Conselho de Administração aprovou Caio Paes de Andrade, indicado do governo, para presidência da estatal nesta segunda (27).
Após o Conselho de
Administração aprovar Caio Paes de Andrade, indicado do governo
para a presidência da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro afirmou,
nesta segunda-feira (27), que a estatal vai ter uma nova dinâmica em relação
aos combustíveis no país. Bolsonaro não apresentou mais detalhes de como a mudança
ocorrerá."Hoje o Caio [Paes de Andrade] está tomando posse na Petrobras.
Teremos uma nova dinâmica também na estatal na questão dos combustíveis no
Brasil. Tudo vai ser analisado na conformidade, na base da lei, sem mexer na
Lei das Estatais, sem querer interferir em nada, mas com muito respeito e
responsabilidade", afirmou Bolsonaro, durante um evento no Palácio do
Planalto. Diferentemente do que o presidente disse, Andrade ainda não tomou
posse como presidente da Petrobras – a expectativa é que isso ocorra nesta
semana. Nesta segunda-feira, o Conselho de Administração
aprovou seu nome para chefiar a estatal. O executivo
recebeu o voto favorável de sete conselheiros, e outros três foram contra a
nomeação dele. Paes de Andrade será o quarto presidente da
Petrobras na gestão de Jair Bolsonaro (PL) – sem contar o interino Fernando
Borges. Antes dele, comandaram a empresa: José Mauro
Ferreira Coelho, Joaquim Silva
e Luna e Roberto
Castello Branco. Todos deixaram o posto por causa de reajustes
no preço dos combustíveis.A Petrobras adota o preço de paridade internacional,
o que faz com que o preço de gasolina, etanol e diesel acompanhe a variação do
valor do barril de petróleo no mercado internacional. O modelo, no entanto, é alvo de
críticas de Bolsonaro, que busca a reeleição nas eleições de
outubro. Uma das alternativas estudadas pelo governo federal é a
possibilidade de alterar a Lei
de Responsabilidade das Estatais (13.303/2016) por meio de
uma medida provisória. A norma foi assinada em 2016 pelo então presidente
Michel Temer e estabelece estatuto jurídico para empresas públicas e sociedades
de economista mista que explorem atividade econômica da União, estados,
Distrito Federal e municípios.A mudança que o Palácio do Planalto analisa é a flexibilização
dos critérios para indicação de integrantes da diretoria e
do conselho da Petrobras, justamente a cúpula que pode alterar a política de
preços vigente. Bolsonaro, no entanto, disse que não deve ser feito um
"canetaço" com a Lei das Estatais. O ex-presidente criticou a
ideia discutida pelo governo, afirmou que a notícia lhe causou "tristeza
cívica" e que a "iniciativa não deveria
sequer ser cogitada". Temer disse também que "o que se espera do
mundo político é que aperfeiçoe continuamente a legislação e as instituições
brasileiras, não que promova retrocessos".Apesar de o conselho dar
aval para o nome de Andrade, acionistas
minoritários da Petrobras acionaram a Comissão de Valores Imobiliários (CVM),
autarquia vinculada ao Ministério da Economia, contra o Executivo. Segundo a
ação, a indicação fere dois requisitos previstos no ordenamento jurídico:
experiência profissional e formação acadêmica.Andrade é formado em comunicação
social pela Universidade Paulista, pós-graduado em administração e gestão pela
Universidade Harvard e mestre em administração de empresas pela Universidade
Duke.( Fonte R 7 Noticias Brasilia)