CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

CONTRA COVID 19 "COVID MATA"

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

VIDANEWS - Polícia Federal colhe depoimento de suspeito de ameaçar Bolsonaro.

 

Equipe policial foi até a cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte, onde o presidente estará na quarta-feira (9).

A PF (Polícia Federal) foi até a residência de um homem suspeito de ameaçar o presidente Jair Bolsonaro (PL) na cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte. Uma equipe esteve na residência do morador nesta segunda-feira (7). O publicitário Bismarck Victor Diniz teria sugerido o envenenamento do presidente em uma postagem realizada nas redes sociais.O chefe do Executivo fará visita à região para inaugurar a última etapa da transposição do rio São Francisco. Ele deve ir até o local com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL). Bismarck teria sugerido que alguém deveria aproveitar a presença de Bolsonaro para envenená-lo. De acordo com informações obtidas pelo R7 de fontes na PF, não foram realizadas buscas na residência. A presença da equipe policial se limitou a coletar informações e fazer questionamentos ao homem. Ele foi ouvido pelos agentes, mas não chegou a ser preso. As obras dos eixos leste e norte do projeto de integração do rio São Francisco estão concluídas, e as águas da transposição devem chegar ao estado na quarta-feira (9), em evento com a presença do presidente e do ministro.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDANEWS - Lewandowski nega pedido de Palocci para desbloquear bens. Defesa alega que o ex-ministro deve ser be

 

Defesa alega que o ex-ministro deve ser beneficiado por decisões tomadas em processo contra o ex-presidente Lula.

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou um pedido do ex-ministro Antonio Palocci para ter seus bens desbloqueados. Em recurso apresentado na corte, os advogados de Palocci afirmaram que ele figura como corréu em um processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ou seja, atrelado aos fatos dos quais o ex-presidente foi acusado.  No entanto, Lula teve os bens desbloqueados por decisão da Segunda Turma do Supremo, enquanto Palocci, não. A corte decidiu que a 13ª Vara Federal de Curitiba não era foro de competência para julgar ações contra Lula, e anulou decisões do processo, o que resultou na prescrição de ações penais. Palocci solicitou que as decisões em relação a Lula que geraram o desbloqueio dos bens fossem estendidas a ele. No entanto, ao analisar o caso, o ministro Lewandowski afirmou que "o pedido de extensão não veio acompanhado de cópia das principais peças da Medida Cautelar proposta em desfavor do peticionante". Ou seja, o magistrado afirmou que os advogados de Palocci não apresentaram cópia do processo de Lula para provar que seu cliente teria direito à mesma decisão. "A par da ausência de exibição dos documentosreferentes à medida cautelar movida contra o peticionante (autos 5045060-44.2019.4.04.7000), restou evidenciada a sua falta de interesse de agir quanto ao pedido de extensão, porquanto não há nenhuma prova de que o juízo de origem tenha se recusado, de forma imotivada ou arbitrária, a cumprir decisão desta Suprema Corte", escreveu o magistrado.O ministro, entretanto, destacou que nada impede que a defesa faça um novo pedido, e desta vez apresente as peças processuais para provar o direito do cliente. ( Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDANEWS - Menos de 20% das crianças de 5 a 11 anos foram vacinadas no Brasil.

 

'Vacinômetro' aponta que foram aplicadas 3,7 milhões de doses para uma população estimada em 20 milhões nessa faixa etária.

