De acordo com a UNICEF, uma em cada 30 crianças e adolescentes já foi vítima de cyberbullying: psicóloga dá dicas para lidar com o tema em família
A “Cultura
do Cancelamento” tornou-se um fenômeno muito presente nas redes sociais e
popularizado pelas dinâmicas dos reality shows. Nesse contexto, o consumo
online crescente vem acompanhado de um aumento no bullying virtual, mais
conhecido como cyberbullying. De acordo com a UNICEF, uma em cada 30 crianças e
adolescentes em 30 países já foi vítima e as redes sociais foram o espaço
virtual com mais casos de violência. Pensando nesse excesso de vulnerabilidade
que encontramos hoje, o que pode ser feito para minimizar esse tipo de
situação? Conversamos com a Dra. Marihá Lopes, psicóloga especialista
em Terapia Cognitivo-Comportamental, EMDR, Psicologia Social e pioneira no uso
da realidade virtual no tratamento de ansiedade e fobias no Brasil, que dá
algumas dicas para as famílias. 1 – De olho no que é acessado: os adolescentes
são impulsivos por natureza, logo o cuidado precisa ser mais presente. Fique de
olho no que é consumido por eles, tente entender o que eles estão acessando e
mantenha o diálogo aberto dentro de casa para debater assuntos atuais. 2 –
Esteja atento a mudanças comportamentais: os adolescentes e as crianças
costumam mudar seus comportamentos quando passam por situações difíceis de
serem enfrentadas. Então, se seu filho sempre foi extrovertido e do nada fica
mais introspectivo ou violento, preste atenção! Pode ser que algo esteja
acontecendo e ele não saiba como falar ou pedir ajuda. Por isso, a comunicação
dentro de casa é fundamental. 3 – Rede de apoio: se, mesmo com o diálogo mais
próximo, seu filho ainda estiver diferente, vale a pena buscar ajuda
profissional. O psicólogo e o psiquiatra podem ser bons aliados nesse momento.
No atendimento psicológico, o jovem poderá se abrir e expor o que está
acontecendo e, a partir disso, pode-se montar estratégias em seu cotidiano. A
participação da família é um fator muito importante para implementar algumas
das estratégias. 4 – Aceitação e acolhimento: sabemos que os jovens buscam
fazer parte de grupos e serem aceitos, mas será que é preciso estar em
situações de extrema exposição para passar a ser alguém no grupo? Com tantos
debates sobre direitos e aceitações, vale a pena levar para a roda de conversa
familiar esses excessos de exposições online e buscar equilíbrio na vida desses
jovens. Afinal, a vida, de verdade, acontece no offline.( Fonte Jornal Contexto
Noticias)
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