Nos bastidores, petistas comentam que há um incômodo de
setores do partido com a composição da equipe de Alckmin.
Nos bastidores da transição
do governo federal, petistas estão se queixando da falta de
espaço do partido na equipe. "O PT vai sempre disputar espaços internos,
porque senão a 'direitona' do centrão vai querer dominar", disse uma
pessoa do grupo. "Isso deve ocorrer até a definição dos ministros, que vai
ser no início de dezembro", completou.Outro membro do PT disse ao R7 que
"há um debate interno pela ocupação dos espaços", mas que o clima é
"de absoluta normalidade" na legenda. Atendendo a reclamações,
"o número de grupos temáticos já foi ampliado de 28 para 31",
informou a fonte. Sob a coordenação de Geraldo
Alckmin (PSB), a equipe conta com 12 partidos além do PT. São
eles: Agir, Avante, MDB, PCdoB, PDT, Pros, PSB, PSD, PSOL, PV, Rede e
Solidariedade. Os grupos foram divididos nas seguintes áreas temáticas:
agricultura, pecuária e abastecimento; assistência social; centro de governo;
cidades; ciência, tecnologia e inovação; comunicações; cultura; defesa;
desenvolvimento agrário; desenvolvimento regional; direitos humanos; economia;
educação; esporte; igualdade racial; indústria, comércio e serviços;
infraestrutura; inteligência estratégica; justiça e segurança pública; meio
ambiente; minas e energia; mulheres; pesca; planejamento, orçamento e gestão;
povos originários; Previdência Social; relações exteriores; saúde; trabalho;
transparência, integridade e controle; e turismo. O governo eleito tem direito
a 50 cargos comissionados para levantar informações e preparar os primeiros
atos da próxima gestão. O número de voluntários é ilimitado. O período
de transição, regulamentado pela lei 10.609/2002 e pelo decreto 7.221/2010,
objetiva dar condições para que o candidato eleito possa receber de seu
antecessor todos os dados e informações necessários à implementação do programa
do novo governo. Os membros da equipe de transição devem ter acesso às
várias informações relacionadas às contas públicas, aos programas e aos
projetos. O grupo é supervisionado por Geraldo Alckmin, a quem compete
requisitar as informações dos órgãos e das entidades da administração pública
federal. Geralmente, o coordenador da equipe de transição é nomeado ministro
posteriormente. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no
entanto, negou nessa quinta-feira (10) que o vice se tornará titular de alguma
pasta. Em 2018, quando o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL),
ganhou as eleições, ele havia nomeado Onyx Lorenzoni (PL) para assumir a
função. Após a posse presidencial, o aliado se tornou ministro-chefe da Casa
Civil. Na transição do governo Bolsonaro para o mandato de Lula, compete à Casa
Civil, chefiada atualmente por Ciro Nogueira (PP), disponibilizar aos membros
da equipe de transição local a infraestrutura e o apoio administrativo
necessários ao desempenho das atividades. As instalações do Centro Cultural
Banco do Brasil (CCBB) de Brasília foram o palco de trabalho da equipe de
transição do ex-presidente Michel Temer (MDB) para Bolsonaro, em 2018, e
funcionam como espaço para a transição para o governo Lula neste ano. O espaço
fica a cerca de