Projéteis russos atingiram prédios residenciais em Nikopol, matando duas
pessoas e danificando 12 edifícios.
A operadora ucraniana de energia
nuclear acusou as forças russas de implantarem lançadores de mísseis na central
nuclear de Zaporizhzhia para disparar contra as regiões de Nikopol e Dnipro,
que sofreram ataques na madrugada deste domingo (17). "Os ocupantes
russos instalaram sistemas de lançamento de mísseis no território da central
nuclear de Zaporizhzhia", no sul da Ucrânia, disse o presidente da
Energoatom, Petro Kotin, no aplicativo de mensagens Telegram, após uma
entrevista ao canal ucraniano de televisão United News. "A situação
[na planta nuclear] é extremamente tensa, e a tensão aumenta a cada dia. Os
ocupantes estão trazendo seu maquinário, incluindo os sistemas de mísseis, com
os quais atacaram o outro lado" do rio Dnipro e "o território Nikopol",
80 km a sudoeste de Zaporizhzhia, relatou, acrescentando que cerca de 500
soldados russos permanecem na usina, controlando-a.A maior central nuclear da
Ucrânia caiu nas mãos das forças russas no início de março, pouco depois do
início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.Neste sábado, mísseis russos
atingiram prédios residenciais em Nikopol, matando duas pessoas e danificando
12 edifícios, além de uma escola e uma universidade, descreveu o governador
regional de Dnipro, Valentin Reznichenko. No nordeste, perto da segunda maior
cidade da Ucrânia, Kharkiv, o governador Oleh Synyehubov anunciou que um ataque
com mísseis russos durante a noite matou três pessoas na cidade de
Chuhuiv. MAIS MORTES EM VINNYTSIA Tanto
a Ucrânia quanto a comunidade internacional continuam abaladas com os
bombardeios com mísseis de cruzeiro que devastaram o centro de Vinnytsia,
centenas de quilômetros a oeste, na quinta-feira (14).O número de mortos nessa
cidade subiu para 24 neste sábado, depois que uma mulher não resistiu aos
ferimentos e faleceu no hospital, disseram as autoridades. Segundo as
mesmas fontes, há três crianças entre os mortos. "Sessenta e oito
pessoas ainda estão recebendo tratamento, incluindo quatro crianças. Quatro
pessoas continuam desaparecidas", disse o chefe do distrito de Vinnytsia,
Serhiy Borzov. O exército russo afirmou que o bombardeio em Vinnytsia foi
dirigido à "casa dos oficiais" dessa cidade, onde acontecia uma
reunião do "comando da Força Aérea ucraniana com representantes de
fornecedores estrangeiros de armas".A declaração foi questionada por uma
autoridade do Pentágono. "Não tenho indícios de que houvesse um alvo
militar perto de lá", disse a mesma fonte à imprensa, pedindo para não ser
identificada."Parecia um prédio residencial", acrescentou. COMBATES NO DONBASS Em um discurso dirigido aos
ucranianos, Zelensky afirmou que a resistência conseguiu recuperar parte do
território perdido para a Rússia desde o início da guerra, e que continuará
recuperando zonas ocupadas."Resistiremos. Venceremos. E reconstruiremos
nossas vidas", disse.No momento, a maior parte dos combates está
concentrada no sul e na bacia mineira e industrial do Donbass, no leste. As
forças separatistas no Donbass afirmam que continuam avançando e em processo de
retomada do controle total da cidade de Siversk, atacada depois da tomada de
Lysyschansk, mais a leste, no início do mês. De acordo com o Ministério da
Defesa do Reino Unido, "as forças russas avançam lentamente para o oeste,
após bombardeios e assaltos em direção a Siversk, (lançados) de Lysychansk,
para abrir uma rota para Sloviansk e Kramatorsk". Sem especificar a
data do deslocamento, o Ministério russo da Defesa anunciou neste sábado que o
ministro Sergei Shoigu visitou os soldados envolvidos na ofensiva. Foi a
segunda vez, desde o início do conflito. Também não foi especificado se a
visita ocorreu na Ucrânia, ou na Rússia. Shoigu "deu as instruções
necessárias para incrementar" as medidas que impeçam que "Kiev lance
bombardeios em massa [...] contra as infraestruturas civis e contra os
edifícios residenciais no Donbass e em outras regiões", indicou o
ministério. A reunião de ministros de Economia e presidentes de bancos centrais
dos países do G20 na Indonésia terminou sem um comunicado conjunto devido à falta
de consenso nas discussões, dominadas pela ofensiva russa na Ucrânia.A reunião
de dois dias na ilha de Bali colocou em evidência as diferencias entre os
líderes ocidentais, que denunciaram o impacto da guerra na Ucrânia na inflação
e nas crises alimentar e energética, e a Rússia, que responsabilizou as sanções
ocidentais pela piora da economia mundial.Cerca de 20 milhões de toneladas de
grãos se encontram bloqueadas nos portos pela presença de navios de guerra
russos e minas, colocadas por Kiev, para defender sua costa.( Fonte R 7
Noticias Internacional)