Mesmo com oferta de vacinas pediátricas contra a Covid-19, oficialmente o Brasil só registrou a imunização de menos de 20% do público de 5 a 11 anos, até esta segunda-feira (7). São 3,7 milhões de aplicações nessa faixa etária, embora os estados e o Distrito Federal tenham recebido cerca de 10 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da CoronaVac para a campanha infantil. As atualizações foram compiladas a pedido do R7 pelo Vacinômetro do Painel Covid-19 – Estatísticas do Coronavírus, plataforma criada pelo analista de sistemas e matemático Giscard Stephanou com base em dados do Ministério da Saúde e das secretarias de Saúde dos estados e do DF. O vacinômetro mostra que o número de crianças entre 5 e 11 anos que receberam a primeira dose até o momento corresponde a 18,25% da população estimada em 20,2 milhões nessa faixa etária. As unidades federativas que proporcionalmente mais vacinaram até o momento foram São Paulo, com quase 2 milhões de crianças imunizadas (49,34%), Distrito Federal (30,34%), Rio Grande do Norte (22,79%) e Espírito Santo (19,57%). Na outra ponta, entre os estados que menos aplicaram as vacinas estão o Amapá (1,08%), Tocantins (1,69%), Pará (2,14%), Sergipe (2,24%), Paraíba (2,53%) e Mato Grosso (2,53%) O recorte pela idade não foi compilado por dois estados, indicando que há subnotificação no registro de crianças vacinadas. São eles: Alagoas e Acre. Outras unidades, como Rio de Janeiro e Paraíba, relataram atrasos na inserção de dados. O médico Eduardo Jorge da Fonseca Lima, membro do Departamento Científico de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), afirma ter preocupação com a lentidão da vacinação infantil e lamenta que muitos pais e responsáveis ainda tenham receio de imunizar os filhos. "As vacinas são seguras e eficazes. Ainda que proporcionalmente menos atingidas do que adultos e idosos, as crianças também sofreram com a Covid, que matou mais do que a soma das doenças preveníveis, sem contar consequências da Covid longa", alerta. Lima afirma que parte dessa resistência tem como ponto de partida a própria mensagem do presidente da República, Jair Bolsonaro, que, em declarações públicas, frisa os efeitos adversos e se nega a vacinar a própria filha de 11 anos. "O governo precisa reforçar a importância da vacinação a todas as faixas etárias. É importante acelerar a campanha no Brasil, incluindo a essa população", completa.Até o momento, o Ministério da Saúde distribuiu quase 10 milhões de doses de vacinas ao público de 5 a 11 anos. A pasta calcula que terá entregue vacinas suficientes para atender a toda a faixa etária nesta primeira quinzena. "Estamos trabalhando fortemente para antecipar as doses infantis. Até o dia 15 de fevereiro distribuiremos doses para vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos", afirmou o ministro Marcelo Queiroga, nesta segunda (7). "Vamos continuar trabalhando para apoiar os estados e municípios para que as consequências dessa terceira onda sejam as menores possíveis para a sociedade." ( Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDANEWS - Rio: mãe morre afogada ao salvar filha na praia da Barra da Tijuca.

 

Jéssica da Silva, de 30 anos, chegou a ser socorrida para hospital, mas não resistiu. Familiares questionam demora para liberar corpo.

Uma mulher identificada como Jéssica da Silva, de 30 anos, morreu na noite do último sábado (5), ao salvar a filha de um afogamento na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Ela foi levada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu.  De acordo com relatos de testemunhas, a menina de 13 anos estaria sendo levado pela correnteza, mas foi resgatada pela mãe. As equipes do Gmar (Grupamento Marítimo) confirmaram à Record TV Rio que a vítima também estava acompanhada de um menino de 16 anos.  Na manhã desta segunda-feira (7), familiares questionam a demora para liberar o corpo de Jéssica. A unidade de saúde estaria exigindo um laudo pericial para confirmar a causa da morte. Com a demora, ainda não há previsão para o sepultamento e enterro da vítima. No entanto, a direção do Hospital Municipal Lourenço Jorge informou, em nota, que Jéssica da Silva chegou na unidade no dia 5, após as 23h, já em óbito. O corpo será encaminhado para o Instituto Médico Legal. A Secretaria Municipal de Saúde disse que aguarda a chegada do carro que fará a remoção do corpo. No dia 1º de fevereiro, uma mulher de 25 anos morreu afogada ao salvar os cachorros na praia de São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro. ( Fonte R 7 Noticias Brasil) *Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

VIDANEWS - Atendimento por síndromes gripais tem redução de 60% no RJ.

 

Secretaria ativou plano de contingência para a doença revertendo 397 leitos em janeiro e abrindo 13 centros de testagem.

Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro mostra que a média móvel nos atendimentos às síndromes gripais, que inclui a Covid-19, nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) teve queda de 60% na última semana. A análise revela que, entre os dias 20 e 26 de janeiro, a média móvel foi de 4.089 atendimentos diários. Já entre 27 e 30 de janeiro a média móvel ficou em 1.670 atendimentos diários de síndromes gripais. “Estamos começando a observar que os indicadores precoces para Covid-19 estão se reduzindo. Reflexo disso é a diminuição nos atendimentos de síndrome gripal nas UPAS e a taxa de positividade dos testes para Covid-19. A Ômicron já chegou ao pico e agora está em queda. Em algumas regiões, já temos redução no número de casos e internações”, disse, em nota, o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe. Para combater a circulação da variante Ômicron e o aumento dos casos de Covid-19, a secretaria ativou o plano de contingência para a doença revertendo 397 leitos em janeiro e abrindo 13 centros de testagem em UPAs e hospitais estaduais, além do megacentro de testagem no Maracanã. Ainda segundo a pasta, também foram distribuídos mais de 2 milhões de testes para detecção da Covid-19 aos 92 municípios do estado. Nessas unidades, a taxa de positividade chegou a quase 50% e, nesta quinta-feira (3), estava em 12%.A campanha de imunização contra a Covid-19 continua avançando no estado, segundo a secretaria. Além da dose de reforço para pessoas com 12 anos ou mais, a vacinação das crianças de 5 a 11 anos também está sendo realizada nos 92 municípios do estado. Até a terça-feira (1º),  91.345 crianças foram imunizadas contra a Covid-19 no estado. Os dados representam 6% do  público-alvo. “Fazemos um alerta aos pais e responsáveis para que levem as crianças aos postos para receber a imunização. As vacinas são seguras e ajudam a reduzir os casos graves e óbitos pela doença”, disse o secretário.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDANEWS - Homem é preso por divulgar vídeo de nudez no Rio.

 

Suspeito trabalhava como pedreiro em obra dentro de condomínio quando gravou imagens de uma mulher que trocava de roupa.

Policiais da DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática) prenderam um homem, nesta sexta-feira (4), pelo crime de compartilhamento de nudez sem autorização, no Rio. O suspeito de 35 anos trabalhava como pedreiro em uma obra, dentro de um condomínio, quando gravou uma mulher que trocava de roupa no apartamento em frente. Após a filmagem, o pedreiro divulgou as imagens em um grupo de amigos. A vítima, sem saber do ocorrido, recebeu a gravação e, em seguida, procurou a polícia.( Fonte R 7 Noticias Brasil) *Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

VIDANEWS - Prefeitura oferece quiosque à família de congolês morto no Rio.

 

Quiosques serão transformados em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana.

