Al-Qaeda promete guerra contra os
EUA em meio à retirada do Afeganistão.
Afirmações vêm de dois membros da
Al-Qaeda em entrevista à CNN e insinuam laços estreitos com o Taleban.
Dois
membros da Al-Qaeda garantiram que a guerra contra os EUA “continuará em todas
as frentes”. A afirmação, feita durante entrevista à CNN,
vem na esteira do anúncio da
retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão em 11 de
setembro, data que marca os 20 anos dos ataques de 2001. As motivações para a
entrevista da Al-Qaeda – que raramente respondia a perguntas e preferia falar
através de sua propaganda própria – ainda não estão claros, mas demonstram uma
intenção da organização terrorista de mostrar que
ainda tem sobrevida. Os representantes da Al-Qaeda transmitiram
elogios ao Taleban por “manter
viva a luta contra os EUA”, evidência da reaproximação entre os dois grupos.
“Graças aos afegãos pela proteção dos camaradas de armas, muitas dessas frentes
jihadistas operam com sucesso em diferentes partes do mundo islâmico há muito
tempo”, disse o porta-voz. O Taleban prometeu cortar os laços com a Al-Qaeda em
um acordo com o
ex-presidente Donald Trump em fevereiro de 2020. Com o acordo,
os EUA deveriam deixar o Afeganistão neste
sábado (1). A escalada de violência entre o governo afegão e o grupo jihadista,
além das derrotas nas tentativas de paz, fizeram com que Washington estendesse
sua permanência no país do Oriente Médio.A resposta da Al-Qaeda neste momento
sugere que o Taleban não acatou o acordo sobre seus laços com o grupo
terrorista, apontou a CNN.
Os representantes talibãs não responderam aos pedidos de comentário. “Vitória ao
Afeganistão”, diz Al-Qaeda “Os EUA estão
derrotados”, disse o porta-voz, ao comparar Washington com a retirada da União Soviética do
país há 30 anos – e seu colapso em seguida. O porta-voz admite que a morte de Osama Bin Laden,
em 2011, enfraqueceu a Al-Qaeda e permitiu o estabelecimento de grupos como o EI (Estado Islâmico). Os
ataques desses novos militantes tiraram o protagonismo do grupo fundado por Bin
Laden – movimento caracterizado pelo porta-voz como um “silêncio tático”. “A
Al-Qaeda não está quebrada, mas trava uma longa guerra com diferentes
estágios”, apontou. O porta-voz revela que o grupo planejou o ataque de 2009
contra sete agentes da CIA na cidade afegã de Khowst. À época, o TTP (Taleban do Paquistão),
vinculado como envolvimento, era um “parceiro júnior”. “Muitos erros foram
cometidos”, disse. Segundo ele, hoje o grupo toma “melhores decisões” e avança
em seu plano de implementar a lei religiosa
muçulmana da sharia. O grupo extremista
deixou claro que o Afeganistão, onde os EUA registram sua mais longa
participação em uma guerra, deve ser “a base” para planejar o “ataque mais
mortal de todos os tempos”. “Os EUA não são um problema para nossos irmãos
afegãos, mas devido aos sacrifícios da guerra, eles agora estão derrotados.
Sejam republicanos ou democratas, ambos tomaram a decisão de se retirar da
guerra afegã”, pontuou. Biden disse estar ciente do contato do Taleban com a
Al-Qaeda. “Manteremos uma capacidade além do horizonte de suprimir futuras
ameaças”, disse o presidente em discurso ao Congresso, na quarta (28). “Mas não
se engane: a ameaça terrorista evoluiu para além do Afeganistão”. Grupos
extremistas atuam no Iêmen, Síria,
Somália e outros países da África e
Oriente Médio.( F onte A Referencia Noticias Internacional)
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