Mais de mil estudantes foram
sequestrados no norte e noroeste do país desde dezembro de 2020.
Nove
estudantes de uma escola islâmica da Nigéria foram
sequestrados por homens armados quando retornavam para casa, na quinta-feira
(19). O crime ocorreu no Estado de Katsin, no noroeste do país, uma região onde
esse tipo de crime tornou-se habitual, segundo a agência Associated Press.
O crime foi confirmado por um porta-voz da polícia local e ocorreu no mesmo dia
em que o governador Aminu
Bello Masari recomendou aos moradores da região que comprem armas para a defesa
pessoal. No final de julho, no Estado vizinho de Kaduna, um grupo com mais de 130
crianças foi sequestrado na escola de ensino médio Bethel
Baptist. Os sequestradores exigem um milhão de nairas (R$ 12,7 mil) por cada
criança raptada. Pouco depois do sequestro, 28 crianças foram libertadas, e um
segundo grupo com mais 28 foi solto dias depois. Porém, 81 seguem em cativeiro,
de acordo com o pastor Ite Joseph Hayab, que encabeça as negociações. Ele
contou que ao menos três jovens foram libertados em virtude do pagamento de
resgate. Pagamento
proibidoUm projeto de lei que vem sendo discutido
na Nigéria quer proibir a população civil de pagar resgates em dinheiro pela
libertação de vítimas de sequestro em massa. Se aprovado, o dispositivo
criminalizaria o pagamento pela soltura com até 15 anos de prisão.A medida vem
na esteira da série de sequestros em
escolas do norte e nordeste do país. Segundo os legisladores, a
normativa legal serviria para desencorajar os sequestros, cuja finalidade
principal é arrecadar dinheiro para milícias armadas.O watchdog ICC
(Preocupação Cristã Internacional, da sigla em inglês) critica a proposta. “Ela
erra o alvo, já que o problema fundamental em jogo é a falta de medidas de
segurança eficazes e de aplicação da lei, e não pais desesperados tentando
resgatar seus filhos”, diz a entidade, de acordo com a rádio nigeriana CHVN.
Por que isso importa? Sequestros em massa
ocorrem com frequência na Nigéria. Mais de mil estudantes foram sequestrados no
norte e noroeste do país desde dezembro de 2020, quando esse tipo de crime
começou a aumentar drasticamente. As autoridades acreditam que os
sequestradores na região são quase sempre ex-criadores de gado que agora tentam
conseguir dinheiro pela devolução das vítimas. Os criminosos costumam usar
motocicletas e se movimentar em grandes grupos pelas florestas da região,
dificultando a ação da polícia.( Fonte A Referencia Noticias Internacional)
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