A família do refugiado congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte aos 24 anos na orla da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, poderá assumir a gestão do quiosque onde ocorreu o crime. A oferta foi feita no início da manhã deste sábado (5) pela Secretaria de Fazenda e Planejamento da prefeitura carioca, responsável pela concessão da operação dos quiosques para a empresa Orla Rio.O prefeito Eduardo Paes (PSD) foi às redes sociais reforçar a iniciativa: "a família passa a ser a nova concessionária do Quiosque! Não a banalização da barbárie!", escreveu, em sua conta no Twitter. O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ), Álvaro Quintão, que atua no apoio jurídico à família de Moïse, informou que os familiares da vítima veem a proposta com bons olhos e deverão aceitá-la.Eles participariam de uma reunião com a concessionária Orla Rio para entender melhor a proposta ainda na tarde deste sábado, conforme Quintão.A ideia de oferecer a operação do quiosque aos familiares de Moïse veio junto de um projeto de transformar dois quiosques "em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana".A iniciativa foi divulgada à imprensa acompanhada de imagens de croquis de como os quiosques poderão ficar, decorados com temas gráficos de inspiração africana, de manhã cedo neste sábado, 5. Segundo Quintão, familiares de Moïse receberam um telefonema informando sobre a proposta praticamente ao mesmo tempo. O projeto, segundo a Secretaria municipal de Fazenda e Planejamento, foi elaborado em parceria com a Orla Rio, que administra todos os quiosques dos calçadões da orla da capital fluminense.A proposta inclui a reforma dos quiosques Tropicália e Biruta, que dividem a mesma estrutura física, além de apoio e capacitação para a gestão de bares e restaurantes, com auxílio do Senac e entidades dedicadas ao acolhimento de refugiados, disse o secretário de Fazenda e Planejamento do Rio, Pedro Paulo.O crime ocorreu no Tropicália, que será oferecido à família de Moïse, mas o complexo cultural incluirá também o quiosque vizinho, a ser gerido por outro empreendedor - possivelmente uma organização da sociedade civil, disse Pedro Paulo.A concessionária Orla Rio administra 309 quiosques espalhados por 34 quilômetros de praias, nas zonas sul e oeste. A concessão começou em 1999 e vai até 2030, após ser renovada, informou a secretaria.A empresa cuida da manutenção e de obras de melhoria, explorando a publicidade exibida nos espaços. Os estabelecimentos administrados pela concessionária podem ser alugados para comerciantes, que prestam os serviços aos clientes finais.O assassinato chamou a atenção para possíveis problemas na administração dos quiosques. Segundo a família de Moïse, o crime, que ocorreu no último dia 24, teria entre suas motivações o fato de o jovem ter ido ao quiosque cobrar o pagamento de diárias atrasadas por seu trabalho - o congolês trabalhava informalmente como atendente; tanto os suspeitos pelo crime quanto os donos do estabelecimento negam qualquer dívida com a vítima.O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) abriu inquérito civil para apurar as condições de trabalho a que era submetido Moïse. A Orla Rio informou que o locatário de um dos quiosques concedeu de forma ilegal a administração do estabelecimento a um cabo da Polícia Militar (PM) e, por isso, a concessionária move um processo para a reintegração de posse do quiosque, como mostrou o Estadão na sexta-feira, 4.Segundo a concessionária, as irregularidades envolvem também a não comprovação da regularização dos funcionários, desrespeito a regras sanitárias e inadimplência.Pedro Paulo lembrou que não cabe ao poder municipal fiscalizar relações trabalhistas, nem mesmo no âmbito do contrato de concessão com a Orla Rio. Segundo o secretário, a concessão pressupõe que a empresa cuide da manutenção dos quiosques, mas a prefeitura não tem responsabilidade sobre a seleção dos inquilinos.Os comerciantes que alugam os espaços são responsáveis pela contratação de funcionários. E a fiscalização do cumprimento de normas trabalhistas cabe às Delegacias do Trabalho do governo federal, lembrou Pedro Paulo. À prefeitura cabe a emissão de alvará de funcionamento, a fiscalização do uso do estabelecimento conforme a com destinação autorizada e a verificação de vigilância sanitária, como em todos os bares e restaurantes.Pedro Paulo reconheceu que a administração dos quiosques da orla é complexa. "No dia a dia com a Orla Rio, temos lá nossos momentos de altos e baixos, mas, na média, a empresa tem administrado essa complexidade que são os quiosques da orla", afirmou o secretário, frisando que, "a princípio", nada desabona a Orla Rio na condução da concessão."A principio, eles têm respeitado o que reza o contrato, inclusive na regularização de pagamentos a prefeitura", disse Pedro Paulo. O secretário ressaltou que a prefeitura continuará "fazendo a fiscalização" do contrato da concessão, mas descartou a necessidade de reforços por causa de eventuais irregularidades trabalhistas.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

VIDANEWS - Rio: 74% das escolas municipais vivenciaram tiroteio em 2019.

 

Estudo mostra que exposição à violência resulta em perda de 64% do aprendizado esperado em língua portuguesa e matemática.

