Deputados querem explicações sobre gastos, evento polêmico na Universidade do Maranhão e resolução sobre educação infantil.
O ministro da
Educação, Camilo Santana, participa de audiência na Comissão de Educação da
Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (11) para prestar esclarecimentos
sobre diversos assuntos relacionados à pasta. O debate atende a pedido
de 14 deputados e será realizado a partir das 10 horas, no plenário 3. Veja a pauta
Disparidade nas contas de 2023 Vários
parlamentares querem explicações sobre a suposta distorção de R$ 2,7
bilhões apontada pela Controladoria-Geral da União (CGU) nas contas do
ministério, referente ao exercício de 2023. Os congressistas argumentam que,
diante de um valor tão alto, é preciso que o ministro esclareça as
circunstâncias e razões que levaram a tais discrepâncias. Pagamento sem
autorização O deputado Gustavo Gayer (PL-GO), por sua vez, quer
esclarecimentos sobre notícia de que o governo federal pagou, neste ano, R$ 3
bilhões para estudantes do ensino médio, sem autorização do Congresso Nacional.
Os pagamentos seriam relacionados ao programa Pé-de-Meia. "A lei que criou
o programa obriga o governo a enviar todos os anos para o Congresso o valor que
deseja pagar como incentivo aos estudantes. O presidente chegou a vetar esse
trecho da lei, mas o Congresso derrubou o veto", relembra Gayer. Apresentação
na Universidade do Maranhão O deputado Delegado Paulo Bilynskyj
(PL-SP) cobra explicações sobre a apresentação "erótica" da cantora
Tertuliana Lustosa na Universidade do Maranhão. Bilynskyj quer saber quais
foram as providências adotadas pelo ministério em relação a esse evento e
discutir mecanismos de supervisão das atividades realizadas nas universidades
públicas. Celular nas escolas Já o deputado Rodrigo Valadares
(União-SE) quer que Camilo Santana fale sobre a proibição do uso de telefones
celulares em ambientes escolares. "Ainda que se tenha a problemática do
mau uso por parte de estudantes, professores e funcionários, compreendemos que
o caminho da proibição não seria o mais prudente", afirma o parlamentar. Ele
argumenta que o ambiente educacional precisa estar integrado à tecnologia e que
o celular seria um importante instrumento para a realização de atividades
escolares. Educação infantil O deputado Nikolas Ferreira
(PL-MG), por seu turno, quer discutir a Resolução CNE/CEB 1, de 2024, que
institui as diretrizes operacionais nacionais de qualidade e equidade para a
educação infantil. "Em primeiro lugar, ela desconsidera a educação
infantil como etapa preparatória para o ensino fundamental, em desacordo com
diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)", afirma Ferreira. "Além
disso, a resolução extrapola o poder regulamentar ao introduzir conceitos sobre
arranjos familiares que divergem das definições constitucionais e do Código
Civil." Balanço Por fim, o deputado Pedro Uczai (PT-SC)
quer que o ministro faça um balanço da gestão do Ministério da Educação em
2024, expondo suas iniciativas, planos e projetos prioritários. Da Redação –
ND Fonte: Agência Câmara de Notícias
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