A MP 1.046/2020 autoriza ainda o adiamento do depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Fica suspensa a exigibilidade do recolhimento do FGTS pelos empregadores, referente às competências de abril, maio, junho e julho de 2021, com vencimento em maio, junho, julho e agosto de 2021. Os empregadores poderão fazer uso da prerrogativa independentemente do número de empregados, regime de tributação, natureza jurídica, ramo de atividade econômica e adesão prévia. Teletrabalho A MP ainda contém regras para estimular a adesão ao teletrabalho. No decorrer dos 120 dias, o patrão pode alterar o regime de trabalho presencial para o teletrabalho, trabalho remoto ou para outro tipo de trabalho a distância. É possível depois determinar o retorno ao regime presencial, desde que comunicada ao trabalhador com antecedência mínima de 48 horas. Férias No que tange às férias, a MP 1.046 autoriza a concessão ainda que o período aquisitivo não tenha transcorrido. O empregador pode optar por efetuar o pagamento do adicional de um terço após sua concessão, até a data em que é devida o 13º salário (gratificação natalina).  Férias coletivas também podem ser concedidas a todos os empregados e setores da empresa, hipótese em que não se aplicam o limite máximo de períodos anuais e o limite mínimo de dias corridos. A única exigência é a comunicação prévia aos trabalhadores 48 horas antes da decisão. (Fonte: Agência Senado)

 

 

VIDA NEWS- 'PASSAPORTE DE VACINAS' PARA VIAGENS AO EXTERIOR

 

Governo do Japão busca ‘passaporte de vacinas’ para viagens ao exterior.

Passaportes devem impulsionar as viagens de negócios que estagnaram durante 2020 no Japão, diz governo.

O governo do Japão sinalizou nesta quarta-feira (28) que planeja introduzir o “passaporte de vacinas” para viagens internacionais em breve. Fontes de Tóquio disseram ao diário japonês “Japan Times” que a modalidade deve facilitar o trânsito de pessoas já vacinadas contra a Covid-19.As certificações funcionarão através de um QR Code em aplicativo para smartphone. O código será interligado com aeroportos e deverá ser informado antes dos embarques nos voos para o exterior. Com o passaporte, o Japão espera retomar as viagens de negócios, que estagnaram durante a pandemia. “Outros países estão fazendo isso, então o Japão considera também”, confirmou o ministro responsável pelo combate à Covid-19 no país, Taro Kono. O político já havia manifestado preocupação sobre a exigência de um passaporte para evitar discriminação às pessoas que não podem receber a vacina por receio de efeitos colaterais. Fontes do ministério da Saúde confirmaram que os passaportes listarão resultados negativos dos testes PCR e de antígeno. O governo não pretende usar a certificação dentro do país para regular a entrada em restaurantes e eventos esportivos, por exemplo.Projeto polêmico O conceito do passaporte de vacinas gera polêmica. Países e entidades globais, como a OMS (Organização Mundial da Saúde), já se disseram contrários à criação dos certificados para vacinados. Segundo a agência, a medida criaria uma hierarquia e aprofundaria a desigualdade já existente na distribuição das doses no mundo. No Japão, a maior pressão vem do lobby empresarial Keidanren, que busca uma equivalência ao “Passe Verde Digital” – iniciativa semelhante que deve ser lançada pela UE (União Europeia) em junho. A medida permitirá que turistas estrangeiros já vacinados visitem a Europa no verão, de julho a setembro. Hoje, Tóquio só permite a entrada de cidadãos e residentes estrangeiros em “circunstâncias excepcionais”. Todos devem apresentar resultados negativos para os testes de Covid-19. Apenas 2,3 milhões dos 126 milhões de habitantes do Japão já receberam pelo menos uma dose da vacina até terça-feira – a maioria profissionais da saúde.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

VIDA NEWS- PANDEMIA FOI COMO TSUNAMI CONTA JORNALISTA NA ÍNDIA

 

ONU: Pandemia nos atingiu como um tsunami, conta jornalista na Índia.

Repórter Anshu Sharma, das Nações Unidas relata o trauma de ter a família toda infectada em meio à disparada da Covid-19.

