Armênia dissolve Parlamento em
meio à crise após derrota militar.
Dissolução integra manobra para
manter Nikol Pashinian no poder até a realização de eleições, em 20 de junho.
A
crise após a derrota no
conflito de Nagorno-Karabakh atingiu seu ápice na Armênia nesta
segunda (10), quando o Parlamento não conseguiu escolher seu novo
primeiro-ministro pela segunda vez. Em seguida, o Legislativo foi dissolvido. Conforme
informações da RFE (Radio
Free Europe), a dissolução integra uma manobra do partido liderado pelo
primeiro-ministro Nikol Pashinian.
Pela Constituição armênia, o Parlamento é dissolvido quando um
primeiro-ministro não é eleito em duas rodadas. Dessa forma, Pashinian segue
como premiê interino. A decisão mantém o acordo político feito entre a maioria
parlamentar do partido do político e duas siglas opositoras, Próspera Armênia e
Reluzente Armênia. Com a dissolução, Pashinian antecipou
eleições para 20 de junho. Pashinian subiu ao poder após
protestos pró-democracia em 2018, mas renunciou em
março para concorrer no próximo pleito. Ele enfrenta uma forte
pressão contrária pela derrota nos conflitos em
Nagorno-Karabakh, contra o vizinho Azerbaijão. Pesquisas apontam que
a confiança do público no governo do primeiro-ministro caíram de 60% para 30%
em março. A população armênia discorda do acordo de paz mediado pela Rússia para
encerrar o conflito armado, que se estendeu por 44 dias no final de 2020 e
deixou centenas de mortos na região disputada.
O acordo encerra mais de 30 anos de
conflito. Yerevan decidiu ceder às
tratativas de cessar-fogo quando se viu encurralada pelas
forças azeris na capital regional, Stepanakert. A comunidade internacional
reconhece Nagorno-Karabakh como território azeri de maioria armênia, mas forças
armênias ocupavam cidades do território desde o início dos anos 1990, pautadas
pela relação étnica que une as regiões.( Fonte A Referencia Noticias
Internacional)
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