A pesquisa "Tiros no futuro: impactos da guerra às drogas na rede municipal de educação do Rio de Janeiro" mostrou que 74% das escolas da cidade vivenciaram pelo menos um tiroteio em seu entorno em 2019. Dados revelam que, entre elas, cinco unidades concentram 20 ou mais operações policiais no período. O perfil dos alunos, em grande parte (77%), é de negros nas escolas mais expostas à violência. A pesquisa inédita foi lançada nesta segunda-feira (7) pelo CESeC (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania), fundado em 2000 na Universidade Cândido Mendes. O centro desenvolve estudos e outros projetos nas áreas de segurança pública, justiça e política de drogas. Seu compromisso é a promoção dos direitos humanos e a luta contra o racismo no sistema de Justiça Criminal. O estudo avaliou a relação entre confrontos da polícia com grupos que controlam a venda de drogas em áreas pobres da cidade, principalmente nas comunidades, e o impacto dessa política na renda futura dos estudantes. Também analisou os efeitos da guerra às drogas nos resultados escolares dos alunos do 5º ano do ensino fundamental da rede pública da capital. Perdas Os pesquisadores concluíram que estudantes de unidades instaladas em áreas violentas, que registraram seis ou mais operações policiais, têm redução média de 7,2 pontos no desempenho em língua portuguesa e 9,2 em matemática. “Considerando o ganho médio anual de proficiência, a exposição à violência resulta em perda de 64% do aprendizado esperado em língua portuguesa e em matemática”, informa o estudo. Na comparação das médias de reprovação e de abandono das unidades de ensino, a conclusão é que a exposição frequente a tiroteios, com a presença de agentes de segurança, pode gerar aumento de 2,09% na taxa de reprovação e de 46,4% na probabilidade de pelo menos um aluno abandonar a escola. Efeito financeiro O déficit de aprendizagem no 5º ano provocou perda financeira na vida produtiva dos estudantes, segundo a pesquisa, de até R$ 24.698,00, valor correspondente a 48 cestas básicas, ou 377 botijões de gás, ou 13 anos de passagens de ônibus, duas vezes por dia. “Esse jovem, ao concorrer a uma vaga no Sisu [Sistema de Seleção Unificada], já está em desvantagem em relação a outros alunos também do ensino público, pelo fato de ter a aprendizagem comprometida pela guerra às drogas desde a infância. Essa diferença se perpetua na vida produtiva do cidadão, reduzindo a oportunidade de geração de renda. Estamos falando da manutenção da desigualdade e estagnação de mobilidade social como reflexos diretos da ação do Estado”, comentou Julita Lemgruber, socióloga e coordenadora do CESeC. Projeto "Tiros no futuro" é a segunda etapa do projeto "Drogas: quanto custa proibir", elaborado com a intenção de acrescentar ao debate público reflexão sobre os impactos econômicos e orçamentários da legislação proibicionista nas áreas específicas de segurança e justiça, de educação, saúde e do território. A primeira fase foi marcada pelo lançamento, em março de 2021, do relatório "Um tiro no pé: impactos da proibição das drogas no orçamento do sistema de Justiça Criminal do Rio de Janeiro e São Paulo". O trabalho teve custo de R$ 5,2 bilhões para manter a política proibicionista em um ano nos dois estados. Convênio A pesquisa foi realizada a partir de convênio com a SME (Secretaria Municipal de Educação) do Rio de Janeiro. Foram avaliados dados das 1.577 unidades de ensino da rede pública carioca, alcançando 641.534 alunos matriculados em 2019. O ano é referência para os levantamentos apontados por anteceder a pandemia de Covid-19, que alterou a dinâmica escolar. O fato de focar os estudos nos dados da capital fluminense é decorrente do cenário único no país pela frequência de operações policiais, tiroteios e disparos de armas de fogo no cotidiano de certos territórios, até nos próximos às escolas. Rotina A análise foi baseada em informações obtidas com a SME sobre operações policiais que interferiram na rotina das escolas, como a suspensão das aulas ou o fechamento da unidade. Também foram avaliados dados da plataforma Fogo Cruzado, que registra ocorrências de tiroteios na região metropolitana do Rio. Com a combinação, segundo os pesquisadores, foi possível georreferenciar e comparar 32 escolas com pelo menos seis operações policiais em 2019 e 37 que não tiveram essas ocorrências naquele ano. “Foi considerada a similaridade entre os dois grupos em: indicador de complexidade da gestão; perfil socioeconômico das famílias; proporção de pais