Nesta segunda-feira, 27, ocorre a
passagem do Dia Internacional do Diabético.
A data foi criada, em 1991, com o
objetivo de promover a conscientização da sociedade- médicos, ONGs, governos e
a população em geral, sobre a doenças e as suas formas de prevenção e
tratamento. Especialista do Ministério da Saúde faz
importantes esclarecimentos. Aproximadamente 12,3 milhões de pessoas convivem com o diabetes
no Brasil. Com base nesse dado, o Ministério da Saúde responde às dúvidas mais
comuns em relação à doença. Segundo a pasta, a adoção de uma vida saudável e a
prática regular de atividades físicas são as principais medidas que previnem e
controlam o diabetes mellitus. Quem responde as perguntas são a doutora em
endocrinologia, médica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo
(USP) e coordenadora do Departamento de Saúde Pública da Sociedade Brasileira
de Diabetes, Karla Melo, e especialistas da Secretaria de Atenção Primária à
Saúde (SAPS) do Ministério da Saúde. 1-O que é diabetes? É uma síndrome
metabólica e multifatorial que faz com que o organismo desenvolva defeitos na
ação ou secreção da insulina. É caracterizada pela hiperglicemia crônica, que é
o aumento dos níveis de açúcar no sangue e se desenvolve por meio de fatores
genéticos, biológicos e ambientais. Pode ser classificado como diabetes tipo 1
ou tipo 2. 2-Qual
a diferença entre o diabetes tipo 1 e tipo 2? No diabetes tipo 1,
o organismo perde sua capacidade de metabolizar a glicose (açúcar). O
diagnóstico é precoce e normalmente acomete crianças e adolescentes. Além
disso, o fator hereditário, que é quando há histórico familiar, pode contribuir
também. Já o diabetes tipo 2 se caracteriza pela resistência da insulina, se
apresenta de maneira gradativa e é mais comum em adultos com hábitos inadequa dos
que resultam no excesso de peso, dislipidemia (gorduras no sangue) e
hipertensão. Esse tipo de diabetes não é comum em crianças. 3-Quais os sintomas no diabetes
tipo 1? Os sintomas mais frequentes nesse tipo de diabetes são: aumento da fome,sede constante,necessidade
de urinar várias vezes,fraqueza,fadiga,perda de peso inexplicável,náusea,vômito
4-Quais os sintomas no diabetes tipo 2? No diabetes tipo 2, as manifestações
podem incluir: fome frequente, sede constante e vontade de urinar diversas
vezes. Nos casos mais avançados, com complicações, pode ocorrer formigamento
nos pés e mãos, infecções frequentes na bexiga, rins, infecções de pele,
feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada. 5-Quais os fatores de risco do
diabetes? Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, existem
outros fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento do
diabetes. Pressão alta Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides
no sangue Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta
da cintura Pais, irmãos ou parentes em primeiro grau com diabetes,Doenças
renais crônicas Histórico de doenças cardiovasculares Tabagismo.Mulher que deu
à luz criança com mais de 4kg,Diabetes gestacional,Síndrome de ovários
policísticos;Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia,
depressão, transtorno bipolar Apneia do sono Uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides
6-Qual a diferença entre o pré-diabetes
e o diabetes? O pré-diabetes é o estágio que precede o diabetes tipo 2. A diferença
entre eles é a glicemia. O estado de normalidade da glicemia em jejum é de 70
mg/dl a 100 mg/l. Com níveis de glicemia em jejum, entre 100 e 125 mg/dl, essa
pessoa é classificada como pré-diabética, ou seja, seus níveis glicêmicos estão
acima do normal, mas ainda abaixo dos valores de diagnósticos DM. Já níveis a
partir de 126 mg/dl caracterizam um diagnóstico de diabetes. 7- Como o diabetes é diagnosticado? Tanto o diabetes do
tipo 1 como o tipo 2 podem ser diagnosticados por meio de exames de sangue. 8-Quais as complicações do diabetes? O paciente portador de diabetes
precisa fazer o controle da doença para evitar complicações em outros órgãos,
como o cérebro, causando acidente vascular cerebral; olhos (retinopatia
diabética), causando cegueira; coração, causando ataque cardíaco; rins
(nefropatia diabética), causando doença renal crônica; nervos (neuropatia
diabética), causando diminuição da sensibilidade nos pés e ouvidos causando a
perda da audição. 9-O
diabetes tem cura? Não. Mas é possível fazer o controle da doença, tanto no tipo 1 quanto
no tipo 2, e a pessoa precisará de um tratamento permanente para manter os
níveis de açúcar adequados no sangue. 10-Quais
as formas de prevenir? Vida saudável é a resposta. A melhor forma de prevenir o diabetes e
diversas outras doenças é a prática de hábitos saudáveis, como comer
diariamente verduras, legumes e pelo menos três porções de frutas. Reduzir o
consumo de sal, açúcar e gordura, parar de fumar, praticar exercícios físicos
regularmente, (pelo menos 30 minutos todos os dias) e manter o peso controlado.
11-Tem tratamento no SUS? Sim, existe tratamento no Sistema
Único de Saúde (SUS). Por meio das unidades básicas de saúde (UBS) é feito o
rastreamento e a identificação precoce; consulta médica multiprofissional;
atendimento domiciliar; avaliação e cuidados com os pés; ações de educação em
saúde; prevenção e manejo das complicações crônicas do diabetes; academia de
saúde, acolhimento à demanda espontânea em casos de descompensação do DM
(hipoglicemia e hiperglicemia) e ações de Saúde Bucal. Além disso, o SUS
disponibiliza práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) que podem
ser oferecidas adicionalmente. Para os pacientes com condições que necessitem
de acompanhamento especial, poderá ser encaminhado à Atenção Especializada e,
posteriormente, deverá ter o cuidado continuado nas UBSs.12-E quanto aos medicamentos? A pessoa com Diabetes tem acesso a
medicamentos fornecidos para o seu tratamento, que incluem insulinas e
antidiabéticos orais.É importante ressaltar que o fluxo de distribuição e a
seleção desses medicamentos é de responsabilidade dos municípios, no âmbito da
APS e demais pontos da rede de saúde.Os antidiabéticos orais podem ser
adquiridos nas UBS, farmácias municipais, farmácias populares ou via componente
especializado de assistência farmacêutica, a depender do medicamento.
Atualmente, são oferecidos Cloridrato de metformina, Glibenclamida, Gliclazida
e Dapagliflozina. (Informações do Ministério da Saúde-( Fonte Jornal Contexto
Noticias GO)