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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

NOTICIAS GERAL-FERA DE SANTANA BAHIA

Amante que confessou planejar morte de empresário da Telexfree é presa 

Jovem de 20 anos se apresentou à polícia nesta segunda-feira (1º).
Dorian da Silva Santos foi encontrado morto no dia 19 de julho.

A jovem de 20 anos que confessou ter planejado a morte do empresário Dorian da Silva Santos, um dos pioneiros da Telexfree na Bahia, se apresentou à polícia com o advogado na tarde desta segunda-feira (1°), na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador. A informação é do delegado Gustavo Coutinho, titular da Delegacia de Homicídios da cidade, que está à frente das investigações.
De acordo com a polícia, foi cumprido o mandado de prisão contra Daiane de Oliveira Dias e ela será encaminhada para o presídio de Feira de Santana ainda nesta segunda-feira. Ela vai responder pelo crime de latrocínio. A jovem chegou a ser levada para a delegacia no dia 21 de julho, quando, em depoimento, confessou o crime, mas foi liberada, pois de acordo com a Polícia Civil, não houve flagrante e nem havia mandado de prisão contra ela.
Empresário Dorian da Silva Santos foi um dos pioneiros da Telexfree na Bahia (Foto: Reprodução/Facebook)
Empresário Dorian da Silva Santos foi um dos
pioneiros da Telexfree na Bahia
(Foto: Reprodução/Facebook)
Dois homens que participaram do crime foram presos no dia 20 de julho, após realizarem uma série de assaltos em Feira de Santana, usando o carro da vítima. Segundo a polícia, eles foram mantidos detidos por conta dos outros crimes e na quinta-feira (28) saiu o mandado de prisão preventiva referente ao crime contra o empresário. Os dois homens permanecem presos.

Relação amorosa
Conforme a polícia, desde os 15 anos de idade, Daiane tinha um relacionamento com Dorian, que era casado. Ainda de acordo com a polícia, a mulher é natural de Salvador, mas morava com os pais em um povoado do município de Serra Preta, mesma cidade onde o empresário residia.

Além do relacionamento que tinha com o empresário, Daiane começou a namorar com um dos homens envolvidos na morte de Dorian. Conforme o delegado Gustavo Coutinho, Daiane teria dito ao comparsa que o amante era rico e os dois planejaram o assalto contra a vítima.
Homens suspeitos de envolvimento na morte do empresário foram presos na Bahia (Foto: Ramon Ferraz/TV Bahia)
Homens suspeitos de envolvimento na morte do
empresário foram presos no dia 20 de julho
(Foto: Ramon Ferraz/TV Bahia)
Conforme a polícia, a jovem e os dois comparsas teriam planejado o crime um dia antes de o empresário ser morto. No dia do homicídio, a mulher ligou para a vítima e marcou um encontro em um local onde funcionava o antigo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), nas proximidades do campus da Universidade Estadual de Feira de Santana(Uefs).
O empresário e amante foram para uma casa alugada perto do local do encontro. Quando os dois deixaram o local, dois homens cehgaram e anunciaram um assalto. Conforme a polícia, a vítima foi rendida e levada pelos suspeitos ao local do crime, no povoado do Caetano, no distrito de Humildes.
Segundo o delegado, a amante chegou a ser amarrada pelos suspeitos junto com o empresário. Mas Dorian teria desconfiado de que se tratava de uma armação e foi morto.
Prisão de suspeitos
Os dois homens apontados como comparsas de Daiane foram presos com o carro da vítima). Depois do crime, Joanderson Menezes Lima e Davi Rios de Oliveira ficaram com o veículo e o utilizaram para realizar assaltos em Feira de Santana. Após uma denúncia anônima, a polícia prendeu três homens. Segundo a polícia, um deles não tem envolvimento com o crime contra o empresário.

Com os homens foram apreendidos dois revólveres calibre 38, quatro cartuchos intactos e cinco deflagrados, quatro aparelhos celulares, uma foto do empresário assassinado, documento de um veículo e folhas de cheques em nome da vítima.
Empresário foi encontrado morto em matagal na Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Empresário foi encontrado morto em matagal
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
Caso
Dorian da Silva Santos foi localizado com as mãos amarradas para trás e com várias marcas de tiros na cabeça, na terça-feira (19).

Em entrevista ao G1, o delegado Fabrício Alencar relatou que a vítima estava com amigos no centro de Feira de Santana, por volta das 15h, quando atendeu a uma ligação e depois "disse que iria sair para resolver algumas coisas".

Cerca de uma hora e 30 minutos depois, a polícia foi procurada com a informação de que ele havia sido encontrado morto no distrito que fica a cerca de 20 quilômetros do centro da cidade.