Uma jornalista da Índia está vivendo de perto o drama do que ela chama de “tsunami” do novo coronavírus em seu país. Anshu Sharma trabalha na ONU News em Hindi, em Nova Délhi. Em suas redes sociais, ela relata o “pânico” que sentiu ao ter sua família infectada e ao ver tantas pessoas morrerem da doença. Segundo agências de notícias, mais de 200 mil pessoas perderam a vida para a Covid-19 numa nação que lidera a lista global em número de novos casos de contaminação por dia. Anshu contou que quando o vírus chegou à Índia, em março de 2020, muitos não entendiam a gravidade da doença. A repórter indiana lembra que começou a observar o impacto da pandemia pelo Sul da Ásia como profissional, mas tudo mudou quando um membro da família morreu por causa de um atraso no tratamento gerado pelo sistema de saúde fortemente atingido. Anshu relatou o desespero vivido pela família, que tentava consolar outros, em pleno isolamento social. A repórter descreve esse período como um momento de testes. Em setembro de 2020, ela decidiu visitar a mãe já idosa e um irmão numa outra cidade. E apesar de todas as precauções e cuidados, o pior ocorreu: todos foram diagnosticados com a pandemia e levaram duas semanas lutando contra o vírus. Com medo, ela acordava durante a madrugada e checava as camas na casa. A jornalista descreve aqueles dias como uma luta diária e uma ansiedade sem fim. O único consolo foi a recuperação, na quarentena, e o fato de ninguém ter que ser internado no hospital e enfrentar um risco maior. Primo na Nigéria Ao mesmo tempo em que aumentavam os casos da pandemia e a angústia em casa, um primo da jornalista estava na Nigéria sem poder retornar à Índia. Com a mobilização da família, em julho, ele conseguiu ser liberado, mas teve que ficar de quarentena num hotel por duas semanas. Com febre, foi levado às pressas ao hospital. Mesmo antes de os médicos conseguirem emitir um diagnóstico, o primo dela morreu por falência múltipla dos órgãos. Segundo o hospital, ele morreu de malária. Logo depois, um outro membro da família seria contaminado com o Covid. A jornalista afirma que a pandemia deixou a mente dela num estado terrível por causa das incertezas típicas da doença. Segundo ela, a Covid leva a um jogo malvado da mente que afeta a saúde física e psicológica. Anshu fala que durante este tempo ela pôde refletir no real valor da vida e o que realmente conta: viver a vida inteiramente e passar tempo com os entes queridos. A jornalista indiana lembra que no ano passado, os casos começaram a cair dando a entender que o país tinha vencido a pandemia. VacinaçãoE enquanto chegavam os elogios do mundo sobre a forma como a Índia respondia à emergência, a nação com mais de 1,3 bilhão de habitantes, começava a se preparar para a maior campanha de vacinação do mundo. Mas antes que tudo isso se concretizasse, apareceu uma segunda onda da Covid-19 tomando os indianos de surpresa. O número de novas infecções começou a subir de 1000 por dia para mais de 300 mil. Era como se um tsunami tivesse arrastando o país. Quando três outros parentes foram contaminados, o coração de Anshu Sharma disparou. Ela conta que viveu uma série de emoções. Primeiro: raiva consigo própria por ter descuidado das medidas de proteção, baixando a guarda nas semanas anteriores. Ao mesmo tempo, ela esperava que os anticorpos da primeira vez em que se contaminou pudessem protegê-la. Condolências Atualmente, muitos estados e cidades da Índia estão sob toque de recolher para tentar conter o avanço da pandemia. Ela diz que as redes sociais estão dominadas por histórias trágicas da pandemia e que tem as mãos cansadas de escrever tantas mensagens de condolência.O sistema de saúde indiano está sobrecarregado e pedidos desesperados por camas de UTI, cilindros de oxigênio e injeções inundaram a internet. A jornalista afirma que a pandemia colocou seu país natal de joelhos. E ao olhar para tantos indianos, ela começa a ver que sua história pessoal não é nada na frente do sofrimento de seus compatriotas. No início, os pacientes de Covid-19 estavam sendo tratados como “intocáveis” e rejeitados pela sociedade. Mas agora, as pessoas começaram a se ajudar. Os vizinhos se apoiam, donos de mercados estão entregando comida a quem precisa, e lugares de culto se transformaram em centros de isolamento para compensar a falta de leitos nos hospitais. Várias comunidades estão coletando doações para comprar oxigênio. Existe, segundo a jornalista da ONU News, um senso de solidariedade e de compaixão. Se a primeira onda da pandemia separou a família, talvez a segunda tenha aproximado as pessoas. Nenhum lar na Índia escapou dos efeitos da pandemia. Segundo ela, a Índia e os indianos esperam agora uma luz no fim do túnel.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

