Pedido
do MP-RJ solicita que o bicheiro fique em cela individual e seja submetido a
regras mais rígidas para receber visitas.
O Tribunal de Justiça do Rio
vai decidir se o contraventor Rogério
Andrade, sobrinho e um dos administradores do legado
do tio, o também contraventor Castor de Andrade (1926-1997), vai para um
presídio federal. A transferência foi pedida pelo MP-RJ (Ministério Público do
Rio), que alega que Rogério chefia uma organização criminosa violenta. Por
isso, representaria graves e iminentes riscos à ordem do sistema carcerário estadual
do estado.Na nova prisão, Rogério passaria ao RDD (Regime Disciplinar
Diferenciado). Teria cela individual e visitas restritas, com regras mais
rígidas do que as do regime comum. Rogério foi preso em 4 de agosto, em uma
casa de luxo em Itaipava, distrito de Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
Atualmente, está preso na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira,
conhecida como Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona
oeste do Rio. Ele é acusado de integrar uma organização criminosa que explora
jogos de azar e corrompe policiais para agir
livremente.O pedido do MP-RJ foi apresentado à Justiça em abril, quando Andrade
estava foragido. Voltou ao debate desde que ele foi preso.A defesa de Rogério
pediu à 1ª Vara Criminal Especializada do Rio, onde o processo tramita, que
seja autorizada a se manifestar sobre o pedido de transferência. É possível que
o juízo, em sua próxima manifestação, ainda não decida sobre a transferência,
mas apenas autorize que o advogado do contraventor apresente alegações no
processo, para futura análise e decisão. A reportagem procurou a defesa do
contraventor para que se pronuncie sobre o pedido de transferência. Até a
publicação desta reportagem, não houve resposta.Turnowski teria plano para matar RogérioO
ex-chefe da Polícia Civil do Rio Allan Turnowski, preso na última sexta-feira,
9, acusado de envolvimento com crimes ligados ao jogo do bicho, teria um plano
para matar Rogério Andrade, segundo conversas telefônicas
ocorridas em 2016 e interceptadas com autorização judicial pelo MP-RJ.Ele, o
delegado Maurício Demétrio, preso em 2021, e um homem ligado a um bicheiro
rival de Rogério, receberiam ao todo R$ 3 milhões pelo crime, encomendado por
um rival do contraventor e aparentemente nunca colocado em prática.O espólio de
Castor é disputado por dois grupos. Um é chefiado por Rogério e outro era
ligado a Fernando Iggnacio, genro do contraventor. Iggnacio foi morto em
novembro de 2020, aparentemente em uma execução.A defesa de Turnowski atribui a
prisão a questões políticas, já que o delegado concorre a uma vaga na Câmara
dos Deputados pelo PL. Não foi possível localizar os defensores de Demétrio.(
Fonte R 7 Noticias Brasil)