Ex-presidente foi detido após a tentativa fracassada de
um autogolpe de Estado com o fechamento do Congresso do país.
Um tribunal do Peru ratificou, nesta
quinta-feira (29), a prisão preventiva de 18 meses para o ex-presidente Pedro
Castillo, que está detido em uma prisão policial após a tentativa fracassada de
dar um autogolpe de Estado em 7 de dezembro."A Corte Suprema ratificou a
resolução que determinou 18 meses de prisão preventiva contra o ex-presidente
Pedro Castillo, investigado pelo crime de rebelião (alternativamente,
conspiração para rebelião) em agravo ao Estado", indicou o Poder
Judiciário no Twitter nesta quinta. A ordem de prisão para Castillo já havia
sido emitida por um tribunal em 15 de dezembro, mas a defesa do ex-presidente
recorreu e pediu que a mesma fosse revogada, por considerá-la injusta. "Peço
o fim do ódio e solicito minha liberdade por ser um direito justo. Jamais
cometi crime de rebelião", disse Castillo, durante uma audiência virtual
na quarta-feira (28)."Senhor juiz, eu não cometi nenhum delito de
conspiração, mas quem sim conspirou foi o Congresso e outras instituições com a
finalidade de armar um plano para a queda do meu governo através de sucessivos
pedidos de vacância e outras artimanhas", acrescentou o ex-presidente. Castillo,
um professor rural e líder sindical de esquerda, disse estar incomunicável e
pediu ao juiz autorização de acesso a um telefone para se comunicar com a
esposa e os dois filhos, que partiram para o exílio no México na semana
passada.O ex-presidente foi destituído constitucionalmente pelo Congresso e
está recluso sob condições legais e sem complicações físicas, segundo a
Defensoria do Povo, que o visitou há uma semana junto de uma equipe da CIDH
(Comissão Interamericana de Direitos Humanos).Castillo, de 53 anos, é
investigado pelos crimes de rebelião e conspiração por tentar fechar o
Congresso, intervir nos poderes e governar por decreto, uma manobra que não
teve respaldo institucional.A polícia o prendeu horas depois da destituição do
ex-presidente, quando ele tentava chegar à embaixada do México para pedir
asilo. A vice-presidente, Dina Boluarte, assumiu o governo. A queda de Castillo
provocou protestos violentos que já deixaram 22 mortos e mais de 600 feridos em
enfrentamentos com as forças de segurança. Os manifestantes pedem a renúncia de
Boluarte, o fechamento do Congresso e a antecipação das eleições para 2023.Em
uma tentativa de mitigar a crise, há uma semana o Congresso aprovou antecipar o
pleito de 2026 para abril de 2024.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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