Vencer ou perder. Essa é
uma questão que aflige os seres humanos ao longo de toda a vida. Nossas ações
são, quase sempre, focadas nos resultados que serão alcançados e vivemos a
apreensão de nos posicionarmos socialmente como vencedores ou perdedores.
É uma dualidade
até certo ponto cruel, se levarmos em conta que o futuro não depende apenas das
escolhas, mas da forma como caminhamos até o momento em que precisamos tomar
decisões. E não apenas isso: ainda existe o contexto, a estrutura familiar, as
experiências, a cultura e muitas outras variáveis que nos tornam indivíduos
cujas histórias podem até ser similares, mas jamais serão idênticas. Vencedor
ou perdedor são conceitos que ultrapassam os requisitos apresentados pela
sociedade moderna e estão muito mais relacionados ao sentimento pessoal de
conquista ou fracasso.Uma mãe que consegue sustentar, orientar e educar seus
filhos pode se considerar uma vencedora mesmo que sua vida profissional esteja
dentro dos padrões básicos da maioria das pessoas. Por outro lado, uma mulher
em situação semelhante pode sentir-se um fracasso caso não consiga alcançar
seus objetivos profissionais. São perspectivas diferentes, assim como é o
sentimento de autorrealização. Nesse contexto, a Bíblia apresenta-nos algumas
características que diferenciam vencedores e perdedores no que se refere a
posturas diante da vida. Ao cometer erros, por exemplo, o vencedor admite e se
arrepende, enquanto o perdedor exime-se da culpa e da responsabilidade. “Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1:9). Pode parecer algo simples, mas
nesse gesto reside o reconhecimento como ser humano falho e pecador, assim como
a consciência de que o aprendizado acontece independente de acertos ou
equívocos.Outro ponto ressaltado pelas Escrituras é a forma de posicionar-se
diante de situações que requeiram respostas objetivas. O vencedor sabe como
dizer “sim” e “não”, enquanto o perdedor não possui essa habilidade/sabedoria –
“Seja, porém, o vosso falar: sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do
Maligno” (Mt 5:37). E mais, posicionar-se diante de um questionamento está
intimamente relacionado à segurança que se tem diante da vida e de quem se é. Uma
pessoa segura de suas crenças, convicções e responsabilidades enfrenta e supera
os problemas – “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses
4:13) -, sabe escutar – “Responder antes de ouvir, é estultícia e vergonha” (Provérbios
18:13) – e explica sem a intenção de justificar – “E sabemos que todas as
coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Se as promessas fazem parte da rotina de um
perdedor, os compromissos assumidos e honrados são a prática dos vencedores –
“Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se
agrada de tolos. O que votares, paga-o” (Eclesiastes 5:4)Enfim, nos detalhes do
comportamento de uma pessoa é possível identificar a visão que ela possui de si
mesma e da importância de sua interação com outras pessoas. O verdadeiro
cristão precisa sentir-se e apresentar-se como um ser humano que, a despeito
das dificuldades, desafios, decepções e até mesmo das derrotas, sabe que a vida
é uma batalha pessoal de uma guerra já vencida pelo sacrifício de Jesus na cruz
e, por isso, “em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele
que nos amou” (Romanos 8:37).( Fonte Jornal Contexto Noticias Goiás)
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