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quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Trânsito mata mais que crime de homicídio no Brasil em virtude da falta de maior controle.

 

O consumo de substâncias como álcool e drogas por parte de condutores agrava a situação e resulta em uma incontável lista de problema sociais.   

Em média, de oito a doze pessoas são presas em flagrante quando da realização das barreiras móveis, ou blitzen, ações desenvolvidas nos finais de semana (de sexta-feira para sábado, preferencialmente) pela Polícia Civil, através da Delegacia Especializada de Infrações de Crimes de Trânsito do Município, sob o comando do Delegado Manoel Vanderic Correa Filho. Este trabalho impede que as consequências destas infrações se desdobrem para casos mais graves, como acidentes, ferimentos, lesões corporais e, em algumas situações, óbitos. Isto, sem contar os prejuízos materiais. As abordagens são em número muito maior e, quase sempre, resultam na aplicação de fianças, recolhimento dos veículos e outras penalizações. Leia também: Homem é preso e investigado por estupro a uma criança de 11 anos Na comparação com cidades do mesmo porte, Anápolis estaria em situação pior, caso não houvesse a incansável insistência nesse serviço sistemático da Policia Civil que, por sinal, poderia ser mais amplo, por exemplo, durante todos os dias da semana. Só que, a estrutura disponível não permite. Cada motorista bêbado, ou, drogado, impedido de seguir viagem, é um risco a menos para a comunidade. As estatísticas mostram que o trânsito brasileiro resulta em uma das maiores causas de mortes evitáveis no Brasil. Supera, até mesmo, homicídios por armas de fogo em 13 estados e no Distrito Federal. Dados recentes do Atlas da Violência 2024, em estudo da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego do Rio Grande do Sul, revelam que, em 2022, foram registradas 34.892 mortes no trânsito, enquanto os homicídios por arma de fogo somaram 33.580. Números assustadores Estes dados alarmantes demonstram que a insegurança no trânsito é uma epidemia silenciosa que precisa ser tratada com a mesma seriedade do combate à violência. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as mortes no trânsito não são acidentes, mas, sim, uma crise de saúde pública mundial. E, a resposta para essa crise passa, entre outros fatores, pelo aumento da fiscalização e pelo controle rígido sobre o uso de substâncias psicoativas por motoristas. “O exame toxicológico é uma ferramenta essencial para mudar o alarmante cenário de insegurança no trânsito brasileiro. Ele não, apenas, ajuda a identificar e retirar das estradas motoristas sob o efeito de substâncias psicoativas, principalmente bebidas alcoólicas, mas, também, atua preventivamente e impede acidentes evitáveis”, destaca Pedro Serafim, presidente da Associação Brasileira de Toxicologia. Questão de saúde Estudos recentes mostram que o endurecimento da política de exames toxicológicos no Brasil já apresenta resultados positivos. Com mais de um milhão e 200 mil motoristas positivados e 350 mil removidos das estradas desde 2016, a medida tem contribuído, diretamente, para a redução de sinistros no trânsito. “A conformidade com essa obrigação legal não apenas protege empresas e motoristas de sanções, mas, também, contribui significativamente para a segurança viária e a preservação da vida humana”, completa o estudo. O exame toxicológico periódico deve ser realizado a cada dois anos e seis meses por todos os motoristas que tenham CNH nas categorias C, D e E. Sua principal finalidade é garantir que o condutor continue habilitado com a CNH regular e livre do uso de substâncias psicoativas. Não realizar o exame no prazo estipulado acarreta em infração gravíssima, com multa de R$1.467,35, sete pontos na CNH e suspensão do direito de dirigir por três meses. (Fonte Jornal Contexto Noticias GO)

 

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