Previsão é de que 225 mil das 577 mil urnas usadas nessas eleições sejam do modelo atualizado, com novos dispositivos de segurança.
O TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) já recebeu 127 mil novas urnas
eletrônicas para as eleições de 2022, informou a Corte.
Outras 4,5 mil estão em trânsito, ou seja, a caminho dos depósitos da Justiça
Eleitoral. Em dezembro do ano passado, o TSE informou que 225
mil novos equipamentos seriam entregues até julho deste
ano.Ao todo, serão 577.125 urnas
à disposição nas próximas eleições – quase metade é do
modelo novo, com novos dispositivos de segurança.
As mais antigas receberam um hardware para torná-las mais seguras — elas
poderão executar apenas programas desenvolvidos pela equipe do tribunal. Os
equipamentos novos foram adquiridos pelo TSE por meio de uma licitação. A
empresa Positivo Tecnologia, responsável por fabricar as
novas máquinas, foi escolhida em outubro do ano passado. A
mudança ocorreu para incluir medidas de segurança e de celeridade. De acordo com levantamento feito pela Corte, a pedido do R7, outras 16 mil
urnas serão entregues antes do primeiro turno das eleições. Ao todo, 577 mil
peças serão distribuídas aos estados para as eleições de 2022. Dessas, 225 mil
fazem parte da nova remessa e são do modelo EU2020. As alterações em relação
aos modelos anteriores estão na placa-mãe do equipamento eletrônico. O
processador, do tipo SOC (System on a Chip), é dezoito vezes mais rápido que o
modelo 2015. O projeto da urna eletrônica é 100% nacional e já foi exportado
para mais de 50 países. Por conta disso, a Secretaria de Tecnologia do TSE
acompanha os novos equipamentos. A expectativa é de que o registro do voto e a
apuração da eleições devem ficar mais rápidos em razão da velocidade de
processamento dos novos modelos. Voto
eletrônico A primeira votação com a urna eletrônica no Brasil ocorreu em
1998. Desde então, os modelos das urnas foram atualizados 11 vezes, com a
compra de novos equipamentos. A última aquisição foi em 2020. Mesmo com modelos
mais antigos, ainda é possível atualizar o software, ou seja, o programa que
roda no equipamento para computar os votos. Neste ano, as peças mais antigas
são de 2009. Para máquinas mais antigas que isso não é possível atualizar o
sistema com as novas medidas de segurança, por isso o uso foi descartado. A
atualização ocorre para evitar fraudes e rebater críticas ao sistema. O
presidente Jair Bolsonaro tem repetido de maneira reiterada que os equipamentos
não são seguros e que ocorreram irregularidades nas votações anteriores. O
jurista Marcellus Ferreira Pinto, especialista em direito eleitoral, explica
que o envio dos equipamentos segue critérios lógicos. "A distribuição das
urnas é feita de acordo com o número de seções eleitorais de cada região,
atendendo critérios administrativos determinados pela Justiça Eleitoral",
explica.Ele destaca que contestar o resultado das eleições não é um fenômeno
novo, embora seja perigoso para a democracia. “O resultado de uma eleição
sempre será contestado por quem perdeu, e esse fenômeno não é restrito às
eleições brasileiras. Contudo, a participação de entidades e organismos
estrangeiros e independentes pode trazer mais legitimidade ao pleito. Isso
dependerá dos poderes fiscalizatórios atribuídos a tais entidades pela Justiça
Eleitoral”, completa.( Fonte R 7 Noticias Brasília)
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