VIDA NEWS- SEM ACORDO SOBRE CHIPRE

 

ONU: Sem acordo sobre Chipre, Guterres diz que não desistirá de buscar solução.

Reunião em Genebra contou com representantes das duas partes da ilha do Mediterrâneo, dividida desde 1974.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse esta quinta (29) que o encontro informal sobre um possível acordo ao impasse do Chipre terminou sem “bases comuns suficientes para permitir o reatamento das negociações formais”.Nos últimos três dias, a iniciativa reuniu em Genebra membros do grupo 5 + 1, que inclui os representantes das duas partes da ilha e dos governos da Grécia, Turquia e Reino Unido. “Não foi uma reunião fácil apesar de extensas consultas em uma sucessão de reuniões bilaterais e plenárias para tentar chegar a um terreno comum”, disse. Mesmo com o desfecho, o secretário-geral afirmou que não desiste. “A agenda é muito simples”, disse o secretário-geral. “Ela consiste estritamente em lutar pela segurança e bem-estar dos cipriotas, gregos e turcos, que merecem viver em paz juntos”.O secretário-geral informou que as partes concordaram em convocar uma reunião em breve. O objetivo será alcançar terreno comum para permitir o início de negociações formais. Guterres disse ainda que as Nações Unidas estão determinadas a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que, em algum momento, “este diálogo possa ter resultados positivos.” Posições Ele contou que a posição expressa pelos cipriotas turcos foi que os muitos esforços ao longo dos anos falharam. Isso inclui a tentativa mais recente feita em Crans Montana, em 2017.  Segundo o secretário-geral, os turcos acreditam que os esforços para negociar a federação bi-zonal e bi-comunal se esgotaram. Eles também acreditam que “os cipriotas turcos têm uma igualdade soberana inerente” e a solução “deve se basear na cooperação de dois Estados entre si.” Já a delegação cipriota grega, declarou que as negociações deveriam recomeçar do ponto em que pararam em Crans Montana, com o objetivo de criar uma federação bi-zonal e bi-comunal, com igualdade política.  Esse acordo deve ter como base as resoluções do Conselho de Segurança, a Declaração Conjunta de 2014, os seis elementos que o secretário-geral apresentou nos encontros de Crans Montana e a posição da União EuropeiaEsforços Guterres disse que, antes do próximo encontro, realizará reuniões para “tentar criar, tanto quanto possível, as condições para uma próxima reunião bem-sucedida e um acordo ao Chipre. O chefe da ONU contou que os participantes concordaram que dois a três meses de intervalo podem ser úteis. “Se for um período muito curto, não permitirá nenhum desenvolvimento positivo significativo”, apontou. “Se for muito longo, não ajuda na busca comum de uma solução para um acordo”. Sobre a possibilidade de uma solução, Guterres disse que fazer a quadratura do círculo é uma impossibilidade na geometria, mas é muito comum na política. A posição da ONU, segundo ele, continua sendo “muito clara” e segue o mandato aprovado pelo Conselho de Segurança.   Questionado sobre se o Conselho de Segurança deve mudar o seu mandato, para incluir uma solução com dois Estados, António Guterres disse que a pergunta deve ser colocada aos Estados-membros do Conselho.  ( Fonte A Referencia Noticias Internacional)

VIDA NEWS- IMPEACHMENT DE WITZEL JULGAMENTO NESTA SEXTA FEIRA

 

Tribunal Misto julga impeachment de Witzel nesta sexta-feira (30).

Cinco desembargadores e cinco deputados vão decidir se governador será afastado definitivamente do cargo.