com alta escolaridade; proporção de alunos não brancos; e proporção de educandos do sexo masculino. A única diferença entre os grupos foi a exposição a eventos violentos, como as operações policiais”, revelou o CESeC. Para os pesquisadores, a pesquisa "Tiros no futuro" demonstra que o efeito da guerra às drogas na educação é apenas uma das faces dessa política, que expõe determinado setor da população, de maioria negra e pobre, a um cenário bélico cujos “únicos resultados têm sido desperdício de dinheiro público, que poderia ser investido em políticas de promoção à vida”. Segundo Julita Lemgruber, a consequência da guerra às drogas na vida de uma pessoa é incalculável. Ela afirmou que o propósito do projeto é mostrar que, além do custo orçamentário para o Estado, há o efeito na vida do cidadão. “Quanto sua capacidade futura de geração de renda e sua mobilidade social podem ser comprometidas como consequência dessa opção política racista e classista operada pelo Estado. Esse prejuízo afeta o futuro do indivíduo e a sociedade como um todo. E todos perdemos nessa guerra”, afirmou. Pandemia A diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas, professora Claudia Costin, lembrou que, além de vivenciarem tiroteios, esses alunos sofreram impactos no aprendizado causados pela pandemia de Covid-19. “É terrível não só para a aprendizagem mas para o bem-estar pessoal desses alunos e a possibilidade de um desenvolvimento harmônico e equilibrado de crianças e jovens, por isso a escola tem papel tão importante, principalmente nas crianças expostas a violência grande, inclusive com o fechamento de escolas”, disse. A professora destacou que essas crianças que moram e estudam em áreas de conflito não têm as mesmas condições para acompanhar as aulas no sistema remoto que alunos da classe média. “Para quem mora em comunidade, não é só a questão da violência, a casa é inapropriada para o processo de aprender a distância. Essas crianças acabam ficando nas ruas, expostas ao vírus e ainda à violência.” Ela citou ainda que durante a pandemia aumentou também o recrutamento de crianças e jovens por traficantes e milicianos. Claudia Costin, que foi ministra da Administração Federal e Reforma do Estado entre 1985 e 1989 e secretária municipal de Educação do Rio no período de 2009 a 2014, defendeu a adoção de políticas públicas nas regiões conflagradas. “É fundamental que, neste momento, as políticas públicas estaduais e municipais olhem com ações afirmativas para essas áreas. Toda a melhoria de escolas em tempo integral deveria olhar primeiro para essas comunidades.” Polícia Militar  Em nota à Agência Brasil, a Secretaria de Estado de Polícia Militar disse que a corporação tem missão central e permanente de defesa da sociedade do Rio. Garantiu que as ações policiais seguem protocolos rígidos de atuação e preceitos técnicos de treinamento e orientação. “Um dos objetivos exponenciais da Polícia Militar é a preservação de vidas, sejam elas da população em geral, sejam dos policiais envolvidos nas ações. Ressaltamos ainda que a opção pelo confronto é sempre uma decisão dos criminosos que, munidos de armamento de guerra e conduta extremamente inconsequente, atentam contra a vida dos policiais e não levam em conta o extremo perigo que proporcionam às populações locais”, afirmou. Polícia Civil Também em resposta à Agência Brasil, a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio informou que todas as operações da atual gestão são baseadas nos pilares de inteligência, investigação e ação. “Têm alcançado redução constante nos índices de violência registrados pelo Instituto de Segurança Pública, com resultados, em alguns setores, que são os melhores desde o início da série histórica.” Secretaria Municipal de Educação A Secretaria Municipal de Educação informou que trata como prioridade a segurança de alunos e dos profissionais e que, em agosto do ano passado, foi renovado o acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha para incorporar o programa Acesso Mais Seguro às escolas. “O programa tem como objetivos mitigar riscos, orientar professores e alunos; planejar ações em conjunto nas unidades escolares e nos territórios; prevenir a evasão escolar, entre outras ações.” Acrescentou que “o reforço escolar existe para todas as escolas da rede, com maior ênfase para as que ficam em regiões conflagradas”.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

Um reflexo perturbador da realidade brasileira.

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