Forças da ONU são impedidas de
acessar áreas voláteis do Sudão do Sul.
Soldados de paz têm acesso a estados
bloqueados enquanto violência intercomunitária aumenta, diz chefe da Unmiss.
O
governo do Sudão do Sul bloqueou
a entrada das forças de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) em diversas
áreas do país, afirmou o novo chefe da Unmiss (Missão das Nações Unidas no
Sudão do Sul), Nicholas Haysom. Em entrevista à emissora VOA (Voice
of America), Haysom relatou que os soldados de manutenção da paz não podem
patrulhar os estados de Equatória
Ocidental e Bahr al-Ghazal Ocidental devido à “falta de
consentimento” de Juba. Segundo ele, as tropas chinesas da Unmiss não puderam
viajar à aldeia de Lobonok em setembro. Civis permaneceram dias sob ataque das
forças sul-sudanesas e dos rebeldes da Frente de
Salvação Nacional. A proibição desrespeita o acordo firmado em 8 de
agosto de 2011, que permitiu às forças da ONU operar no Sudão do Sul – o que
inclui a operação dos soldados de paz. “Esse tem sido um problema que já
tratamos com o país anfitrião há algum tempo”, disse Haysom. “Agora podemos
chegar a até 90% do país desde que sigamos uma rota particular, que não é a
abordagem baseada em autorização, mas em notificação”. O afastamento das forças
de paz colabora para que a violência intercomunitária se espalhe em Equatória
Ocidental. Outros estados, como Jonglei,
Warrap e Lakes, também enfrentam uma intensa onda de violência. Missão
estratégica Agora, a missão pretende desenvolver
uma estratégia de três anos para evitar o retorno à guerra civil através do
Conselho de Segurança da ONU. O primeiro passo é intensificar as
patrulhas entre Juba e Nimule para impedir ameaças à principal
rota de abastecimento entre o Sudão do Sul, Uganda e Quênia. Pelo
menos 14,5 mil soldados foram nomeados por António Guterres no
início do ano para a operação, além de outros 2 mil policiais sul-sudaneses.
Ainda assim, Haysom reitera o Estado é responsável pela proteção dos civis. “A
ONU só preenche o vazio não atendido pelo país anfitrião”, disse.
“Desempenhamos um papel suplementar, especialmente se [o estado] for incapaz ou
incapaz de fazê-lo”. A chance para impor a ordem no país é através da
negociação – e não intervenção
militar. “Os acordos políticos entre as comunidades são mais
eficazes do que as armas e a pólvora necessária para pôr fim à violência
intercomunitária”, pontuou.( Fonte A Referencia Noticias
Internacional)
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