O julgamento do impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) acontece nesta sexta-feira (30) às 9h, no plenário do Tribunal Pleno do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). O TEM (Tribunal Especial Misto) determinará o destino do réu, que poderá perder definitivamente o cargo e ficar inelegível por até cinco anos. Durante o julgamento, os membros do TEM – cinco desembargadores e cinco deputados – votarão sobre a cassação do mandato de Witzel. O impeachment será realizado caso sete deles, ou seja, 2/3, se posicionem a favor do afastamento definitivo. Em seguida, se definido o impeachment, o TEM votará sobre o tempo pelo qual o político ficará inelegível, que poderá ser até cinco anos. Também serão necessários 2/3 do tribunal. Se Witzel for absolvido, ele reassumirá o cargo de governador imediatamente. Os desembargadores votantes serão Teresa Castro Neves, Maria da Glória Bandeira de Mello, Inês da Trindade, José Carlos Maldonado e Fernando Foch. Já os deputados estaduais, além do relator do processo, Waldeck Carneiro (PT), serão Alexandre Freitas (Novo), Chico Machado (PSD), Dani Monteiro (PSol) e Carlos Macedo (REP). Waldeck espera que seu relatório, junto ao seu voto nesta sexta, contribua para que o tribunal julgue "da forma mais justa possível". "É um processo gravíssimo, o mais importante da história do TJRJ do ponto de vista jurídico-político. É também de muita responsabilidade, principalmente num estado como o Rio de Janeiro, que vem experimentando várias intercorrências com ex-governadores", destacou. Nesta semana, a defesa de Witzel teve direito a alegações finais. Por isso, foi solicitado que o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendesse o processo de impeachment. O pedido reivindicava o retorno à fase de instrução probatória, em que se alega que ainda não há provas suficientes, e que fossem ouvidos novamente o governador afastado e Edmar Santos, ex-Secretário de Estado de Saúde do Rio.Porém, Waldeck reforçou que os pontos questionados já eram de conhecimento da defesa há mais de um mês, tendo sido liberados pelo STJ (Supremo Tribunal de Justiça).“A defesa não pode alegar que desconhecia, pois a sessão de interrogatório de Witzel ocorreu no dia 7 de abril e o documento era de conhecimento da defesa desde 12 de março. Além disso, os anexos objetos da alegação da defesa não tratam dos dois eixos da investigação: as organizações sociais UNIR e IABAS”, completou Waldeck.O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou nesta quinta-feira (29) o pedido de suspensão do processo, mas determinou que sejam retirados dos autos os documentos pedidos pela defesa. Entenda como será o julgamento de Witzel: - O presidente do TEM, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, iniciará a sessão no plenário às 9h com o relatório de Waldeck; A acusação do governador afastado, representada pelos deputados Luiz Paulo (Cidadania) e Lucinha (PSDB), poderá falar por 30 minutos; Em seguida, será a vez da defesa do réu, por também 30 minutos; Os membros do TEM votarão, intercalando desembargadores e deputados;Se houver sete votos a favor, Witzel sofrerá o impeachment; Se afastado definitivamente, o TEM votará de novo em relação ao tempo de inelegibilidade, sendo necessários também sete votos. Relembre o caso: O governador Wilson Witzel foi afastado do cargo em agosto de 2020. O político foi acusado, em maio do último ano, de envolvimento em um esquema de corrupção na saúde durante o enfrentamento à pandemia da covid-19.  ( Fonte R 7 Noticias Brasil)*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

 

 

VIDA NEWS- CASOS DE DENGUE EM SÃO PAULO

 

Em 4 meses, SP tem mais casos de dengue em 2021 que 2020 inteiro.

Último boletim divulgado pela prefeitura paulistana indicou 2.200 registros da doença até 20 de abril. No ano passado, foram 2.015.

