Não entrar no mar se estiver alcoolizado e designar uma pessoa para
acompanhar as crianças são medidas básicas.
O estado de São Paulo teve 3,1
mil afogamentos em 2022, um aumento de 11,7% em relação ao ano anterior, quando
ocorreram 2,8 mil casos. Os dados são dos bombeiros e chamam a atenção para os
riscos existentes em locais como praias e psicinas, que ficam cheios neste
época do ano, e para os cuidados que devem ser tomados. A maior dos casos se
deu nas praias do estado. Apenas nas cidades do litoral ocorreram 2,3 mil
afogamentos em 2022. Segundo os bombeiros, isso ocorre em razão da imprudência,
como o ato de frequentar a praia embriagado, sendo este o principal agravante
dos afogamentos. Há ainda outros fatores como o desrespeito aos alertas de
perigo, o uso de flutuadores no mar, como colchões infláveis, e as brincadeiras
de risco dentro de áreas com maior profundidade. Segundo o capitão André Elias,
porta-voz dos bombeiros, pessoas não acostumadas a ambientes como praias fazem
viagens de "bate e volta" nesta época do ano e não se atentam a
cuidados básicos. Além de não entrar no mar se estiver alcoolizado, é
importante acompanhar a diversão das crianças e respeitar as sinalizações
existentes nas praias e as recomendações dos guarda-vidas, explica André Elias.
Confira algumas dicas para evitar afogamentos: • Designe uma pessoa específica
para tomar conta de crianças. Essa pessoa deve, por exemplo, reduzir o consumo
bebida alcoólica e se concentrar nos cuidados dos pequenos • Não confie na
falsa impressão de segurança que os pais têm com o uso de boias e com a
presença de outros banhistas conhecidos em torno das piscinas • No clube,
lembre-se de que o salva-vidas tem muitas pessoas para observar e que a visão
dele pode ser prejudicada pelo ângulo ou pela movimentação das pessoas • Em
locais de correnteza, jamais desobedeça à sinalização do Corpo de Bombeiros •
No mar, em rios e outros locais com correnteza, o ideal é que o nível da água
não ultrapasse a cintura do banhista para que ele não seja surpreendido por
depressões no solo ou ondas e correntes inesperadas • Se for para o fundo
usando uma boia, jamais a abandone, mesmo que perca o controle da situação •
Caso se sinta em perigo, evite gritar e não nade contra a correnteza para
poupar o fôlego e evitar a fadiga. Sinalize pedido de ajuda com os braços e
procure boiar • No caso de perder o controle do corpo em rio, nade no mesmo
sentido da correnteza e procure avançar lentamente pelas laterais até alcançar
as margens • Não mergulhe de cabeça em depósitos naturais de água, pois o fundo
está em constantes transformações. O choque com o fundo pode causar de desmaios
a sérios danos à coluna vertebral, expondo à vítima ao agravante de afogamentos
• Não entre na água caso esteja alcoolizado. A bebida alcoólica faz com que o
banhista perca seu senso crítico relação ao mergulho • Evite mergulhos
solitários. Sempre tenha uma companhia, que possa ajudá-lo no caso de
imprevistos• Evite ou redobre a atenção com mergulhos noturnos, há risco de
acidentes com redes de pescadores (no caso de mares e rios) e a visibilidade do
ambiente fica bastante limitada Cuidados
com crianças Segundo a médica Luci Yara Pfeiffer, presidente do Departamento
Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria, as causas de
mortes por afogamento são "evitáveis" e são necessários cuidados
básicos. “Um deles é que crianças com idade até 10 anos precisam de um
acompanhante próximo, na distância de até um braço.”Ela explica que pequenos de
até 4 anos que ficam no colo de adultos não precisam de uma proteção extra.
Mas, se forem ficar na água, é importante que vistam um colete salva-vidas,
especialmente se for um lugar onde não der pé, explica a especialista. Prestando socorro Tão importante quanto evitar o
afogamento é saber como prestar socorro. O ideal é que pessoas sem treinamento
apropriado não tentem fazer salvamentos sozinhas com o próprio corpo, colocando
a própria vida em risco. O mais adequado é fornecer para a vítima objetos que
flutuem ou que sirvam como uma corda. Uma simples garrafa pet pode ajudar a
evitar um afogamento. É fundamental buscar socorro de salva-vidas ou bombeiros
em caso de risco. A remoção da vítima deve ser feita pelos membros (pernas e
braços) e jamais pode haver a compressão do abdômen. Fora d’água, a vítima deve
ser colocada de lado, ter sua roupa molhada removida e ser aquecida até que
haja atendimento profissional.( Fonte R 7 Noticias Brasil)