Imagens de satélites divulgadas pelo Instituto Naval
norte-americano mostram veículos usados para testar armas em deserto chinês.
Aparentemente, a China construiu modelos em escala real de
navios de guerra dos EUA, incluindo um porta-aviões, que seriam alvos
potenciais para praticar ataques contra algumas das armas americanas mais
potentes posicionadas no Pacífico - mostram imagens de satélite recebidas pela
AFP.Centrados em enormes porta-aviões, os comandos navais de batalha estão
entre as armas mais poderosas do arsenal americano. Um deles se encontra
estacionado no Pacífico, onde observa áreas-chave como Taiwan e o Mar do Sul da
China. A China vem desenvolvendo mísseis antinavio há anos, incluindo alguns
capazes de destruir porta-aviões.Em imagens de satélite capturadas no mês
passado e enviadas à AFP no domingo (7), enormes modelos de navios americanos
podem ser vistos no deserto de Taklamakan, na região chinesa de Xinjiang. Há
pelo menos um deles em forma de porta-aviões, e um, de destróier. Um dos alvos
foi visto montado em trilhos usados para transportá-lo. Entre as estruturas em
escala natural, havia algumas planas, assim como outras mais sofisticadas,
parecendo ser instrumentos de navegação, de acordo com o Instituto Naval dos
Estados Unidos (USNI, na sigla em inglês). "A análise das imagens
de satélite históricas mostra que o modelo do porta-aviões foi construído,
inicialmente, entre março e abril de 2019", afirma o relatório do
instituto."Passou por várias reconstruções e foi quase completamente
desmontado em dezembro de 2019. Mas o local voltou a ser usado no final de
setembro deste ano, e a estrutura estava praticamente concluída no início de
outubro", completou.O USNI diz que, segundo a empresa de Inteligência
AllSource Analysis, a área já foi usada para testes de mísseis balísticos no
passado. Ao ser questionado sobre as imagens, o porta-voz do Ministério chinês
das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse na segunda-feira "não estar a par
da situação".Pequim está avançando em um grande projeto de modernização de
seu arsenal, de acordo com um relatório do Pentágono divulgado na semana
passada, com muitas de suas armas projetadas para ajudar a neutralizar os
principais navios americanos em caso de um conflito regional.O Exército chinês
mobilizou alguns de seus mísseis em exercícios, o que, segundo depoimento dado
há meses no Congresso pelo almirante da Marinha americana Philip Davidson, é
"uma mensagem inequívoca para o público regional e global".Os Estados
Unidos fazem, regularmente, operações no Mar do Sul da China e ao redor de
Taiwan, o que irrita Pequim.A China reivindica a soberania de quase toda essa
área marítima e considera Taiwan como uma parte de seu território a ser
retomada, um dia, se necessário à força.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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