É a primeira vez que casos suspeitos
da misteriosa anomalia são relatados em um estado membro da OTAN.
Dois
diplomatas dos Estados Unidos na Alemanha buscaram atendimento médico após
manifestarem sintomas compatíveis com os da “Síndrome de Havana”,
que consiste em uma alteração das funções cerebrais que gera dor de cabeça,
enjoo, tontura e prejuízos à audição. É a primeira vez que casos suspeitos da
misteriosa anomalia são relatados no país. A informação foi dada nesta
quarta-feira (18) pelo jornal “The Wall Street
Journal”.A reportagem relata que incidentes parecidos já haviam sido
registrados recentemente por autoridades norte-americanas em outros países da
Europa, sobretudo na Áustria. Um relatório aponta que oficiais de inteligência
e diplomatas acometidos pelo distúrbio trabalham com temas ligados à Rússia, entre eles segurança
cibernética, exportação de gás e questões de interferência política.
Na quarta, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão declarou
em coletiva que sabia do ocorrido, mas não tinha mais informações.Se
confirmados os casos, será a primeira vez que sintomas da Síndrome de Havana
são relatados em um estado membro da OTAN (Organização do
Tratado do Atlântico Norte), que hospeda tropas americanas e armas nucleares.Em
julho, a revista norte-americana The New Yorker relatou
mais de 20 casos envolvendo diplomatas, oficiais de inteligência e outros
funcionários públicos em Viena,
na Áustria. Um diplomata norte-americano em Berlim teria
retornado mais cedo aos EUA devido aos sintomas, mas não é possível concluir
ter se tratado da “Síndrome de Havana”.Mais recentemente, casos têm surgido em
diversas partes do mundo, com maior incidência na Europa e na Ásia. O problema
atingiu sobretudo oficiais da CIA (Agência Central de Inteligência, da sigla em
inglês), mas também foram reportados casos envolvendo funcionários do FBI
(Serviço Federal de Investigação, da sigla em inglês) e dos Departamentos de
Defesa e Estado. Por
que isso importa? Os primeiros casos foram
identificados em 2016, em Cuba,
daí o nome “Síndrome de Havana”, sendo as vítimas diplomatas e
outros funcionários de Washington que relataram os sintomas após ouvirem
estranhos sons agudos e graves. Foram reportadas alterações auditivas, de
equilíbrio e cognitivas, além de concussão. Embora o caso ainda esteja cercado
de incertezas e os cientistas não tenham uma posição conclusiva sobre a
condição, um relatório das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e
Medicina dos EUA aponta que
algumas das lesões cerebrais observadas eram consistentes com os efeitos da
energia de microondas direcionada. O tema vem sendo estudado na Rússia.( Fonte
A Referencia Noticias Internacional)
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