Quatro
suspeitos que estavam com Adolfo Duarte na embarcação foram presos na quarta
(24). Documento descartou afogamento.
Mesmo após o resultado do lado
do IML (Instituto Médico Legal) ter apontado que Adolfo Duarte morreu por
asfixia, a família do ambientalista ainda busca respostas sobre as motivações
que levaram à tragédia. "Nunca duvidamos que tinha algo errado", diz
Uiara Sousa Duarte. "A gente esperava que pudéssemos estar errados. Ainda
falta entender o porquê fizeram isso, qual o motivo, mas nada vai mudar o que
aconteceu."Depois da divulgação do laudo, a polícia prendeu, na
quarta-feira (24), os quatro
jovens que estavam na embarcação com o
ambientalista conhecido como Ferrugem, encontrado
morto na represa Billings, em São Paulo (SP), no
começo de agosto. A Justiça paulista decretou as prisões após o laudo do IML
(Instituto Médico-Legal) apontar sinais de afogamento e marcas no pescoço da
vítima que indicavam asfixia. Iara recebeu a notícia sobre o resultado do laudo
às 18h30 da quarta-feira. "Fiquei muito arrasada, preferia que tiesse sido
só uma imprudência. Saber que ele se perdeu pela mão de uma pessoa que não
conhecia o trabalho dele é muito triste", diz Uiara.A mulher de Ferrugem
afirma também que sentiu alívio ao ser informada sobre o resultado da perícia.
"Ele não teria se afogado, pelos laudos houve provavelmente um mata-leão.
Soube pela delegada que ele estaria morto dentro barco e teria sido lançado
morto", diz. Apesar da prisão dos suspeitos e das investigações, a
família busca entender como a asfixia ocorreu. "Qual a motivação para
tirar a vida de uma pessoa? Imagino que tenha sido uma coisa muito fútil. Que
direito uma pessoa tem de tirar a vida? Uiara diz que indícios apontam que o
companheiro teve uma pancada na cabeça e marcas pelo corpo. "Em que
momento ele teria sofrido asfixia? Se tivesse uma briga ele teria tentado
apazigar. Acredito que, em caso de briga, ninguém tentou ajudar. "Entenda o caso O ambientalista Adolfo Souza
Duarte desapareceu após cair de uma embarcação na represa Billings, no Grajaú,
zona sul de São Paulo, na noite da última segunda-feira. Segundo informações do
boletim de ocorrência, ele trabalhava com viagens de barco para visitantes que
querem conhecer a represa. Na noite da segunda-feira, os amigos Kathielle Souza
Santos, Mikaely da Silva Moreno, Vithorio Alax Silva Santos e Mauricius da
Silva estavam em um bar próximo à represa quando decidiram fazer um passeio de
barco, oferecido por Ferrugem.O grupo teria pago cerca de R$ 55 para começar o
passeio, às 19h16. Segundo depoimento, Ferrugem teria posto colete salva-vidas
apenas nas mulheres e dito que elas poderiam ficar sem a proteção após alguns
minutos de viagem.Em determinado momento, o barco solavancou, o que fez com que
Mikaely e Ferrugem caíssem na água. Os amigos conseguiram fazer um retorno com
o volante do veículo e jogar uma boia para resgatá-los. Apenas Mikaely teria se
segurado na boia, e Ferrugem não foi mais visto.O barco, então, atracou na
margem da represa. O quarteto desceu e pediu ajuda a frequentadores do bar,
porém alguns deles teriam começado a agredir três dos amigos com socos e
chutes, alegando que eles teriam matado Ferrugem. Antes das buscas oficiais,
alguns colegas de Ferrugem fizeram buscas pelo amigo, sem sucesso. De acordo
com a polícia, os quatro jovens não conheciam o ambientalista. Mauricius,
Kathielle e Vithorio, que sofreram ferimentos das agressões, foram encaminhados
ao IML (Instituto Médico-Legal) para exame de corpo de delito.O sócio de
Ferrugem, Adrian, confirmou que a vítima era responsável por conduzir as
embarcações. Ele informou que o barco estava com a popa danificada. O
rastreador mostra que ele foi ligado às 19h16 e desligado às 20h12, o que
acabou causando estranhamento.( Fonte R 7 Noticias Brasil)
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