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quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Entenda a relação entre as mudanças climáticas e o aumento da dengue.

 

Em sessão recente do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana (Opas) em Washington DC, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, defendeu que os desafios representados pela mudança do clima devem estar no centro da agenda de saúde coletiva.

As alterações no clima têm afetado as condições de saúde em todo o mundo e, uma das consequências disso, é o aumento nos casos de arboviroses não somente no Brasil, mas em diversos locais. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente, a dengue é considerada endêmica em mais de 130 países. Por isso, em acordo com os principais órgãos de saúde internacionais, o Ministério da Saúde tem investido em ações preventivas para reduzir os casos da doença e mitigar os efeitos da crise climática na saúde da população. Dengue nas Américas Um dos efeitos do aquecimento global é o aumento na temperatura, nas chuvas e na umidade, o que cria condições para que os mosquitos que transmitem arboviroses prosperem mais rápidos e em novos locais, além dos países com clima tropical ou subtropical. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 2023, surtos de dengue foram observados pela primeira vez em locais como Afeganistão, Paquistão, Sudão, Somália e Iêmen, e a transmissão local passou a ocorrer na Espanha, Itália e França.  Na região das Américas, dados da Opas apontam que cerca de 500 milhões de pessoas correm o risco de contrair dengue.  Em seu último alerta epidemiológico sobre a doença, a instituição apontou que, nas Américas, o número de casos nos seis primeiros meses de 2024 excedeu o número de casos notificados anualmente em comparação a todos os anos anteriores. Plano de redução dos impactos das arboviroses para diminuir os números de casos e óbitos por dengue, chikungunya, zika e oropouche no próximo período sazonal no Brasil, o Governo Federal lançou o Plano de ação para redução dos impactos das arboviroses. O documento foi construído com a participação de pesquisadores, gestores e técnicos dos estados e municípios, além de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato direto com as comunidades e que conhecem de perto os desafios em cada região do país, com atenção às regiões de maior vulnerabilidade social.  Guia sobre efeitos das mudanças climáticas na saúde O Ministério da Saúde lançou ainda um guia de bolso sobre mudanças climáticas voltado para profissionais do setor. Esta é a primeira vez que a pasta pública um material específico para os profissionais com relação às mudanças climáticas e os efeitos em saúde. O guia será entregue aos trabalhadores do SUS e está disponível no portal da pasta. Leia também: ARM flagra mais uma suposta captação irregular no Piancó O objetivo do guia é facilitar o atendimento dos médicos, enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e outros profissionais com acesso rápido às informações para que as orientações aos pacientes sejam feitas com mais segurança. O material é uma adaptação de uma publicação da Opas com a linguagem e as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).  Sala de Situação Nacional Em agosto, o Ministério da Saúde criou a Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde. Coordenada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), o mecanismo é uma ferramenta de gestão para planejar respostas às emergências como secas prolongadas, escassez de água, queimadas e outras ocorrências relacionadas ou agravadas pela mudança do clima. O objetivo é planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas em momentos de urgência. Com informações do Ministério da Saúde.(Fonte Jornal Contexto Noticias GO)

 

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