CPI pode
convocar ministros, prefeitos e governadores na próxima semana.
A CPI da Pandemia pode votar a partir da próxima
semana a convocação de cinco ministros de Estado, quatro governadores, quatro
prefeitos, 13 secretários estaduais e municipais de saúde e um integrante do
Supremo Tribunal Federal (STF). Dos 209 requerimentos que ainda
aguardam deliberação do colegiado, 134 são pedidos de convocação.
Outros 73 são de convite e apenas dois de informações. Os parlamentares sugerem
a convocação dos ministros Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa
e ex-Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil e ex-Secretaria de Governo),
Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) e Damares Alves (Mulher,
Família e Direitos Humanos). O ministro Wagner Rosário, da Controladoria Geral
da União (CGU), é chamado a depor em um pedido de convite. Há ainda requerimentos
para a convocação do ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores). A CPI da
Pandemia pode votar ainda a convocação dos governadores João Doria (São Paulo),
Wilson Lima (Amazonas), Rui Costa (Bahia) e Hélder Barbalho (Pará). Wellington
Dias (Piauí) é convidado como representante do Fórum de Governadores. O
prefeito de Manaus (AM), David Almeida, é alvo de três requerimentos. Além
dele, há pedidos para a convocação dos gestores de Chapecó (SC), João
Rodrigues; Ilha Bela (RJ), Toninho Colucci; e São Lourenço (MG), Walter Lessa.
Outro requerimento pede a convocação do ex-prefeito de Fortaleza (CE), Roberto
Cláudio. A CPI da Pandemia pode votar ainda a convocação dos secretários
estaduais de Saúde de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte. Além deles, podem ser
convocadas a depor as gestoras municipais de Saúde de Manaus e de Porto Seguro
(BA). Há ainda requerimentos para a convocação de ex-secretários do Amazonas,
do Distrito Federal e de Fortaleza. “Gabinete do ódio” De todos os
requerimentos que aguardam apreciação, apenas quatro têm data confirmada de
votação. Eles se referem à convocação de Fabio Wajngarten, ex-secretário
especial de Comunicação Social da Presidência da República. Em entrevista à
revista Veja, Wajngarten afirmou que houve “incompetência” e
“ineficiência” de gestores do Ministério da Saúde para negociar a compra de
vacinas. Os quatro pedidos devem ser votados na próxima terça-feira (4). Os
senadores podem apreciar ainda a convocação do chamado “gabinete do ódio”: um
grupo de servidores que atua nas redes sociais da Presidência da República e é
suspeito de promover uma campanha de desinformação durante a pandemia. Podem
ser chamados a depor os assessores Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Gomes e
Mateus Matos Diniz, além do secretário de Comunicação da Presidência, Flávio
Rocha. Os parlamentares apresentaram ainda requerimentos para a convocação do
ex-comandante do Exército, general Edson Pujol. Durante a gestão dele, o Laboratório
do Exército intensificou a produção de cloroquina, um medicamento sem eficácia
comprovada contra a covid-19. Quem também aparece entre os requerimentos de
convocação é o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em março do ano passado, ele decidiu que governadores e prefeitos podem adotar
medidas para o enfrentamento do coronavírus — assim como o presidente da
República. Os senadores sugerem ainda a convocação do diretor-geral da Polícia
Federal, Paulo Maiurino. Também podem ser chamados a depor o presidente da
Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier, e o ex-secretário
do Tesouro Nacional e atual secretário especial de Fazenda, Bruno Funchal. Convites
e informações Dos 73 requerimentos de convite, 16 se referem à realização
de audiências públicas. Eles sugerem a participação de representantes de
universidades, entidades médicas, organismos multilaterais de saúde, governos
estaduais, prefeituras, hospitais públicos e privados, santas casas,
especialistas em relações internacionais, órgãos de controle e institutos de
pesquisa. Um requerimento também sugere a presença de infectologistas para
“prestar informações sobre as evidências cientificas que comprovam a eficácia
do tratamento precoce contra a covid-19”. Os senadores apresentam ainda
requerimentos para ouvir representantes de laboratórios que desenvolvem ou já
produzem vacinas contra o coronavírus. São eles: Instituto Butantan, Sinovac,
Fundação Oswaldo Cruz, AstraZeneca, União Química, Instituto Gamaleya, Instituto
do Soro da Índia e Janssen. Os dois requerimentos de informação pendentes de
votação solicitam dados à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da
República e ao Ministério da Saúde. O primeiro se refere a propagandas,
campanhas ou inserções midiáticas realizadas pelo governo federal em temas
relacionados à pandemia. O segundo pede informações sobre a compra de exames
para a detecção da covid-19. (Fonte:
Agência Senado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário