Moradores de SP e MG se vacinam contra a covid no Rio de Janeiro.
No total, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde carioca,
3.400.526 pessoas já se vacinaram no município.
A designer carioca Denise, de 56
anos, mora em São Paulo desde o início de 2020, mas se vacinou contra a covid-19 na quarta-feira, no Jardim Botânico, zona sul do Rio.
Naquele momento, o calendário de vacinação da cidade estava mais de um mês à
frente do da capital paulista e Denise já tinha a viagem programada para
visitar a mãe. Outras 14,7 mil (0,43%) pessoas que vivem no estado de São Paulo
fizeram como a designer. No total, segundo dados da Secretaria Municipal
de Saúde do Rio, 3.400.526 indivíduos já se vacinaram na capital carioca. Desse
número, 10,71% vieram de outras cidades. A maioria do próprio Estado, 8,22%, e
os demais das outras unidades da federação. São Paulo só perde para
Minas. Foram 16,1 mil (0,47%) moradores do Estado vizinho que também resolveram
se vacinar no Rio. "A espera (pela vacina) é muito angustiante; várias
pessoas estão fazendo isso", explicou Denise. "Vários amigos cariocas
que vivem em São Paulo, mas que têm família no Rio, acabaram se vacinando por
aqui mesmo." Não se trata exatamente de um turismo de vacina, como já está
acontecendo nos Estados Unidos e em alguns outros países onde a imunização está
mais avançada. Na maioria dos casos, são pessoas que circulam na cidade por
motivos de trabalho ou familiares. Para o secretário municipal de Saúde, Daniel
Soranz, não há motivo para coibir essemovimento. "Não é o que a gente
recomenda. O ideal é que as pessoas se vacinem perto de suas casas",
ressaltou o especialista em saúde pública. "Mas não estamos cobrando
nenhum comprovante de residência. A nossa migração não é muito alta, está na
faixa dos 10%, a maioria vinda dos municípios vizinhos. Se por acaso tivermos
uma migração muito maior, podemos pedir uma compensação (de doses) ao
Ministério da Saúde." A ideia, segundo o secretário, é justamente não
burocratizar o processo de vacinação. No Rio, basta apresentar o CPF para se
vacinar. Até a semana que vem, a cidade já estará imunizando pessoas de 50 anos
sem comorbidades - com o adiantamento do calendário anunciado ontem pelo
governador João Doria (PSDB), o mesmo deve ocorrer em São Paulo. No Rio, a
secretaria também adiantou a imunização de profissionais de saúde, o que não
foi feito em todas as cidades. No caso dos professores, no entanto, o posto de
saúde exige a apresentação de certificado profissional. "Eu moro em São
Paulo há três anos, mas sou carioca", explicou o professor Diógenes da
Silva Severino, de 31 anos. "Mesmo morando em São Paulo, tenho um trabalho
de abrangência nacional, atendo escolas no Rio, em Minas, no Rio Grande do Sul.
Por isso, consegui ser vacinado no Rio. Até ontem, pelo menos, ia demorar muito
mais em São Paulo. Mas agora acho até que já adiantaram o calendário por lá
também."( Fonte R 7 Noticias Brasil)