Editorial 953 – Segurança hídrica
Anápolis, com quase
400 mil habitantes, teve um crescimento população bastante significativo ao
olharmos o Censo de 2010 e o de 2022. São quase 65 mil pessoas, a mais, neste
hiato de tempo. E, pelo seu dinamismo econômico, social, cultural e pela
qualidade de vida que oferece, a cidade tende ainda a crescer e se desenvolver.
Para isso, uma coisa é absolutamente indispensável: a segurança hídrica. Alguns
anos atrás, a cidade viveu uma crise sem precedentes, que levou a população a
fazer rodízio no consumo de água tratada. Nessa mesma época, houve um conflito
com os produtores da região do Piancó, que utilizavam e utilizam a água que vai
para o sistema de abastecimento, para o cultivo das lavouras. Essa queda de
braço exigiu um esforço de vários segmentos da sociedade, mas chegou-se a um
denominador sobre a exploração sustentável da água do Piancó. No ano passado,
apesar da longa estiagem, Anápolis não teve desabastecimento por falta de água
bruta no sistema de tratamento. Houve falta d´água por conta de outros fatores,
como falta de energia ou manutenções programadas. Mas, não se pode dizer que
isso seja uma espécie de “zona de conforto”. Pelo contrário, estamos assistindo
no Rio Grande do Sul, uma das maiores tragédias ambientais do país, por conta
de desequilíbrios climáticos que estão ocorrendo no planeta. Esses
desequilíbrios podem ocorrer como lá, através de enchentes provocadas por um
grande volume de chuvas ou pode ser uma seca longa. No município, o Ribeirão
Piancó abastece mais de 90% da população anapolina. Por isso, ele merece
atenção e cuidado. Bom que a Saneago tem feito investimentos na cidade, mas
essa cobrança não pode cessar. Tem de fazer (de forma mais célere) a barragem
no Piancó e dotar o sistema, como um todo, de mais qualidade e segurança. Para
o hoje e para o amanhã. ( Fonte Jornal Contexto Noticias GO)
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