Kiev implodiu uma barragem no início da guerra para impedir o avanço do
Exército inimigo, e local permanece embaixo d'água.
Mais de um ano depois que
o Exército ucraniano inundou a cidade de Demydiv para conter a
campanha-relâmpago de Moscou em direção a Kiev, o porão de Ivan Kukuruza ainda
está cheio de água, e sua paciência está se esgotando. Numa tentativa
desesperada de bloquear o avanço do Exército russo no início da invasão, as
autoridades ucranianas sacrificaram esta cidade de 3.700 habitantes, situada 35
quilômetros ao norte de Kiev, explodindo uma barragem próxima. A medida
de emergência funcionou e ajudou a impedir a tomada da capital ucraniana, mas
os esforços subsequentes para limpar a bagunça foram muito menos engenhosos e
muito mais lentos. Até agora, as autoridades ucranianas evitaram
intervir, temendo um possível novo ataque da Bielorrússia, aliada do Kremlin no
norte, e os moradores de Demydiv foram deixados sozinhos em seus esforços para
escoar a água. Ninguém entre as dezenas de moradores de Demydiv e
arredores afetados pela água aceitou as ofertas de reassentamento do governo,
explica o prefeito de Dimer, uma cidade próxima, Volodmir Podkourganny. O
Exército ucraniano conseguiu o que queria: ao detonar explosivos implantados na
barreira de um enorme reservatório próximo, enviou milhões de litros de água
para o rio Irpin, que transbordou por toda a área. A manobra permitiu
que as tropas ganhassem o tempo necessário para se reagrupar e atacar as forças
de Moscou, presas na área pantanosa. As autoridades de Kiev querem que o
Irpin seja reconhecido como um "rio heroico", uma referência às
"cidades heroicas" da era soviética que resistiram à invasão da
Alemanha nazista. A operação de defesa deixou 200 casas inundadas.
Apenas os ativistas ambientais veem a situação de uma perspectiva diferente. A
região já foi um vasto pântano que foi drenado durante os tempos soviéticos, e
agora o rio, dizem eles, está voltando à vida.( Fonte R 7 Noticias
Internacional)