De acordo com o Corpo de Bombeiros, a temperatura do incêndio em um dos
vagões da composição pode ter chegado a 1.300°C.
O número de mortos no acidente
ferroviário com dois trens em Lárissa, na Grécia, subiu nesta
quinta-feira (2) para 57. As informações foram dadas pelo legista Eleni
Zaggelidou à emissora britância BBC. Apontado como responsável pela tragédia, o
diretor da estação ferroviária de Lárissa foi detido na quarta-feira (1º) e
será acusado de homicídio culposo e lesão corporal, depois que as autoridades
atribuíram o ocorrido a um "erro humano". O homem de 59 anos pode ser
condenado à prisão perpétua pelo acidente. O funcionário, que estava em serviço
no momento da colisão, terá de explicar como um trem de passageiros e um trem
de carga circularam por vários quilômetros na mesma via, mas em sentidos
opostos. Após a colisão, dois vagões ficaram esmagados, e um terceiro
pegou fogo com as pessoas bloqueadas dentro. Os sobreviventes descreveram cenas
de horror e de caos. Eles precisaram passar por vidros quebrados e destroços
quando o trem virou e quebraram as janelas para sair dos vagões. Integrantes
das equipes de emergência afirmaram que nunca haviam testemunhado uma tragédia
de tal magnitude. O vagão-restaurante do trem sofreu um incêndio, e a
temperatura interna atingiu 1.300°C, segundo os bombeiros. O porta-voz do
governo, Yiannis Economou, disse que a investigação vai analisar "atrasos
na execução de trabalhos ferroviários provocados pelas deficiências crônicas do
setor público e décadas de fracassos". Cinco anos depois da privatização
da empresa ferroviária Hellenic Train, que foi vendida para o grupo italiano Ferrovie
dello Statto, os sistemas de segurança ainda não foram automatizados. O governo
decretou três dias de luto nacional, e o ministro dos Transportes pediu
demissão horas depois do acidente. Os sindicatos ferroviários afirmam que as
falhas na linha que liga Atenas a Tessalônica são conhecidas há muitos anos. Uma
porta-voz do Corpo de Bombeiros afirmou que as equipes de resgate trabalharam
durante toda a noite em busca de sobreviventes, mas as possibilidades de
encontrar alguém são cada vez menores. "O tempo não está do nosso
lado", admitiu..( Fonte R 7 Noticias Internacional0
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