Segundo o delegado, Dorian da Silva era provável candidato à prefeitura de Serra Preta, a 65 quilômetros de Feira de Santana, e é conhecido na região por ter sido um dos primeiros representantes no estado da Telexfree, empresa que é investigada desde 2013, quando foi acusada pelo Ministério Público do Acre de realizar um esquema de pirâmide financeira sob o disfarce de empresa de marketing multinível. As atividades da empresa foram bloqueadas em 2013.(Fonte G1)

NOTICIAS GERAL-LAVA JATO

Monica Moura e João Santana deixam a prisão em Curitiba

Casal teve pedido de liberdade provisória concedido pelo juiz Sérgio Moro.
Eles estavam presos desde fevereiro, quando ocorreu 23ª fase da Lava Jato.

O ex-marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana e a mulher Monica Moura, presos na 23ª fase da Operação Lava Jato, deixaram a carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, às 16h39 segunda-feira (1º). O casal teve o pedido de liberdade provisória concedido pelo juiz federal Sérgio Moro na manhã desta segunda mediante pagamento de fiança. Eles estavam presos desde fevereiro.
(Correção: ao ser publicada esta reportagem errou ao informar que casal deixou a prisão às 16h30. Na verdade, eles saíram da Superintendência da PF às 16h39. O erro foi corrigido às 16h48).
decisão estipulou fiança de R$ 28,7 milhões para Monica, montante que já tinha sido bloqueado pela Justiça. Para João Santana, a fiança estipulada foi R$ 2.756.426,95, valor correspondente ao que também já foi bloqueado das contas correntes dele. O dinheiro está sob custódia do Judiciário, e a destinação final dele depende da sentença dada pelo juiz no final do processo.
Durante o período de liberdade, Monica e João Santana não poderão deixar o país e nem manter contato com outros acusados da Operação Lava Jato.
Eles também não podem trabalhar direta ou indiretamente em campanhas eleitorais no Brasil.
"Estamos contentes com o resultado do pedido de liberdade, por todo trabalho realizado e, principalmente, pela prudência do Dr. Sérgio Moro. Sempre acreditamos na Justiça", disse Juliano Campelo, advogado de Monica, ao G1.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, foram encontrados indícios de que Santana recebeu US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014. De acordo com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal (MPF), o dinheiro é oriundo de propina de contratos na Petrobras.
Na decisão, o juiz destacou que o casal é réu em duas ações penais e é acusado de receber milhões de dólares em conta secreta no exterior e milhões de reais em espécie no Brasil do esquema criminoso da Petrobras. Os valores, segundo o MPF, foram pagos a eles para remunerar serviços em campanhas eleitorais no Brasil.
A primeira ação, segundo Sérgio Moro, está com a instrução encerrada e a outra em fase final de instrução, faltando poucas testemunhas e os interrogatórios dos acusados.
Nível inferior no esquema de corrupção
Na avaliação de Moro, ainda que não se exclua a possível responsabilidade criminal do casal, Monica Moura e João Santana estão em um nível inferior no esquema de corrupção.

"Afinal, não são agentes públicos ou políticos beneficiários dos pagamentos de propina, nem  são dirigentes das empreiteiras que pagaram propina ou lavadores profissionais de dinheiro. Embora isso não exclua a sua eventual responsabilidade criminal, a ser analisada quando do julgamento, é possível reconhecer, mesmo nessa fase, que, mesmo se existente, encontra­-se em um nível talvez inferior da de corruptores, corrompidos e profissionais do crime", afirmou o juiz.
Caixa dois
O ex-marqueteiro do PT e a mulher confirmaram ao juiz federal Sérgio Moro que o pagamento de US$ 4,5 milhões feito pelo engenheiro Zwi Skornick foi de caixa dois da campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010.

"Foi caixa dois mesmo", garantiu Mônica em audiência na Justiça Federal em julho.

Foi a primeira vez que eles prestaram depoimento a Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.

Anteriormente, Moura, que é responsável pela parte financeira e administrativa do casal, afirmava que o dinheiro era pagamento por trabalhos realizados no exterior.

A denúncia
De acordo com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal (MPF), o dinheiro para os pagamentos feitos pela Odebrecht e pelo engenheiro Zwi Zwi Skornicki é oriundo de propina retirada de contratos da Petrobras e da Sete Brasil - empresa criada para operação do pré-sal.

Zwi é representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels e, segundo os procuradores, foi citado por delatores da operação do esquema como elo de pagamentos de propina.
O dinheiro, conforme os procuradores, teve origem em contratos celebrados entre o estaleiro Keppel Fels e a Petrobras para a realização das plataformas P-51, P-52, P-56 e P-58.
Houve pagamento de propina para Renato Duque e Pedro Barusco nesses contratos, ainda segundo a denúncia. Ambos têm condenação na Lava Jato. Duque está preso no CMP, e Barusco cumpre pena regime aberto diferenciado - que estabelece recolhimento domiciliar durante a noite e nos fins de semana e feriados.
A Keppel Fels também tinha contratos com a Sete Brasil para construção de sondas que chegam a R$ 185 milhões.
Um terço da propina paga nesses contratos foi dividido entre o ex-presidente da Sete Brasil João Ferraz e os ex-gerentes da Petrobras Pedro Barusco e Eduardo Musa – todos são colaboradores da Lava Jato, ainda de acordo com as investigações.(fonte G1)

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