General Rustam Minnekayev deu declaração que confirma
desejo de Moscou do controle do Donbass, Mariupol e outras regiões.
A Rússia anunciou nesta sexta-feira (22) que pretende controlar
todo o sul e o leste da Ucrânia, após quase dois meses de uma ofensiva que
colocou suas tropas na mira da ONU por possíveis "crimes de guerra".
"Desde o início da segunda fase da operação especial, um dos objetivos do
Exército russo é estabelecer o controle total sobre o Donbass e o sul da
Ucrânia", disse o general Rustam Minnekayev, subcomandante das forças do
distrito militar do centro da Rússia. "Isso permitiria garantir um
corredor terrestre até a Crimeia", acrescentou, a respeito da península
ucraniana que Moscou anexou em 2014.
A conquista do sul da
Ucrânia também ajudaria os separatistas na região moldava da Transnístria,
"onde também vemos casos de opressão da população de língua russa",
disse o oficial. O governo pró-Ocidente da Moldávia convocou imediatamente o
embaixador russo e expressou "profunda preocupação" com essas
declarações. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, lançou a ofensiva
contra a Ucrânia em 24 de fevereiro, em nome da defesa da população de língua
russa no leste do país. A agonia de
Mariupol Putin reivindicou na quinta-feira (21) a captura da estratégica cidade de
Mariupol, no sudeste, após quase dois meses de combates,
embora o vasto complexo industrial de Azovstal siga sob controle da resistência
ucraniana. As autoridades estimam que cerca de 20 mil pessoas morreram em
Mariupol devido a bombardeios ou falta de água, comida e eletricidade no auge
do inverno. Putin afirmou que garantiria a vida de "militares ucranianos,
combatentes nacionalistas e mercenários estrangeiros se depusessem suas
armas", mas que o governo ucraniano "não autoriza essa
possibilidade". O Ministério da Defesa russo disse, por outro lado, que
está disposto a concordar com uma trégua humanitária naquela área e dar aos
civis a opção de ir para territórios sob controle russo ou ucraniano. O chefe
da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, lamentou que a Rússia não
esteja respondendo aos esforços da Ucrânia para buscar uma solução diplomática
para a evacuação de civis. Mas Putin
garantiu, por sua vez, que os líderes europeus apostam numa solução militar
para o conflito. Suposto referendo Com o conflito
concentrado no leste e sul, nas proximidades de Kiev as autoridades prosseguem
com os trabalhos de exumação e análises forenses dos cadáveres encontrados em
várias cidades após a retirada das tropas russas.Uma fonte do governo informou
que os necrotérios da região de Kiev receberam 1.020 corpos de civis.
"Tudo está sendo investigado", declarou Oleksandr Pavliuk, comandante
militar da região. Em vídeo divulgado na quinta-feira à noite, Zelenski também
acusou a Rússia de preparar um referendo nas zonas sob seu controle em Kherson
e Zaporizhzhia, no sul, para pressionar os moradores a fornecer os dados
pessoais às forças invasoras."É para falsificar um suposto referendo sobre
sua terra se a ordem de organizar essa paródia chegar de Moscou",
advertiu.Em 2014, um referendo desse tipo, denunciado como inválido por Kiev e
pelas potências ocidentais, justificou a anexação russa da Crimeia.
Posteriormente, os rebeldes pró-Moscou de Donetsk e Lugansk utilizaram votações
similares para proclamar sua independência.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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