Rússia oferecia recompensas por
ataques a soldados dos EUA no Afeganistão, aponta CIA.
Agência desclassificou documentos com
relatos de membros do Taleban sobre supostos pagamentos.
A alegação de membros detidos do Taleban de que as
tropas da Rússia ofereciam dinheiro para recompensar as mortes de
soldados dos EUA e aliados possui álibis “consistentes”,
apontam documentos liberados para consulta pública pela agência de inteligência
CIA na última sexta (7). Os primeiros relatos surgiram no início de 2020, após
a apreensão de diversos membros do grupo extremista. À época, Washington ainda negociava o
acordo com o Taleban para encerrar a guerra no país. Mais
tarde, outros talibãs relataram que operaram em estreita colaboração com uma
unidade do GRU (Departamento Central de Inteligência da Rússia). “Há provas
contundentes de que o GRU lançou ataques que encorajavam ações contra os EUA no
Afeganistão, dada sua liderança em tais operações letais e
desestabilizadoras no exterior”, disse o Conselho de Segurança Nacional em um
comunicado enviado ao “The New York
Times”. A declaração deve servir como um ponto de discussão para as sanções impostas pelos
EUA à Rússia em abril – uma punição por suposta interferência
eleitoral e invasão aos
sistemas governamentais SolarWinds.
Achados O Conselho de Segurança Nacional dos EUA afirma que a CIA
verificou todos as possibilidades de contato de membros do Taleban com cidadãos
da Rússia. “Várias fontes
confirmaram que elementos desta rede criminosa trabalharam para a inteligência
russa por mais de uma década e viajaram para Moscou em abril de 2019”, disse a
nota. Além disso, a investigação identificou outras “operações nefastas” em
todo o mundo supostamente realizadas pelo GRU – envolvimento esse que reforça a
credibilidade das alegações dos detidos pelos EUA. A ala em específico da
agência russa também teria sido a responsável pela tentativa de envenenamento de
Sergei Skripal e sua filha, Yulia, no Reino Unido, em 2018, e
diversos assassinatos em toda a Europa. A unidade também é acusada pela
República Tcheca de explodir um depósito de armas que gerou
duas mortes em Vrbetice, em 2014. Outros dois depósitos foram detonados na Bulgária,
que também atribuiu a explosão à unidade russa. As acusações deterioraram as
relações entre as antigas nações soviéticas e Moscou, gerando uma crise com
direito a expulsão de
diplomatas e sanções. Enquanto isso, Vladimir Putin promoveu os líderes da
unidade a “representantes do Kremlin”. Parte da investigação
ainda está oculta Ao que tudo indica, a CIA
não expôs toda a investigação. Não há detalhes sobre as evidências, fontes e
métodos de coleta que comprovam o pagamento da Rússia pela morte dos soldados
ocidentais. Washington também não especificou a unidade suspeita
do GRU – apesar de funcionários afirmarem que é a 29155. “Não
podemos confirmar se a operação resultou em quaisquer ataques às forças dos EUA
ou da coalizão”, disse o Conselho de Segurança Nacional. Ainda assim, a CIA
julga que os indícios são verdadeiros. “Mesmo quando você tem um julgamento de
baixa confiança, os analistas acreditam que o julgamento está correto.
Portanto, neste caso, os analistas acreditam que os russos estavam oferecendo
recompensas”, disse o ex-diretor interino da agência, Michael Morell.( Fonte A
Referencia Noticias Internacional)
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