Governo denunciou mais uma vez a "histeria"
ocidental diante de uma suposta invasão no país vizinho.
O Kremlin confirmou, nesta terça-feira (15), o início da
retirada de parte de suas tropas na fronteira com a Ucrânia, ressaltando que é
algo "normal" e denunciando, mais uma vez, a "histeria"
ocidental diante de uma suposta invasão no país vizinho."Sempre dissemos
que depois das manobras (...) as tropas voltarão para seus quartéis de origem.
E é isso que está acontecendo agora. É o procedimento habitual", disse o
porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, à imprensa. O funcionário
indicou que no futuro Moscou organizará "mais exercícios em toda a
Rússia" e reivindicou o direito do país de realizar manobras em seu
território.Enquanto os países ocidentais afirmam que a Rússia prepara uma invasão na Ucrânia,
Peskov denunciou uma "campanha absolutamente inédita destinada a provocar
tensões". Segundo o porta-voz, "esse tipo de histeria não tem
base".O governo de Moscou nega qualquer
intenção bélica e diz que se sente ameaçado
pela expansão da Otan na Europa Oriental. Por essa razão, exige "garantias
de segurança", em particular um veto contra a entrada da Ucrânia na
Aliança. O funcionário indicou que no futuro Moscou organizará "mais
exercícios em toda a Rússia" e reivindicou o direito do país de realizar
manobras em seu território.Enquanto os países ocidentais afirmam que a Rússia prepara uma invasão na Ucrânia,
Peskov denunciou uma "campanha absolutamente inédita destinada a provocar
tensões". Segundo o porta-voz, "esse tipo de histeria não tem
base".O governo de Moscou nega qualquer
intenção bélica e diz que se sente ameaçado
pela expansão da Otan na Europa Oriental. Por essa razão, exige "garantias
de segurança", em particular um veto contra a entrada da Ucrânia na
Aliança. O anúncio desta terça-feira, o primeiro sinal de distensão por parte
de Moscou, foi vago e não é possível saber o número de soldados que afeta. A
Rússia mobilizou mais de 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia desde
dezembro.Ao mesmo tempo, o país mantém as manobras militares em Belarus, país
vizinho da Ucrânia, que devem prosseguir até 20 de fevereiro.A retirada de
algumas tropas foi recebida com entusiasmo na Ucrânia, onde o ministro das
Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, afirmou que seu país, ao lado dos aliados
ocidentais, "conseguiu impedir uma nova escalada russa".Já estamos em
meados de fevereiro e vemos que a diplomacia continua funcionando", disse
Kuleba.Mas o ministro destacou que a tensão permanece ao longo da fronteira e
que a Rússia deve retirar as tropas restantes."Temos uma regra: não
acredite no que você ouve, acredite no que você vê. Quando observarmos uma
retirada, vamos acreditar na desescalada", disse.O anúncio russo coincide
com a visita a Moscou do chanceler alemão Olaf Scholz, que tenta avançar com as
negociações diplomáticas e afastar o fantasma de uma invasão e uma guerra no
leste da Europa.A ministra alemã das
Relações Exteriores, Annalena Baerbock, pediu à Rússia que retire suas tropas
da fronteira. "A situação é particularmente perigosa e pode ficar mais
grave a qualquer momento", alertou em um comunicado "Dia de unidade" Na última
segunda-feira, a Rússia já havia apresentado um pequeno sinal positivo quando o
ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, destacou uma
"possibilidade de solucionar os problemas" pela via diplomática.O
caminho do diálogo "não se esgotou, mas tampouco pode durar de modo
indefinido", acrescentou Lavrov, com um tom mais pausado e diferente das
declarações ofensivas dos dias anteriores. O ministro também considerou
"construtivas" algumas propostas dos Estados Unidos.Em Washington, as
autoridades alertaram que a invasão russa poderia acontecer "a
qualquer momento".A embaixada americana em Kiev foi
transferida para Lviv, oeste do país, na segunda-feira, ignorando os apelos do
presidente ucraniano Volodymyr Zelenski, que pediu aos governos que não se
deixem levar pelo pânico.Alguns meios de comunicação indicaram que a suposta
invasão russa da Ucrânia poderia começar na quarta-feira. Mais uma vez,
Zelensky abordou as especulações com uma dose de sarcasmo. "Nos disseram
que 16 de fevereiro seria o dia do ataque. Vamos transformá-lo em um dia de
unidade", disse, antes de pedir aos ucranianos que exibam a bandeira
nacional na data. A ministra britânica das Relações Exteriores, Liz Truss,
disse nesta terça-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, ainda tem tempo
para evitar uma guerra, mas enfatizou que o prazo é "limitado". "Podemos estar à beira de uma guerra na Europa que
teria graves consequências, não apenas para as populações da Rússia e da
Ucrânia, mas de uma forma mais geral para a segurança da Europa", declarou
a chefe diplomacia britânica ao canal Sky News. Trincheiras A Rússia, que anexou a península da Crimeia em 2014 e apoia
desde então os separatistas pró-Moscou que lutam no leste da Ucrânia, nega
qualquer intenção bélica.O país afirma que sente estar ameaçado pela expansão
da Otan para o leste da Europa e exige "garantias de segurança" como
um compromisso para que a Ucrânia nunca entre para a aliança militar.Nesta
terça-feira, o Parlamento russo pediu ao presidente Putin que reconheça a
independência das regiões separatistas da Ucrânia.O presidente da Câmara Baixa
do Parlamento (Duma), Vyacheslav Volodin, escreveu nas redes sociais que os
legisladores decidiram pedir a Putin que reconheça as duas regiões separatistas
no leste da Ucrânia como "Estados soberanos e independentes".Sob
risco de irritar o Kremlin, o presidente ucraniano reiterou na segunda-feira
que Kiev deseja entrar para a Otan para "garantir sua segurança".A
possível adesão ainda não está na agenda da aliança nem há um calendário
previsto para examinar a questão, mas os ocidentais consideraram as exigências
russas inaceitáveis. Porém, apresentaram a proposta de diálogo sobre outras
questões, como a limitação de armas.Na expectativa de eventuais progressos na
frente diplomática, no sudeste da Ucrânia, perto da linha de frente com os
separatistas, a população se prepara com a perspectiva de um ataque."Cavamos
trincheiras nas quais os soldados ucranianos poderão pular e se defender com
mais facilidade", declarou à AFP Mikhailo Anopa, adolescente de 15 anos,
com um uniforme de camuflagem emprestado.( Fonte R 7 Noticias Internacional)