Prefeito de Moscou decreta vacinação obrigatória na cidade.
Todos trabalhadores do setor de serviços terão que ser imunizados depois
de aumento de casos de covid-19.
O prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, advertiu
nesta quarta-feira (16) para uma evolução "dramática" da pandemia da covid-19 na
capital russa, motivo pelo qual decretou a vacinação obrigatória de todos os
empregados do setor de serviços. "A situação do coronavírus continua sendo
dramática", afirmou Sobianin em uma mensagem em seu blog, depois que as
autoridades anunciaram hoje 5.782 novos casos e 75 mortes por covid-19 nesta
cidade, nas últimas 24 horas. "Temos de fazer de tudo para implantar o
mais rápido possível uma vacinação em massa e deter esta terrível doença e pôr
fim à morte de milhares de pessoas", completou. As autoridades sanitárias
de Moscou relataram um aumento constante de novos casos da covid-19 nas últimas
semanas. Este quadro levou o prefeito a decretar férias na semana vigente para
reduzir a mobilidade e tentar reverter a situação. Com cerca de 12
milhões de habitantes, a cidade registra 12 mil pessoas internadas por
covid-19. É o epicentro da atual onda da epidemia que assola a Rússia, o sexto
país com mais infecções no mundo. "A mortalidade está nos níveis dos picos
de final de 2020", quando a Rússia enfrentou uma segunda onda mortal do
vírus, afirmou Sobianin. Em Moscou, apenas 1,8 milhão de pessoas foram
vacinadas, apesar dos esforços das autoridades. Em dezembro passado, foi
lançada uma campanha de imunização em massa com seu fármaco Sputnik V, descrito
pelo presidente Vladimir Putin como o melhor do mundo. Na semana passada, o
prefeito Sobianin anunciou que todos os moscovitas que tiverem recebido pelo
menos uma dose da vacina participariam de um sorteio para ganhar um
carro. A obrigatoriedade da vacina no setor de serviços de Moscou é uma
novidade na Rússia e se opõe às declarações de Putin. Apesar de encorajar seus
habitantes a se vacinarem, o presidente foi contrário a sua imposição. Até
agora, apenas 19 milhões de russos, menos de 13% da população, receberam pelo
menos uma dose, segundo a contagem feita pelo site Gogov, que reúne dados das
regiões e da imprensa local na ausência de uma estatística nacional oficial. Segundo
uma pesquisa realizada em abril passado pelo instituto independente Levada,
mais de 60% dos russos não querem se vacinar.( Fonte R 7 Noticias Internacional
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