Casos da doença vêm disparando na Europa, que está sendo
considerada atualmente o epicentro da pandemia no mundo.
A Áustria iniciou seu quarto lockdown nacional nesta
segunda-feira (22) para tentar conter a Covid-19,
e dezenas de milhares de pessoas, muitas delas apoiadoras da extrema-direita,
protestaram em Viena contra a retomada de restrições à circulação enquanto a
Europa volta a se tornar o epicentro da pandemia de coronavírus.O governo
austríaco também anunciou que tornará a vacinação obrigatória a partir de 1º de
fevereiro no país, onde muitos são profundamente céticos a respeito das
imunizações, uma visão estimulada pelo Partido da Liberdade de extrema-direita,
o terceiro maior do Parlamento austríaco. As ruas de Viena estavam mais
tranquilas do que o normal nesta segunda-feira, quando terraços de cafés
ficaram vazios e a maioria das lojas permaneceu fechada.Cerca de 40 mil pessoas
protestaram pacificamente na capital austríaca no sábado, e somente seis foram
presas, mas protestos contra a reativação de restrições concebidas para impedir
uma nova disseminação da Covid-19 se tornaram violentos na Bélgica e na Holanda
durante o final de semana. Os mercados de ações começaram a semana com uma
postura cautelosa depois de registrarem uma segunda queda semanal consecutiva,
e o euro passou apuros nas mãos de negociadores que pesam os riscos de novos
lockdowns."O problema na Europa é a disseminação da Covid-19, que
significa que mais lockdowns e outras restrições de saúde em parte contra os
não-vacinados devem aumentar rapidamente nas próximas duas semanas", disse
Sebastian Galy, estrategista da Société Générale."Isto, por sua vez, deve
ter um impacto negativo em alguns serviços e impactar negativamente o
crescimento." Cerca de 66% da população da Áustria está totalmente
vacinada contra a Covid-19, uma das taxas mais baixas da Europa Ocidental.Restaurantes,
cafés, bares, teatros, comércios não-essenciais e cabeleireiros não poderão
abrir as portas durante 10 dias, e talvez até durante 20, diz o governo.Os mercados
natalinos, um grande chamariz de turistas que tinha acabado de abrir, também
precisam fechar, mas uma mudança de última hora permitiu que os teleféricos de
esquiadores fiquem abertos para os vacinados.Mas os hotéis fecharão para
turistas ainda não hospedados quando o lockdown começar."É uma situação na
qual temos que reagir agora", disse o ministro da Saúde, Wolfgang
Mueckstein, à ORF TV na noite de domingo. "Um lockdown, um método
relativamente duro, uma marreta, é a única opção para diminuir os números (de
infecções) aqui."( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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