A cidade de São Paulo (SP) já teve, nos quatro primeiros meses de 2021, mais casos de dengue do que em todo o ano passado. Até o último boletim da prefeitura paulistana, divulgado em 20 de abril, foram 2.200 casos, enquanto 2020 teve 2015 registros da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. O alto número de casos este ano pode ser explicado por duas razões principais, segundo Maurício Nogueira, virologista e ex-presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologia). A primeira razão é que, segundo Nogueira, a dengue se dá de forma “extremamente sazonal”. A maioria dos casos se concentra de dezembro a junho. “Isso se relaciona ao período de chuvas no país, portanto de maior incidência de mosquitos”, comenta. Portanto, se comparados somente os quatro primeiros meses dos dois anos, o aumento também foi significativo: de 1.657 em 2020 a 2.200 em 2021 (sem os registros dos últimos dez dias), uma alta de 32,7%.A outra razão, ele explica, seria o surgimento de uma variante do vírus da dengue, que surgiu em 2018 e atingiu o interior paulista e a região Centro-Oeste do Brasil. Um ano depois da descoberta da nova cepa, o número de casos disparou. Foram 586 em 2018 e 16.966 em 2019. Após a explosão de casos em 2019, o número despencou em 2020. Mas por quê? Segundo o virologista, os índices de isolamento social mais altos no início da pandemia de covid-19 ajudaram a impedir a proliferação da doença. O vírus não se espalhou porque a circulação diminuiu. Porém, com os deslocamentos dos paulistanos registrados entre as festas de fim do ano e o carnaval de 2021 e a consequente exposição das pessoas a novos focos do mosquito, os casos voltaram a ter alta. É por essa razão que, à medida que a pandemia for superada e as pessoas voltarem a se dispersar, os casos devem subir ainda mais. “Nos próximos dois anos, entre 2022 e 2023, essa variante deve atingir o Brasil inteiro”, aponta Nogueira. Bairros com mais casos Os bairros de São Paulo com maior número de casos de dengue em 2021 se espalham pelas regiões leste, sul e norte da capital: Cachoeirinha, com 137, é o local com mais registros, seguido por Cidade Tiradentes (105), Jardim São Luiz (100), Cidade Líder (96) e Brasilândia (76). Quando considerada a incidência por 100 mil habitantes, o distrito que ocupa o topo da lista é a Barra Funda, que, mesmo com 18 casos, possui coeficiente de 110,1. Os seguintes são Cachoeirinha (93,3), Cambuci (53), Raposo Tavares (48,2) e Jaçanã (46,8). Os cuidados contra a dengue, lembra Nogueira, seguem os mesmos: evitar o acúmulo de água parada e lixo, onde pode haver criadouro do mosquito.Para comunicar à Prefeitura de São Paulo sobre locais de foco, basta ligar 156. Pela internet, o canal para solicitações sobre mosquitos é o Portal de Atendimento da Prefeitura de São Paulo 156. Posicionamento da Prefeitura Em nota, a Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) informou que, mesmo em meio à pandemia de covid-19, todas as atividades de controle do Aedes aegypti, incluindo a ação casa-a-casa, estão sendo realizadas, conforme recomendação do Ministério da Saúde. Além da aplicação de inseticida por meio de termonebulização, que ocorre de maneira contínua, também prosseguem as ações preventivas como monitoramento quinzenal de todos os córregos pertencentes à área de abrangência da região. Além disso, continuam sendo realizados o envio de relatórios mensais à Divisão de Vigilância em Zoonoses e à Subprefeitura local, a solicitação de manutenção e limpeza de bueiros e galerias, as vistorias nos endereços solicitados;, o mapeamento e diagnóstico de área, com o cruzamento de informações obtidas em vistorias e a aplicação de inseticida em áreas delimitadas. A Divisão de Vigilância de Zoonoses da Covisa comprou recentemente 30 veículos, distribuídos às 27 UVIs (Unidades de Vigilância em Saúde), para ações de nebulização de inseticida e larvicida biológicos, no combate aos mosquitos Culex (pernilongos) e Aedes aegypti (causador da dengue) em pontos estratégicos da cidade. Os casos de dengue e outras doenças provocadas por mosquitos, separados por semana epidemiológica, podem ser acessados neste link.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

 

 

 

 

VIDA NEWS- LUTO COLETIVO DEIXARÁ CICATRIZES

 

400 mil mortos: luto coletivo deixará cicatrizes, avalia psicólogo.

Pesquisa mostra que 86% dos brasileiros perderam algum conhecido para a covid-19, seja algum familiar ou amigo próximo.

