Jean Paul Prates não descartou fim da paridade internacional de preços
para os combustíveis e disse que estatal vai ser competitiva.
O presidente da Petrobras, Jean
Paul Prates, criticou o Preço de Paridade Internacional (PPI) e disse que a
estatal vai avaliar a diversificação do mecanismo de reajuste de preços dos
combustíveis. Desde 2017, o preço da gasolina, do etanol e do diesel no Brasil
acompanha a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional. "Não
existe bala de prata. O próprio PPI é uma abstração, parece que virou um dogma.
Não é necessariamente assim. O mercado brasileiro é diferente", disse.
"A Petrobras vai praticar o preço do mercado em que ela estiver
atuando. Quem faz preço de mercado é o mercado, a empresa faz condições comerciais.
Não faz sentido eu praticar o preço do meu concorrente", completou. A
proposta deve ser discutida com o conselho e a diretoria executiva da
Petrobras, bem como pelo governo federal. "O PPI foi essencial para os
importadores, não quer dizer que ele seja essencial para a Petrobras. Ele pode
ser o melhor preço em alguns casos ou pode não ser", comentou Prates, que
sempre foi crítico do modelo. Desde que foi empossado presidente da
Petrobras, ele tem se reunido com o presidente Lula e
com a equipe econômica do governo para discutir os preços
dos combustíveis. O chefe do Executivo também não concorda com o modelo do
PPI. Em outras ocasiões, Prates sugeriu que o governo adotasse
um "colchão de amortecimento" para que o preço pago pelo
consumidor nos combustíveis não sofra variações drásticas nos postos de
combustíveis. Esse fundo seria financiado com dinheiro que a estatal paga
ao governo brasileiro mensalmente. Jean Paul também fez sinalização para
os acionsitas da empresa, que ficaram preocupados com as mudanças na estatal.
"Vamos fazer o melhor funcionamento possível para o mercado e para
nós", disse. "Nosso desafio é mostrar que ser sócio do governo
brasileiro tem que ser uma vantagem, não uma desvantagem. Vamos comandar
mostrando para o acionista que é bom estar ali."Mais cedo, questionado
sobre possíveis mudanças na política de preços da Petrobras, o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que as alterações no Preço de Paridade de
Importação (PPI) da empresa fazem parte da agenda do Ministério de Minas e
Energia (MME)."Vamos colocar os nossos melhores quadros à disposição do
MME para encontrar alternativas para que não pesem no bolso do consumidor as
eventuais variações do preço internacional [do petróleo], que penalizaram muito
a população no último governo. Chegou-se a pagar R$ 10 no litro da
gasolina", afirmou. Energia renovável Prates
também afirmou que a estatal vai reforçar investimentos em energia renovável.
"Quando o pré-sal foi descoberto, houve grande desconfiança. Hoje o
pré-sal responde pela maior parte da produção da Petrobras. Essa é a Petrobras
que será protagonista também na economia de baixo carbono", comentou. "A
Petrobras está comprometida a desenvolver todo esse potencial energético que
nós temos e descobrir novas possibilidades. Vamos capilarizar nossa atuação no
Brasil buscando as melhores oportunidades", completou.( Fonte R 7 Noticias
Brasilia)
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