Dia de conscientização sobre
doenças cardiovasculares em mulheres agora é lei.
A partir desta sexta-feira (1º), 14 de maio passa
a ser o Dia Nacional de Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher.
É o que institui a Lei 14.320 de 2022, sancionada e publicada no Diário
Oficial da União. A norma tem origem no Projeto de Lei (PL) 1.136/2019,
aprovado no Senado no dia 10 de março. O objetivo é permitir que o poder
público organize — em parceria com outras instituições — palestras, eventos e
treinamentos para a prevenção das doenças cardiovasculares e outras ações de
conscientização sobre os fatores de risco cardiovascular. O governo poderá
atuar em parceria com entidades médicas, universidades, escolas, organizações
não governamentais e outras entidades da sociedade civil.Relatora do projeto no
Senado, Soraya Thronicke (PSL-MS) destacou durante a votação da
proposta que as doenças isquêmicas do coração são responsáveis pela
maioria das mortes em todos os estados brasileiros — e que um aspecto
particular é o da desigualdade de acometimento entre as regiões, tanto no
acesso ao diagnóstico quanto ao tratamento. "De acordo com
informações do DataSUS, em 2019 as doenças do aparelho circulatório foram
responsáveis por mais de 170 mil óbitos de mulheres no Brasil, representando a
primeira causa de morte na população feminina e superando até mesmo o número de
óbitos por neoplasias", informou ela em seu relatório. Ainda segundo
a parlamentar, são importantes fatores de risco para as doenças
cardiovasculares em mulheres: alimentação inadequada, baixa atividade
física, consumo de álcool e tabagismo. Essas doenças são mais prevalentes nas
classes sociais menos favorecidas da população, sendo considerável o aumento da
incidência de doenças cardiovasculares após a menopausa."Assim, os
programas de prevenção primária e secundária, bem como o maior acesso ao
diagnóstico nessa camada da população, poderão ter impacto ainda maior na
morbimortalidade. A divulgação de informações e a conscientização a respeito
dos sintomas, dos cuidados a adotar e da formação de hábitos saudáveis são
relevantes para proporcionar melhores condições de saúde para as mulheres do
Brasil", concluiu Soraya. O projeto é de autoria da deputada federal
Mariana Carvalho (PSDB-RO). (Fonte: Agência Senado)