Há mais de um ano o noticiário apresenta diariamente os números da pandemia: milhares de mortos em 24 horas. Na última quinta-feira (29), o desenho fúnebre desta tragédia ganhou mais um contorno: chegou a 400 mil a contagem de vidas perdidas para a covid-19 no Brasil. O que o balanço não dá conta, e nem poderia, é de todas as histórias que foram enterradas e da sensação constante de luto coletivo vivenciada pelo país. Estima-se que 86% dos brasileiros perderam algum conhecido, seja membro da família, amigo próximo ou não tão próximo para a covid-19. Os dados são de um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados em parceria com o Centro de Pesquisa em Comunicação Política e Saúde Pública da Universidade de Brasília. Para o psicólogo Leonardo Goldberg, doutor em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), a sensação de luto compartilhado causada pela pandemia permanecerá como uma cicatriz no imaginário do brasileiro. “Uma coisa é quando existem números, outra é quando existem nomes, então de uma contagem de mortos vivemos uma experiência pessoal. Isso pode desaparecer em termos de nomeação, de ser uma pandemia, mas nossa cultura vai ser impregnada por acontecimentos, gestos, ritos que a gente incorporou tanto pelo medo da morte quanto pela sensação de luto, e isso por muito tempo vai perseverar na nossa história enquanto país”, afirma. Túmulo do soldado desconhecido Uma das maneiras de amenizar esta sensação de luto compartilhado, segundo Goldberg, é realizar um movimento coletivo de despedida e, vale ressaltar, isto nada tem a ver com aglomerações e sim com o papel do estado em prestar homenagens póstumas às vidas perdidas durante a pandemia. O psicólogo cita como exemplo o túmulo do soldado desconhecido, monumento tradicionalmente construído pelos Estados Unidos e por países europeus para homenagear soldados que morreram durante a guerra e que não puderam ser identificados.“É como prestar homenagem para um, que representa as centenas de milhares de falecidos. Isso quer dizer um movimento coletivo de despedida e o Brasil não tem feito isso. Não podemos excluir o papel do estado. O selo oficial de uma homenagem póstuma tem que vir das autoridades. Só assim contamos a história do que aconteceu e de alguma forma prestamos homenagem a aqueles que se foram, como um rito fúnebre coletivo”, explica. O especialista ainda destaca a importância de prestar homenagens individuais às pessoas que morreram em decorrência da covid-19, sobretudo neste cenário em que há uma supressão dos ritos fúnebres com a impossibilidade de realizar velórios de pessoas que morreram da doença. “Hoje temos as redes sociais onde podemos escrever sobre os mortos, sobre a história e nossa relação com cada um, e de alguma forma honrar a história deles, já que não podemos ir ao cemitério, fazer velórios, fazer os ritos que são necessários. O que podemos é compartilhar de forma coletiva o que foi perdido, porque sempre perdemos um pedaço quando alguém que amamos se vai”, afirma o psicólogo.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDA NEWS- FERIDOS EM FESTIVAL DE ISRAEL JÁ RECEBEU ALTA

 

Maioria dos feridos em festival de Israel já recebeu alta.

Pelo menos 44 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas após serem esmagadas durante uma confusão no país.

A maioria dos feridos em um acidente em um festival em Israel na noite de quinta-feira (29) já recebeu alta dos hospitais, disse o Ministro da Saúde do país, Yuli Eldestein. Pelo menos 44 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas após serem esmagadas durante uma confusão em um festival religioso ultra ortodoxo com mais de 100 mil participantes perto do Monte Meron, na Galileia, no norte de Israel. Segundo o ministro, a maioria dos ferimentos foram ossos quebrados depois das pessoas serem esmagadas pela multidão. Durante a fuga do festival, centenas de pessoas tentaram fugir pelos mesmos lugares. No hospital Ziv, onde 54 feridos foram atendidos após o acidente, Eldestein disse que o serviço de emergência estava preparado para atendê-los porque havia realizado os exercícios anuais de como lidar com desastres em larga escala nesta semana. "Quando as pessoas foram levadas ao hospital no meio da madrugada, eles estavam preparados", garantiu.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão aprova projeto que prevê desconto em pedágio para carros com mais de três passageiros.

  Proposta segue em análise na Câmara dos Deputados. A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4...